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Zona Colonial de Santo Domingo: atrações do Centro Histórico

Atualizado em 10 de janeiro de 2024 – POR ALTIER MOULIN

Foto: Ruddy Corporan

Se você está de viagem marcada para a República Dominicana, é imprescindível fazer uma visita à Zona Colonial de Santo Domingo.

Foi nesse cantinho do mapa que “tudo” começou.

As primeiras edificações, as primeiras ruas planejadas, a primeira corte de justiça e tantos outros movimentos de vanguarda chegaram ao Novo Mundo pelas portas da primeira cidade das Américas.

Às margens do rio Ozama, o Centro Histórico se estende por ruas e avenidas, em um ambiente de contrastes à beira do mar do Caribe – a cidade é cheia de vida, perfeita para quem quer começar a descobrir a República Dominicana.

Zona Colonial de Santo Domingo

Consagrada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1990, a Zona Colonial de Santo Domingo nos conduz ao seu passado.

São prédios, ruas e monumentos espalhados por toda esta parte da cidade, que foi fundada em 1496, apenas quatro anos depois de Cristóvão Colombo ter pisado em nosso continente.

Foto: Ruddy Corporan

É impossível não viajar no tempo caminhando pela Calle Las Damas – a primeira rua a ser projetada em todo o continente americano –, onde damas da corte espanhola desfilavam seus vestidos pesados e quentes sob o doloroso sol caribenho.

Mas isso é apenas o começo, porque há muito o que ver e fazer na capital da República Dominicana.

La Fortaleza de Santo Domingo

É na Calle Las Damas que está a entrada para La Torre del Homenaje, construída dentro dos limites da Fortaleza de Santo Domingo – também chamada de Fortaleza Ozama.

Foto: Phyrexian

Ela é a mais antiga edificação militar ainda de pé das Américas e envolvia toda a Zona Colonial.

Mais que um importante ponto de resistência aos invasores, esse lugar foi palco de pomposas cerimônias reais. Dentre elas, a de chegada de Dom Diego Colombo, que recebeu o título de II Vice-Rei nesse mesmo lugar.

Foto: Phyrexian

Quando pisar em La Torre del Homenaje, não se contente em apenas observar a imponente construção pelo lado de fora.

Entre, suba as escadas que levam até o alto dos seus 18 metros e olhe pelas fendas construídas estrategicamente. Depois disso, a sua relação com esse lugar não será a mesma.

Panteón Nacional

Também conhecido como Panteón de la Patria, o Panteón Nacional funciona no prédio de uma antiga igreja jesuíta, que foi transformada em um mausoléu para abrigar os restos mortais dos principais heróis da nação.

Políticos, militares, artistas e tantas outras figuras icônicas da sociedade dominicana descansam dentro de suas paredes.

Uma breve visita guiada nos dá um panorama geral sobre quem são e o que fizeram cada um deles. A entrada é gratuita.

Museo Las Casas Reales

Em toda a Zona Colonial, os prédios foram construídos com rochas coralíneas, extraídas da costa dominicana. Por isso, podemos observar detalhes nas paredes dos prédios que lembram restos da vida marinha.

Isso acontece no belo prédio onde funcionou o tribunal que atuava sobre questões que envolviam todo o Novo Mundo.

Nas salas da corte suprema, onde transgressores das leis imperiais eram julgados, a gente chega a se arrepiar só de imaginar que desse lugar saíam as decisões que custavam muitas e muitas vidas.

Alcázar de Colón

O Museu Alcázar de Colón domina o cenário na Plaza de España.

Esse palacete foi construído a partir de 1510 para servir de moradia para Diego Colombo, o filho de Cristóvão Colombo, e sua esposa María de Toledo, filha do rei Fernando, da Espanha.

Foto: Venero Encarnacion Martinez

Seus corredores restaurados e as mais de 800 peças originais cumprem bem o papel de nos transportar para aquele tempo.

Catedral de Santo Domingo

A Catedral de Santa María la Menor foi a primeira a ser construída no continente americano. Sua fachada simples não revela a sua grandiosidade interna, especialmente a beleza de seu teto.

Foto: Alex Quezada

Na catedral, permaneceram até 1877 os restos mortais de Cristóvão Colombo.

Foto: Alex Quezada

Trazida da Espanha por María de Toledo, a urna de chumbo onde se lia ‘Ilustre varão Dom Cristóvão Colombo, Primeiro Almirante da América’ foi enterrada sob o altar-mor da igreja e resistiu a invasões e a saques até ser lavada de volta para Sevilha, onde está exposta atualmente.

Calle El Conde

A única rua exclusivamente para pedestres da cidade é também a que tem o comércio mais movimentado.

Como está no coração da Zona Colonial, multiplicam-se as lojas destinadas a turistas com grande variedades de souvenires, quadros e outras bugigangas.

Aproveite para almoçar no restaurante Petrus Colonial, que tem boas opções com preços justos – o prato do dia é sempre uma boa opção. Experimente o refrescante suco de jagua – o nosso jenipapo.

Como visitar a Zona Colonial

Dicas de ouro

Alguns itens são indispensáveis para a sua caminhada pela Zona Colonial de Santo Domingo. A maioria deles diz respeito ao calor enlouquecedor da capital dominicana. Mesmo nos dias nublados, você vai suar em bicas. Portanto, vá preparado:

  • Uma bermuda e uma camiseta leve e de cores claras vão lhe ajudar bastante. Se possível, proteja a cabeça com chapéu ou boné.
  • Você vai precisar se hidratar muito mais do que o normal, portanto tenha sempre uma garrafa com água na mochila.
  • Abuse do filtro solar, nosso poderoso aliado. Caso contrário, você vai ganhar um bronzeado nada atraente, com marcas da camiseta.
  • Você vai caminhar por algumas horas, subir e descer escadas. Portanto, escolha o seu calçado mais confortável.
  • Sempre ande com notas pequenas e moedas. Elas chamam menos atenção e facilitam o troco, inclusive na estrada dos prédios históricos.
  • Tenha cuidado ao usar o seu telefone celular – um turista distraído pode ser uma presa fácil para espertalhões, principalmente na Calle El Conde.

Quando ir

De junho a setembro, a ocorrência de furacões e tempestades ciclônicas pode ser maior. É nesse período que os preços quase batem no chão, já que o número de turistas cai bastante.

Foto: Honey Yanibel Minaya

Dezembro e janeiro sãos os meses mais movimentados. Nessa época, o céu é o limite para os preços.

Os dominicanos têm orgulho de afirmar que o seu país tem sol e calor o ano inteiro. Mais do que sol, eu diria que eles têm calor o ano inteiro, porque mesmo nos dias nublados, a alta umidade do ar nos faz transpirar como nunca.

Como chegar

O principal aeroporto da República Dominicana é o Aeroporto Internacional Las Américas (SDQ), mas não há voos diretos saindo do Brasil.

A Gol costumava operar voos para a capital dominicana e para Punta Cana, a 198 quilômetros, mas a rota para a Santo Domingo está suspensa.

Outras companhias aéreas fazem o trecho de Guarulhos a Santo Domingo, como Copa Airlines, Avianca e Latam, mas com conexões em outros países.

A mais importante empresa de ônibus do país é a Caribe Tour, que tem uma frota nova que nos leva a diferentes pontos do país.

Outras empresas, como a Metro e Expreso Bávaro, também têm saídas regulares.

Como as distâncias entre uma cidade e outra são pequenas, uma boa opção é alugar um carro para conhecer melhor os diferentes aspectos do país.

Antes, você precisa entender como funciona o trânsito em Santo Domingo.

Informações Básicas

Visto

Brasileiros não precisam de visto para entrar e permanecer na República Dominicana por até 90 dias.

Documentos

Você precisar apresentar o passaporte com validade de seis meses. Carteira de identidade não é aceita.

Dinheiro

A moeda oficial é o peso dominicano, representado pela sigla RD$. A melhor opção é levar dólares. 

Vacinas

Nenhuma vacina é obrigatória, independentemente do motivo da viagem e da idade do viajante.

Informações sobre covid-19

Desde 23 de abril de 2022, não é necessário apresentar o comprovante de vacinação para covid-19 nem testes RT-PCR ou de antígeno (teste rápido) negativos para entrar na República Dominicana. Testes aleatórios também estão suspensos.

Seguro viagem

Apesar de não ser obrigatório,  viajar sem um seguro viagem com cobertura para covid-19 não é uma boa ideia. 

O custo de um seguro viagem é menor do que se costuma pensar e ele garante que você também terá atendimento em casos de emergências médicas comuns, como acidentes de trânsito, intoxicações alimentares, acidentes vasculares e infartos cardíacos, por exemplo.

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Veja mais dicas da República Dominicana

Ficou mais fácil planejar sua viagem? Se tiver alguma dúvida é só deixar sua pergunta nos comentários que eu respondo.

Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin. Agora, aproveite para ver outras dicas da República Dominicana.

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