Um passeio rápido pelas ruas da capital capixaba pode revelar muita coisa sobre a memória negra de Vitória: a gente consegue visitar vários lugares que, ainda hoje, nos falam de resistência e orgulho.
Os primeiros registros da presença do negro africano no Espírito Santo datam de 1540, quando o trabalho escravo era o que movimentava as plantações de cana de açúcar.
Mas, foi depois de 1621 que a capitania hereditária do Espírito Santo começou a fazer a compra direta de negros escravizados.
De lá para cá muita coisa mudou. Conquistas importantes aconteceram – ainda que tardias – e devem ser celebradas, mas ainda há muito o que dizer – e principalmente, a ouvir.
Quer um exemplo claro disso? Há algum tempo, eu estava caminhando pelo Centro de Vitória e vi um cartaz. Era apenas uma imagem, sem nenhuma palavra, mas ela me disse muita coisa. A imagem era essa:
Eu confesso que depois disso eu comecei a olhar as ruas da minha cidade de uma forma diferente e – falando a verdade – eu aprendi muito com isso.
Então, eu selecionei alguns monumentos, pontos de interesse e prédios históricos que representam a memória negra de Vitória. Sempre que descobrir lugares novos, vou atualizando a lista e, se você tiver alguma dica, fique à vontade para deixar sua sugestão nos comentários.
Roteiro da Memória Negra de Vitória
Estes são os lugares que considero importantes para saber mais sobre a memória negra de Vitória – e no Espírito Santo de forma mais ampla.
Museu Capixaba do Negro
No Centro de Vitória, pertinho do Parque Moscoso, fica o Museu Capixaba do Negro Verônica da Pas – Mucane.
Ele conta a história da cultura negra no Estado por meio de exibições fotográficas, exposições de obras de arte, apresentações culturais, lançamentos de livros, rodas de estudo, cursos e aulas temáticas.
O Mucane funciona em um casarão antigo com mais de 700 metros quadrados, que foi totalmente restaurado. A estrutura é muito boa: tem auditório, biblioteca, área para eventos e mezaninos e um anexo construído mais recentemente.
É um lugar movimentado o ano todo, com várias atividades super importantes e a maioria é gratuita. Eu já fiz alguns cursos lá e achei muito interessante.
O Mucane fica na Avenida República, 121, Centro Histórico. As visitas podem ser feitas de terça a sexta, das 12h às 19h.
Ladeira do Pelourinho
Pouco falada nos livros de História, a Ladeira do Pelourinho ligava a Cidade Alta, onde hoje está o Centro Histórico, à parte baixa, próxima ao mar.
É importante lembrar que o termo pelourinho se refere a uma coluna de pedra que, geralmente, ficava no centro de uma praça onde escravos fugitivos ou desobedientes eram castigados.
No processo de modernização da cidade a Praça do Pelourinho desapareceu – como acontece em muitas cidades brasileiras – e a ladeira que dava acesso a ela foi transformada na Escadaria Maria Ortiz, em homenagem à heroína capixaba que protegeu a cidade dos holandeses invasores.
Dizem que do alto de seu sobrado, ela avistou os invasores que subiam pela ladeira do pelourinho e começou a lançar, sobre eles, paus, pedras, água fervendo, e incentivou seus vizinhos a fazerem o mesmo.
Coagidos, os holandeses voltaram para os barcos e desistiram de entrar em Vitória.
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Essa Igreja foi erguida em apenas dois anos pelos membros da Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e para chegar até ela é preciso vencer uma extensa escadaria que tem vista para a baía de Vitória – só que a igreja fica bem escondida, quase imperceptível.
Muito mais do que um templo religioso, este prédio tem uma importante relação com a luta pelo fim da escravidão em terras capixabas.
Um símbolo disso é a Casa de Leilão, construída ao lado da igreja, onde os membros da Irmandade arrecadavam dinheiro para comprar a liberdade de negros escravizados.
No interior do prédio, tem um pequeno museu com peças da época que reconta um pouco mais da memória negra de Vitória.
A igreja tem ainda ossuários nos seus corredores e um cemitério na lateral. Até hoje, a procissão de São Benedito é seu evento mais importante.
Monumento à Dona Domingas
Esse curioso monumento retrata Dona Domingas, mulher negra que andava pelas ruas de Vitória catando papel. Domingas tinha baixa estatura e as costas curvadas pelo peso que carregava, mas não se desgrudava de seu cajado, que servia com bengala para as pernas enfraquecidas.
A escultura foi feita pelo artista italiano Carlo Crepaz, que morava na mesma região que Domingas, no bairro Santo Antônio. Ele percebeu na vizinha algo peculiar e, então, se dedicou a reproduzi-la.
Inaugurado na década de 1970, Domingas foi imortalizada no monumento que homenageia o trabalhador negro. A escultura fica a poucos metros do Palácio Anchieta, principal prédio do governo do Espírito Santo.
Muitos nem percebem a presença de Domingas em meio à grandiosidade da escadaria, do Palácio e do Porto de Vitória, que fica de frente, mas eu acho isso muito simbólico: quantos invisíveis estão por nossas ruas e a gente não se dá conta?
Píer de Iemanjá
Como símbolo da luta pela liberdade religiosa, este lugar resistiu à intolerância e ao preconceito, mostrando que é possível e preciso respeitar todas as crenças e culturas.
A escultura de Iemanjá tem 3,60 metros e foi encomendada pelo prefeito de Vitória na época, Hermes Laranja, com o objetivo de homenagear os praticantes dos cultos afro-brasileiros no Estado.
A escultura foi feita pelo artista grego Iannis Zavoudakis e levou dois meses para ficar pronta. Mas, na época da sua inauguração, a Igreja Católica foi contrária.
Houve muita polêmica em torno do assunto, a discussão rendeu e até tentaram impedir a inauguração judicialmente. Mas isso não andou e a estátua, que já estava pronta desde o final de 1987, teve que ficar guardadinha até que o prefeito decidisse fazer a inauguração da imagem, no dia de Iemanjá, 02 de fevereiro do ano seguinte.
A festa foi grande e manifestantes das religiões de matriz africana celebraram a conquista e a beleza da imagem, mãe dos orixás.
“É possível fazer uma escultura e perpetuar no tempo. Eu acreditei nisso. Acredito que ela representa a resistência dos afro-brasileiros que não deixaram aquilo cair aos pedaços, como muitos tinham acreditado e estão lutando”, disse o artista em entrevista na época do lançamento.
Durante muitos anos, a imagem de Iemanjá foi depredada e pichada, mas há muito tempo que isso não acontece.
Apesar de não ter nenhum vínculo com as religiões afro, é um lugar de Vitória que me conecta, me emociona e me faz acreditar que a tolerância e a liberdade sempre vencerão.
O píer é um lugar lindo, especialmente nas luzes do pôr do sol. Além dos turistas, há vários frequentadores assíduos, pescadores de conversa boa, riso fácil e cheios de histórias interessantes.
Vila Rubim
A Vila Rubim é um comércio popular de Vitória. Hoje, essa parte é menos valorizada, mas já foi o principal comércio entre Vitória e Vila Velha, quando a ligação das duas cidades era feita exclusivamente pelas Cinco Pontes – Ponte Florentino Avidos, oficialmente.
Peixes, carnes, hortaliças, cestos, peças de couro, panelas e equipamentos para os trabalhadores da área rural: era – e ainda é – fácil encontrar de tudo na Vila Rubim.
E isso incluía os produtos usados nos rituais das religiões de matriz africana: muitas lojas era especializadas em produtos para oferendas aos orixás e objetos de culto, como velas, estátuas, guias e patuás.
Ainda hoje, algumas lojas mantém essa tradição, fazendo da Vila Rubim um lugar super interessante do roteiro de memória negra de Vitória.
Monumento Guerreiro Zulu
Em 2006, uma das principais avenidas da cidade ganhou um monumento à comunidade negra, o Guerreiro Zulu.
Representando uma casaca, instrumento musical típico do Congo, o monumento de Ireneu Ribeiro é um reconhecimento à importante contribuição do povo afrodescendente em favor do desenvolvimento e da cultura capixabas.
O Guerreiro Zulu tem cerca de sete metros e fica na calçada da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, de frente para o principal shopping da cidade, o Shopping Vitória.
Festas de Congo para São Benedito
A Festa de São Benedito faz parte do calendário oficial de Vitória e é um dos grandes momentos do roteiro da memória negra de Vitória.
Ela começou a ser celebrada no iniciou no século 16 em reuniões de negros africanos, cristãos novos e escravizados no pátio da Igreja e Convento de São Francisco, no Morro da Piedade, em torno de Nossa Senhora do Rosário e do Menino Jesus.
É uma festa que mistura aspectos de diversas crenças com manifestações culturais riquíssimas, como o Congo, a realização de missas e procissões em devoção ao santo negro.
Festas nos bairros
Em Santa Martha, a festa acontece em três momentos. Começa com Cortada do Mastro, no dia 8 de dezembro, e segue no dia 24, véspera de Natal, quando acontece a Procissão de São Benedito, com concentração na Igreja Católica de Santa Martha.
No dia 25, é a vez da Puxada e Fincada do Mastro, com concentração na casa do Mestre Ricardo Sales e participação da banda de congo Amores da Lua.
Em Goiabeiras, a programação começa por volta do dia 12 de dezembro, com a Cortada do Mastro. Já os festejos da Puxada do Mastro acontecem no dia 25, com concentração na praça Treze de Maio e cortejo da banda Panela de Barro.
Na Fonte Grande, as comemorações de São Benedito começaram no dia 12 de dezembro.
Os festejos continuam no dia 27, quando acontece a Procissão de São Benedito, com concentração na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Centro Histórico, com caminhada até a Catedral Metropolitana e congada da banda Vira Mundo.
Bares do Nei e da Zilda
Estes dois bares super tradicionais no Centro de Vitória são famosos pelas rodas de samba, som que veio dos antigos batuques trazidos pelos africanos feitos escravos no Brasil.
O Bar da Zilda faz feijoadas com roda de samba aos sábados.
Escolas de Samba
Vitória tem, pelo menos, dez escolas de samba. Crescendo a cada ano em qualidade, número de alegorias e de agremiados, elas fazem bonito no Sambão do Povo, o sambódromo de Vitória.
Os desfiles acontecem uma semana antes do Carnaval oficial, na sexta e sábado, e é sensacional.
Eu já desfilei várias vezes e se você conseguir programar sua viagem para esta data, vale a pena comprar uma fantasia e cair na avenida.A Lieage reúne todas as escolas do grupo especial e você pode acompanhar as publicações para saber quando acontecem os ensaios e os desfiles. Também é possível agendar visitas para conhecer os galpões e as comunidades.
Coletivos da Cultura Negra
Há várias iniciativas super interessantes de resistência e de preservação da memória negra de Vitória.
Entre os mais influentes eu destaco o Instituto das Pretas e o Núcleo Afro Odomodê. Tem também o Instituto Elium, do respeitado professor Cleber Maciel, autor do livro Negros no Espírito Santo.
Outras Cidades
Além da Capital, outras cidades capixabas têm comunidades, monumentos e pontos de memória importantes para população afro-brasileira.
Quilombolas de São Mateus
No Norte, especialmente nas cidades de São Mateus, há várias comunidades quilombolas.
Entre elas, eu destaco Divino Espírito Santo e Sapê do Norte, que tentam preservar as tradições africanas enquanto lutam para não perder seu território.
Uma iguaria produzidas pelos descendentes de quilombolas é o biju de mandioca.
São José do Queimado
Na cidade de Serra, na região Metropolitana, a Igreja de São José do Queimado guarda as marcas da maior e mais importante revolta de negros escravizados do Espírito Santo.
Liderados por Elisiário, Chico Prego e outros escravos, a Insurreição de Queimados exigia a alforria dos negros do vilarejo e, sem espaço para o diálogo, a revolta foi grande e terminou com a igreja incendiada.
Os negros rebelados foram presos, julgados e cinco foram condenados à morte. Chico Prego foi capturado e enforcado no dia 11 de janeiro de 1850. Elisiário escapou e se refugiou nas matas do Mestre Álvaro e nunca foi recapturado. Por isso, é comum se referir a ele como Zumbi de Queimados.
Quilombolas de Santa Leopoldina
A Comunidade Quilombola de Retiro, em Santa Leopoldina, tem cerca de 300 pessoas, todos descendentes do senhor Benvindo Pereira dos Anjos, fundador da comunidade e que busca manter suas raízes.
Em uma visita à comunidade é possível conhecer a cultura quilombola, através da história de luta contada pelos mais velhos, seu modo de vida, suas casas simples, a banda de congo, o artesanato e muito mais.
Onde ficar em Vitória
Vitória é pequena e muito bem cuidada. Na parte mais nobre da cidade, há muitas opções de hospedagem com um custo-benefício interessante.
Como tudo é perto, dá para usar o transporte público, pedir um carro de aplicativo, alugar uma bicicleta e até fazer bastante coisas a pé mesmo.
Estas são as áreas mais interessantes para ficar em Vitória.
- Praia do Canto: área nobre muito bem localizada;
- Jardim da Penha: bairro universitário e perto da praia;
- Jardim Camburi: perto do aeroporto e mais barato;
- Enseada do Suá: área comercial com pouca movimentação à noite;
- Reta da Penha: uma das principais avenidas da cidade.
Na minha opinião, os melhores bairros são Praia do Canto e Jardim da Penha.
Praia do Canto
A Praia do Canto é considerada uma área nobre e é uma ótima opção para se hospedar em Vitória. Há ótimos hotéis, mas o mais legal é que tem de tudo no bairro.
Dá para se divertir no Triângulo das Bermudas, uma região onde estão muitos bares, para aproveitar a praia, que fica de frente para o bairro, e comer em ótimos restaurantes.
A Praia do Canto é como se fosse o Leblon, no Rio de Janeiro, sabe? Guardando as devidas proporções, claro.
A Praia do Canto é muito movimentada durante o dia e à noite. Algumas áreas são mais comerciais, como a região da Avenida Reta da Penha, uma das principais da cidade. Nesta área, o barulho de veículos pode incomodar quem gosta de silêncio, mas não é nada absurdo.
Mais para dentro do bairro, você terá mais tranquilidade e estará, ainda assim, perto de tudo.
As melhores opções de hospedagem do bairro são Sheraton Vitória, Comfort Suítes Vitória, Ibis Praia do Canto e Sleep Inn Praia do Canto.
Sheraton Vitória
O Sheraton Vitória é um hotel cinco estrelas e tem uma vista sensacional para a praia e para as ilhas. Nesta área, você pode alugar um caiaque ou fazer stand up paddle.
O hotel tem piscina, academia e sauna. O restaurante serve ótimos pratos da cozinha internacional e o café da manhã é sensacional.
Ibis Praia do Canto
Com padrão já bem conhecido, o Ibis Praia do Canto é uma ótima opção para se hospedar em Vitória. Fazendo jus ao nome da rede, este hotel tem tudo que você precisa e não cobra um fortuna por isso.
Os quartos são modernos e depois de uma caminhada de dez minutos, você coloca os pés na Praia de Camburi. O Triângulo das Bermudas fica praticamente na esquina.
Sleep Inn Praia do Canto
O Sleep Inn Praia do Canto fica na Reta da Penha, uma área mais comercial e bastante movimentada. Se quiser curtir a noite, o Let’s Steak & Beer é uma balada muito boa que fica em frente ao hotel.
Nos dias de sol, dá para chegar à Praia de Camburi em dez minutos de caminhada. O café da manhã é ótimo.
Hotéis na Reta da Penha
Com eu falei, a Avenida Nossa Senhora da Penha – chamada pelos capixabas de Reta da Penha – é uma das principais da cidade.
Ela tem esse nome porque de todos os pontos da avenida a gente consegue ver o Convento da Penha, que fica na cidade vizinha, Vila Velha.
Embora seja uma área mais comercial, há boas opções econômicas como o Ibis Budget Vitória e o Bristol Easy Hotel.
Bristol Easy Hotel
Nesta unidade do Bristol Easy Hotel os quartos são básicos, com televisão, internet e ar condicionado – o essencial. Ele fica a apenas alguns metros da Rua da Lama e do Parque Pedra da Cebola, um ótimo lugar para relaxar e ficar perto da natureza.
A Ponte da Passagem fica, praticamente, de frente para hotel. O café da manhã é muito elogiado.
Ibis Budget Vitória
O Ibis Budget Vitória é mais uma opção para se hospedar na cidade com a rede Ibis. Esta unidade, que está em uma das principais avenidas da capital, garante conforto e comodidade a preços justos.
Nesta área, você estará próximo de um centro comercial e do Triângulo das Bermudas. É fácil usar o transporte público.
Jardim da Penha
Em Jardim da Penha, o clima é mais descontraído. Por ser perto da Universidade Federal, muitos estudantes moram e frequentam a região.
É neste bairro que fica a famosa Rua da Lama, onde estão concentrados muitos bares, restaurantes, lanchonetes e uma boate. Tudo mais alternativo e sem ostentação.
Jardim da Penha fica na parte continental de Vitória, de frente para a Praia de Camburi, é muito organizado e tem muitas opções de comércios: mercados, bancos, lojas, farmácias e padarias, por exemplo.
Nesta área também fica o parque Pedra da Cebola, um dos melhores e mais bonitos de Vitória.
Há, também, um shopping pequeno com duas salas de cinema especializadas em filmes alternativos. Eu realmente gosto muito do Cine Jardins.
Jardim da Penha é um bairro muito procurado por turistas, justamente porque tem a cara da cidade.
As melhores opções de hospedagem ficam na orla da Praia de Camburi e são: Bristol Alameda Vitória, Ibis Vitória Praia de Camburi e Bourbon Vitória Hotel.
Bristol Alameda Vitória
De frente para a Praia de Camburi, o Bristol Alameda Vitória é perfeito para quem já quer acordar e curtir a orla, caminhar até o Píer de Iemanjá ou alugar uma bicicleta para pedalar pela cidade.
Os quartos são bem confortáveis e a área da piscina é boa para relaxar no fim do dia. A localização é realmente muito boa, perto de tudo: praia, comércios, bancos e aeroporto.
Ibis Vitória Praia de Camburi
O padrão básico desta rede internacional acaba sendo uma ótima opção, porque a gente não tem surpresas. O Ibis Vitória Praia de Camburi fica de frente para a Praia de Camburi, uma área realmente muito boa.
Há restaurantes há poucos metros e muitas opções para quem quer usar o transporte público. Os quartos são básicos, confortáveis e bem resolvidos. Mas, o ponto forte do hotel é a localização – e o preço, claro.
Eu já expliquei que Praia do Canto e Jardim da Penha são os melhores bairros para se hospedar. Mas, se ainda assim você não decidiu onde ficar em Vitória, veja estes outros bairros da capital.
Jardim Camburi
Jardim Camburi cresceu muito nos últimos anos e, apesar de um pouco afastado dos outros dois, é um bairro onde não falta nada.
Embora seja mais residencial e não muito procurado por turistas, o bairro pode ser uma boa opção para quem não quer gastar muito. Ele fica perto do aeroporto e de avenidas muito movimentadas.
A melhor opção de Jardim Camburi é o Nobile Suites Diamond, que fica de frente para a praia, na região que os capixabas de final de Camburi, que é menos interessante que o lado oposto – onde estão Jardim da Penha e Praia do Canto.
Enseada do Suá
O novo centro comercial da cidade tem muitos prédios modernos, hotéis novos – e caros -, mas a agitação do dia desaparece à noite.
Sem muitos comércios e com vida noturna inexistente, ficar na Enseada do Suá só é bom para quem quer curtir o dia e dormir cedo.
Perto do principal shopping da cidade – o Shopping Vitória – e de vários órgãos públicos, há também muitos apartamentos residenciais, o que traz tranquilidade para o bairro.
O grande ponto positivo é a vista sensacional para a Terceira Ponte e para o Convento da Penha – que ficam muito perto. Isso, nenhum outro lugar de Vitória tem.
Duas boas opções são o Go Inn Vitória e o Golden Tulip Porto Vitória.
Golden Tulip Porto Vitória
O Golden Tulip Porto Vitória é um dos hotéis mais sensacionais de Vitória e tem alto padrão de qualidade – marca da rede. Como é mais procurado por quem está a trabalho, nos finais de semana as tarifas são, quase sempre, mais interessantes.
A vista dos quartos é sensacional com dois cartões-postais do Espírito Santo: o Convento da Penha e a Terceira Ponte – é realmente maravilhosa. A área da piscina é muito boa e o acesso ao hotel é fácil de qualquer parte da cidade.
Go Inn Vitória
O hotel Go Inn Vitória é o mais econômico da Enseada do Suá. Ele tem um padrão de conforto bom, com quartos compactos, mas bem resolvidos. O atendimento é super profissional e isso faz muita diferença, certo?
Tem acesso fácil a outras partes da cidade e, apesar de ficar em uma área bem movimentada durante o dia, à noite é bem tranquila – até demais. Se quiser ficar em uma região nobre e gastar pouco, esta deve ser sua escolha.
Ilha do Boi
Um dos bairros mais nobres de Vitória, a ilha já foi anexada ao continente, mas ainda permanece sendo chamada como antes.
Com muitas mansões, o clima é tranquilo e até um pouco pacato demais. Sem qualquer opção de comércio – não há restaurantes, bares ou qualquer coisa do tipo -, ficar na Ilha do Boi pode ser entediante.
O ponto positivo é que há duas praias muito frequentadas por quem mora em Vitória: Praia da Direita e Praia Grande.
Um dos hotéis mais tradicionais de Vitória é o Hotel Senac Ilha do Boi.
Hotel Senac Ilha Do Boi
Para quem gosta de um clássico, o Hotel Senac Ilha do Boi é o hotel mais tradicional de Vitória que resistiu ao tempo e à expansão da cidade para novas áreas. Ele é bom para quem quer tranquilidade, mas não espere um padrão resort ou coisa semelhante.
A área da piscina e a vista são os pontos fortes. Os quartos são básicos, bem resolvidos e sem muito luxo – o que é compensado pelo preço, bem interessante para um hotel do mesmo padrão.
Perto do Aeroporto
O aeroporto de Vitória fica dentro da cidade, a poucos minutos dos bairros que mais indico. Para você ter uma ideia, de Jardim da Penha ao aeroporto, você vai gastar cerca de dez minutos de carro, dependendo do horário.
Mas, se quiser ficar ainda mais perto, o Quality Hotel Vitória fica de frente para a entrada do aeroporto. É praticamente atravessar a avenida e pronto.
Quality Hotel Vitória
O Quality Hotel Vitória é realmente muito bom, novinho e também fica perto da Praia de Camburi, a principal da cidade. Ele tem quartos amplos, arejados, com conforto e padrão da marca.
É um hotel mais movimentado durante a semana, então é mais fácil encontrar disponibilidade em outros dias. Realmente, ele impressiona pelo excelente padrão de qualidade, e, mesmo não estando na melhor área, é um bom lugar para ficar em Vitória.
Hostel em Vitória
A cidade não tem muitos hostels e isso pode atrapalhar na hora de escolher onde ficar em Vitória. É que, como as opções são poucas, não é tão fácil conseguir uma cama, dependendo da época, mas não custa tentar, né?
O hostel mais bem avaliado é o Artsy Vitoria Hostel, que fica pertinho do aeroporto.
Artsy Vitória Hostel
Novinho, super moderno e muito bem localizado – de cara para o aeroporto, e a uma distância caminhável da praia, parques e de todo o comércio -, o Artsy Vitoria Hostel é o melhor hostel da capital capixaba.
Quartos limpos, arejados, bem organizados e com armários para guardar a mochila, cozinha super completa e atendimento muito atencioso: não é por acaso que ele está no topo da lista.
O Sono Vitoria e o Onça da Praia também são bem localizados. O Guanaaní Hostel, que fica no Centro, tem ótima estrutura.
De qualquer forma, essas são as opções de hostel para você decidir onde ficar em Vitória.
Vale a pena alugar um apartamento?
Se você está pensando em ficar mais do que quarto dias e está acompanhado da família, definitivamente, vale a pena alugar uma casa.
→ Todas os apartamentos de temporada
Mesmo se estiver em casal ou sem ninguém, mas busca privacidade e gosta de se sentir mais à vontade, alugar uma casa de temporada é, sim, uma ótima opção.
Flat Home Experience
O Flat Home Experience fica pertinho do Triângulo das Bermudas, uma área de bares e restaurantes muito interessante na Praia do Canto. Então, se você gosta de aproveitar à noite, é a melhor área para estar nos finais de semana.
O apartamento tem 55 metros quadrados e acomoda até seis pessoas: são dois quartos, um com cama de casal e outro com duas de solteiro, além de um sofá-cama na sala. Ele e todo mobiliado, a cozinha é bem equipada. Tem vista para o mar e o prédio tem uma piscina muito boa.
Apê da Blogueira
O Apê da Blogueira tem uma localização excelente, de frente para a Baía de Vitória, coladinho ao Convento da Penha, perto do maior shopping da capital e do acesso à Terceira Ponte, que nos leva para as praias de Vila Velha.
Ele é totalmente mobiliado, super bem decorado, tem 86 metros quadrados e acomoda até dez pessoas: são três quartos, um com cama de casal e outros dois com cama de solteiro, além de um sofá-cama na sala.
O prédio tem uma estrutura excelente, com piscina boa, sauna, sala de ginástica tudo mais. É um excelente lugar para quem quer ficar em Vitória e ter todo o conforto em uma das áreas mais valorizadas da cidade.
Golden Gate Flat
O Golden Gate Flat fica em um apart-hotel, com fácil acesso à Terceira Ponte e à uma curta caminhada da praia da Curva da Jurema. É uma área bastante movimentada durante o dia, mas tranquila á noite.
O apartamento tem 90 metros quadrados e acomoda bem até quatro pessoas: são dois quartos, um com cama de casal e outro com duas camas de solteiro. Ele é todo mobiliado, tem cozinha completa e é uma boa opção para ficar em Vitória.
Camburi Apartament
O Camburi Apartament também fica em Jardim Camburi, perto de um shopping e de várias lojas, restaurantes e mercados. Isso significa que você acesso a tudo de forma rápida e prática.
Ele tem 64 metros quadrados e acomoda até quatro pessoas: são dois quartos, um com cama de casal e outro com cama de solteiro. Todos os ambientes são mobiliados e decorados com muito bom gosto.
Faixas de preço em Vitória
No mapa abaixo, você encontra todas as opções de hospedagem de Vitória – especialmente as da área mais nobre. Você só precisa clicar sobre os pins azuis para ver mais detalhes de cada uma delas.
Há pousadas, hotéis, apartamentos e hostels. Então, tem opções para todos os estilos e com diferentes preços.
Veja mais dicas do Espírito Santo
Ficou mais fácil planejar sua viagem? Se tiver alguma dúvida, deixe sua pergunta nos comentários que eu respondo.
Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin. Agora, aproveite para ver mais dicas do Espírito Santo.
Respostas de 4
Oi, Egilce.
Você pode ver aqui: http://www.saomateus.es.gov.br/guia-turistico/igreja-velha
Um abraço.
Ola, bom dia.
Parabéns, obrigada por nos dá esse presente.
O estado do Espirito Santo é realmente muito bonito.
sabe me informar sobre uma ruína que esta no centro de São Mateus ES.
obrigada.
Maravilha!
Venha conhecer um pouco mais da minha cidade e se encantar com ela. 🙂
Um abraço!
Que incrível isso, cara!
Não fazia ideia desses lugares e muito menos das histórias deles.
Vou compartilhar seu post.
Abraço!