A cidade de Piranhas fica no sertão de Alagoas, já na divisa com o estado de Sergipe. Cheia de casinhas coloridas, onde a tranquilidade parece não ter fim, Piranhas tem sua história marcada por um fato muito importante.
Foi deste pequeno povoado que partiu, em 1938, o grupo de policiais que matou Lampião, Maria Bonita e outros nove integrantes do temido bando de cangaceiros, colocando um ponto final na história de crimes que terrorizou o sertão nordestino durante décadas.
A história do cangaço
Durante o período do cangaço, um grupo de homens e mulheres vagava pelo sertão nordestino cometendo crimes como assassinatos, estupros e sequestros.
Assim, os chamados cangaceiros conseguiam dominar cidades inteiras e viver uma vida marginal, amedrontando pessoas de bem e ignorando as leis.
O grupo mais famoso era comandado por Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, o rei do cangaço e senhor do sertão.
Sua esposa, Maria Bonita, deixou o primeiro marido para se juntar ao bando de criminosos, mas era espancada sempre que tentava se opor às traições do chefe dos cangaceiros.
Esse período de terror durou até que o grupo de Lampião foi – depois de inúmeras tentativas – surpreendido e executado. É aí que a cidade de Piranhas entra na história.
Piranhas e os cangaceiros
Depois de capturados pela volante policial que partiu da cidade de Piranhas, os cangaceiros foram mortos, degolados e tiveram suas cabeças expostas, primeiro, na praça de Piranhas e, depois, em outros 12 lugares.
No último deles, o Rio de Janeiro, elas permaneceram até que foram enterradas: a ordem partiu da Justiça, que atendeu ao pedido da família de Lampião.
O local exato onde os cangaceiros foram assassinados, a Grota do Angico, fica na cidade de Poço Redondo, em Sergipe.
A cidade de Piranhas
A cidade de Piranhas é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e as casinhas do Centro Histórico são pintadas a cada dois anos pela prefeitura.
Por isso, as cores vivas encantam qualquer um que cruze as ruas dessa pequena cidade banhada pelo Rio São Francisco.
E, por falar nele, o Velho Chico também contribui para que Piranhas seja ainda mais atraente e agradável: uma praia natural com águas transparentes é ladeada pela Orla Altemar Dutra.
Ela é o principal ponto de encontro da cidade e tem um píer com bares que animam as noites quentes do sertão.
O que fazer em Piranhas
Grota do Angico
O local exato onde o grupo de Lampião e Maria Bonita foi localizado fica a 12 quilômetros de Piranhas, já no estado de Sergipe. Porém, a melhor rota é partir de Piranhas e cruzar o Rio São Francisco.
Depois, ainda é preciso caminhar no meio da Caatinga até chegar ao ponto onde se encontra uma placa com os nomes dos cangaceiros assassinados.
Esse trajeto, que ainda hoje é penoso de ser feito nos dias mais quentes, se deve ao fato de que Lampião não acampava em locais de fácil acesso, como nas margens dos rios, por exemplo.
Casa do Patrimônio
Para entender sobre o processo de preservação deste patrimônio nacional, visite a casa onde funciona o escritório do Iphan. Há maquetes e vídeos que mostram um pouco mais da cidade e do seu valor histórico.
A Casa do Patrimônio funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h.
Museu do Sertão
Esse pequeno museu abriga um acervo que reconta a história da cidade e dos corajosos homens que integraram a volante que acabou com as maldades do rei do cangaço.
Destine um tempo para conversar com a equipe que trabalha no museu e descubra detalhes dessa história tão marcante.
O museu funciona de terça a sábado, das 9h às 16h30, e aos domingos, das 9h às 15h30.
Farol do Mirante Secular
Se tiver fôlego, você pode subir os 357 degraus da escadaria do Farol do Mirante Secular para ter aquela vista panorâmica da cidade e do rio São Francisco.
Uma boa opção é almoçar contemplando a paisagem.
Centro de Artesanato Artes e Cultura
Se você quer conhecer os produtos dos artesãos locais, não deixe de dar uma passada no galpão. Aqui eles se reúnem para comercializar seus produtos.
Negocie, sempre, porque os preços podem variar muito. O Centro de Artesanato funciona todos os dias, de 8h às 18h.
Planeje sua viagem a Piranhas
Quando ir
O clima nesta região é seco e quente o ano inteiro. A temperatura média é de 28 graus, mas no verão ela bate facilmente os 40 graus.
Portanto, prefira ir na primavera ou no outono, quando o céu está ainda mais lindo.
Como chegar
A cidade está a 290 quilômetros de Maceió e a viagem de carro é feita pelas rodovias BR-361, BR-423 e AL-220.
Partindo de Aracaju, em Sergipe, são 220 quilômetros pela Rota do Sertão, como é chamada a SE-230, que liga o agreste ao sertão sergipano. Todo o trajeto está em ótimo estado de conservação.
Ainda assim, os 76 quebra-molas que encontramos pelo caminho podem atrasar um pouco a viagem.
Onde ficar
A cidade tem várias pousadinhas muito agradáveis. Veja esta lista com as melhores opções de hospedagem.
Veja mais dicas de Alagoas
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Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin. Agora, aproveite para ver outras dicas de Alagoas.
Respostas de 21
Querida, Maria.
Você realmente não sabe de nada e se acha no direito de julgar quem sou e o que penso. Eu nem deveria responder o seu comentário, porque o desprezo lhe cairia bem. Mas acho importante demais registrar que você defende o crime como recompensa e não importam os fatos. Para isso, lhe cabe a Justiça.
Fique em paz.
Concordo com você Domingos. Achei a narrativa do autor do blog um tanto maniqueísta. O texto carece um pouco mais de pesquisa e cuidados com determinadas informações. A história não foi bem assim! Mas a intenção de divulgar o turismo e a história do nosso sertão é muito válida.
Que fantástico, Celso.
Deve ter muitas histórias para contar.
Um abraço.
Meu sogro trabalhou na fazenda de Bié das Emendadas e conheceu os cangaceiros.
Ele conta que levava Requeijão da cidade de Caboclo até Piranhas no lombo de burro.
Pois então, Domingos, sempre que vejo a história do cangaço contada unilateralmente, dá vontade de corrigir e sugerir mais estudo. Infelizmente, só estudar não basta se a pessoa não tive a dimensão política e histórica para uma análise conjuntural.
O CÂNION DO SÃO FRANCISCO
O São Francisco é sagrado,
produzindo muita riqueza,
fornecendo água e energia,
além de peixe e muita beleza.
O Velho Chico nos encanta
com cachoeiras e muita praia,
proporcionando muito lazer
pelo Sertão sem fugir da raia.
O Cânion do São Francisco
é o nosso Colorado Brasileiro,
com mais beleza e exuberância,
que serviu de lar pra cangaceiro.
A água com toda a sua força
fez o cânion, serrando a serra,
esculpindo tamanha beleza
ao encerrar a missão na terra.
É de uma beleza estonteante
ver as águas cor esverdeada
contrastando com a Caatinga
e paredões de cor alaranjada.
Autor: Sebastião Santos Silva da Bahia
Oi, Domingos.
Nada justifica o que foi feito.
Os cangaceiros mataram, sequestraram, saqueavam cidade, tocavam o terror e tiravam a paz de cidades inteiras. O o objetivo era esse e a idei de que queria acabar com a pobreza era apenas uma justificativa para continuar cometendo crimes e mais crimes.
Isso jamais pode ser visto como vantajoso.
Um abraço.
Querido autor.
A história do cangaço NÃO É BEM ESTA APRESENTADA NÃO Viu… Sugiro uma pesquisa melhor. Pois não foram só atrocidades que os cangaceiros fizeram não. Houve sim muitos estupros, assassinatos MAS A MAIOR BRIGA ERA PARA TENTAREM ACABAR COM A POBREZA E alguns muitos desmandos dos coronéis da época. Coisa não muito diferente dos nossos tempos, neh?
Que maravilha, Lucimara.
Muita história nesse lugar.
Um abraço.
Boa noite ?
Estou aqui nessa cidade linda e estou adorando,tudo muito lindo e ainda criei coragem para subir o mirante ?
Que sensacional, Domingos.
Essa foto é super tradicional.
Vou adicionar os créditos.
Muito obrigado!
Bom dia
Me chamo Domingos Sávio
Sou neto de João Lisboa, esse foto das cabeças do bando de lampião foi meu avô quem fez !
Ele morava em pão de açúcar e era o fotógrafo mais conhecido na época.
Ele também era escultor e fez o Cristo Redentor de pão de açúcar.
Obrigado, Guilherme.
Devem ter passado a cobrar.
Um abraço.
Uma correção: Museu do sertão não é entrada gratuita. Atualmente está cobrando uma entrada de R$ 3,00 por pessoa. Visitei essa semana a cidade e o museu.
Uma correção: Museu do sertão não é entrada gratuita. Atualmente está cobrando uma entrada de R$ 3,00 por pessoa. Visitei essa semana a cidade e o museu.
Oi, Angélica.
Se você for pelo interior, dá pra fazer uma dessas duas rotas: clique aqui.
Um abraço.
Gostaria de saber saindo de recife qual o melhor percurso a seguir até a chegada em piranhas
Sem dúvida, Juliana.
Essa cidade é uma graça, outra dica de lugar para visitar na cidade é um dos mirantes para ter uma vista linda da cidade e do rio!
Aproveite a cidade, Livia. 😉
lindaaaa!!!
estarei ai cidade maravilha