Na costa oeste da Tailândia, nas belas águas do mar de Andamão, as Ilhas Similan – chamadas de Ko Similan – ainda são pouco conhecidas por brasileiros. Mas, nas próximas linhas você vai encontrar tudo que precisa para planejar sua viagem.
Eu vou mostrar onde elas ficam, como chegar, o que fazer nesse paraíso e, claro, quanto custa tudo isso.
Então, se você gosta de conhecer lugares novos com paisagens incríveis, esse destino é perfeito para você.
Entenda as Ilhas Similan
Há muitas ilhas rodeadas por águas cristalinas e incrivelmente lindas na Tailândia. Só que quando a gente fala disso, a primeira ideia que surge em nossa mente são as ilhotas da região de Krabi, onde está Koh Phi Phi.
Mas, o que faz as Ilhas Similan serem tão especiais?
De forma simples, as Ilhas Similan são naturalmente cobertas por uma densa floresta, que desce as encostas rochosas até tocar a areia branquinha das praias, banhadas por um mar tão cristalino que é até difícil de imaginar.
Essas características já são suficientes para nos fazer desejar o arquipélago, mas eu ainda preciso dizer que as Ilhas Similan estão entre os dez melhores lugares para mergulhar no mundo.
Onde ficam as ilhas?
As Ilhas Similan ficam na costa oeste da Tailândia, a cerca de 70 quilômetros do continente: mais ou menos 1h40 de barco. Diferentemente de Koh Phi Phi, que tem água esverdeada, o mar daqui é azul turquesa e a areia clarinha deixa tudo ainda mais incrível.
O arquipélago é composto por onze ilhas, uma mais linda que a outra. Elas ficam na província de Phangnga e a única forma de chegar aqui é de barco.
Todas as ilhas fazem parte de um Parque Nacional e, por isso, as regras de visitação são rígidas: não é permitido ir além das áreas demarcadas, causar qualquer dano ao ambiente e, em algumas ilhas, a gente não pode nem pisar, porque há espécies de tartaruga que se reproduzem por aqui durante todo o ano.
Além disso, as ilhas ficam fechadas para visitação em algumas épocas do ano. Como explico mais para frente.
O que fazer nas Ilhas Similan
As areias branquinhas das praias, o mar calmo, transparente e quentinho são perfeitos para simplesmente relaxar e curtir a paisagem – isso se você der a sorte de pegar a praia mais vazia.
É que com tantos atributos, as ilhas recebem cada vez mais barcos de turistas. E, por mais que seja chato dizer isso, os chineses chegam em grupos grandes e não se comportam muito bem.
Então, pode ser que você encontre um ambiente menos tranquilo que o ideal, com vários barcos parados nas praias e turistas indo e vindo o tempo todo.
Como as ilhas não são grandes, você pode aproveitar o tempo para explorar algumas áreas de floresta, descobrir lugares escondidos e subir em algumas rochas para ter uma visão mais privilegiada.
Mergulho: cilindro ou esnórquel?
O esnórquel é uma boa pedida para praias de mar calmo como o das Ilhas Similan. Com visibilidade muito boa, sempre entre 20 e 30 metros, as ilhas têm condições ideais.
Especialmente durante a temporada de mergulho, que vai de outubro a maio, você pode contemplar a abundante vida marinha que vive logo abaixo da superfície sem muito esforço.
Se você nunca fez esnórquel, não se preocupe. Mesmo quem é iniciante consegue aproveitar muito.
Para quem já é experiente e gosta de mergulho com cilindro, os recifes de corais e o relevo rochoso mais profundo podem ser um desafio bem interessante.
Eu estou falando isso para você perceber que as águas que rodeiam as Ilhas Similan proporcionam uma experiência incrível para todos os tipos mergulhadores.
E, como essa atividade é bem comum por aqui, dá para fazer esnórquel e mergulho em todas as ilhas por onde passar.
O equipamento de esnórquel pode ser alugado na sede do Parque Nacional Marinho das Ilhas Similan, mas, geralmente, as agências que fazem o traslado de barco oferecem sem custo adicional.
O passeio de um dia vale a pena?
Eu fiz o passeio de um dia, saindo cedo de Phuket e voltando já de noite. Como tinha pouco tempo, essa foi a solução que encontrei para poder conhecer as Ilhas Similan.
Como você pode imaginar, foi um pouco cansativo, mas valeu muito a pena.
Por volta das 6h, a van me pagou no hostel onde fiquei. Aí, seguimos para o píer Thap Lamu, que tem uma estrutura muito boa com lanchonetes e banheiros com chuveiro – tudo muito limpo e organizado.
O barco deixou o píer por volta das 9h, depois de uma palestra rápida e obrigatório sobre o ecossistema das ilhas e explicações do que pode e não pode ser feito.
É bom prestar atenção para não correr o risco de ser multado.
A primeira parada foi em Koh Miang – Koh 4, como também é identificada – onde ficamos até, mais ou menos, 13h. O almoço foi servido aqui.
Como tudo é muito controlado na ilha, só há um restaurante e, para evitar espera, as empresas sempre trazem marmitas para a gente. Tudo muito bem feito e gostoso – os tailandeses são ótimos nisso.
Depois, seguimos para Koh Bangu – também chamada de Koh 9 –, onde, na verdade, só paramos para fazer esnórquel, sem pisar na ilha. O dia estava lindo e a visibilidade muito boa.
A próxima parada foi na ilha que dá nome ao arquipélago: Koh Similan.
Também chamada de Koh 8, aqui fica o escritório do Parque Nacional e é onde a gente pode subir até um mirante no topo de uma rocha.
Do alto, temos a completa visão do paraíso e a real noção do quanto que esse lugar é lindo. Depois disso, antes do sol se pôr, já estava voltando para o continente.
Como visitar as Ilhas Similan
Como expliquei, dá para fazer um bate-volta saindo de Phuket, o principal destino turístico dessa parte da Tailândia. Mas, claro, há muitas possibilidades.
Tudo depende do seu tempo, do seu orçamento e do quanto você gosta de natureza.
Eu falo assim porque a estrutura das ilhas é bem simples – como se espera em áreas mais remotas e protegidas – e, comparando com outros destinos do país, é caro.
Como chegar
Chegar a esse pedacinho de terra não é tão fácil, especialmente porque não há um sistema de transporte regular do continente para a ilha – tudo é feito por agências de turismo.
Os barcos partem, normalmente, do píer de Thap Lamu, em Thai Muang, distrito de Phang Nga e a viagem dura cerca de 1h40.
Nos meses de baixa estação, entre maio e outubro, é possível que o serviço seja interrompido por causa das chuvas. Então, é bom consultar antes.
O aeroporto de Phuket (HKT) é mais próximo. Ele fica a 32 quilômetros do centro da cidade e opera voos nacionais e internacionais.
Quanto custa
O passeio de um dia, que sai de Phuket, custa, aproximadamente, THB 3.200. Neste preço estão incluídos:
- Traslado de Phuket até o píer de Thap Lamu – ida e volta;
- Café da manhã no píer – antes do barco partir;
- Guia em inglês – que nos acompanha durante todo o passeio;
- Viagem de ida e volta de barco – lancha rápida;
- Bebidas e lanches no barco;
- Almoço na ilha – no esquema das marmitas;
- Equipamento de esnórquel;
- Lanche no retorno ao píer.
O barco faz várias paradas para mergulho e visitas às ilhas. Dá para aproveitar bastante o tempo por aqui, mas é um pouco cansativo, especialmente se você estiver vindo direto de Phuket.
Esse foi o passeio mais caro que fiz em todo o meu roteiro pela Tailândia. A sorte é que eu consegui negociar e paguei THB 2.800.
O contato da agência que me atendeu é +66 81 376 9019.
Onde ficar
Como já falei, toda a área das Ilhas Similan é protegida ambientalmente. Por isso, a gente só pode se hospedar em três das onze ilhas: Koh Miang, Ko Similan e Koh Tachai
Se seu plano é passar pelo menos uma noite aqui, Koh Miang é a que oferece mais possibilidades. A ilha tem bangalôs, acampamentos e um restaurante também – tudo dentro das regras do Parque.
Os bangalôs mais caros são os Chomviews, que custam cerca de THB 2.000 por noite. Eles são espaçosos, acomodam bem duas ou três pessoas e estão equipados com ar condicionado.
A versão mais barata do bangalô é o Hu Yong, que custa cerca de THB 1.000 por noite.
Os acampamentos – com barracas da camping mesmo – são a opção mais barata das Ilhas Similan, cerca de THB 500 por pessoa, por noite.
Você encontra acampamentos nesse estilo nas três ilhas, mas lembre-se de que entre dezembro e fevereiro faz muito calor por aqui e isso pode lhe incomodar.
Além das opções serem poucas e restritas, tem mais um problema.
É que as acomodações nas ilhas geralmente fazem parte de excursões organizadas por agências e, dificilmente, você consegue reservar de forma independente.
Por isso, a maioria das pessoas fica hospedada em Phuket ou Khao Lak.
No mapa abaixo, você encontra todas as opções de hospedagem de Phuket. Basta clicar sobre os pins azuis para ver os detalhes.
Também há a opção de dormir nos barcos, que são equipados para isso, mas eles são mais direcionados para quem quer fazer mergulho de cilindro. São mais caros também.
Quando ir
Como as Ilhas Similan são uma reserva natural, não conseguem suportar uma quantidade grande de turistas o ano inteiro. Então, para proteger o frágil ecossistema desse paraíso, o governo tailandês interrompe a visitação algumas vezes por ano.
Isso acontece, especialmente, durante o período de chuva, chamado de monções, que vai de maio a outubro.
Uma boa época para visitar as Ilhas Similan é de outubro a maio, sendo que os meses mais movimentados são dezembro e janeiro – as praias ficam lotadas.
Se puder, prefira viajar entre os meses de fevereiro e março. Em abril faz muito calor e, em maio, você já corre o risco de pegar chuvas.
Onde comer
A lei tailandesa proíbe grandes construções em Parques Nacionais e, por isso, as instalações nas Ilhas Similan são bem básicas.
Você encontra um restaurante em Koh Similan e outro Koh Miang. Eles ficam abertos das 08h às 20h, todos os dias.
Como os restaurantes não têm estrutura para atender a todos os turistas, as agências, geralmente, levam marmitas e servem o almoço como um piquenique.
Além dos restaurantes, há dois centros de informações para visitantes em Koh Similan e Koh Miang. Há, também, uma loja de souvenirs em Koh Similan.
Agora você já tem bastante informações sobre as Ilhas Similan. Veja só:
- As Ilhas Similan são protegidas por um Parque Nacional;
- Elas ficam a cerca de 70 quilômetros do continente;
- As regras para visitação são rígidas e você deve cumpri-las;
- É possível ficar hospedado em três das onze ilhas;
- O arquipélago é um dos dez melhores lugares para mergulhar do mundo;
- A melhor época é de outubro a maio;
- O Parque pode fechar em algumas épocas do ano;
- Veja também: Roteiro para a Tailândia: o melhor do país em 15 dias.
Informações Básicas
Visto
Brasileiros não precisam de visto para entrar na Tailândia e o período de permanência é de 90 dias. Esse prazo pode ser prorrogado por até um ano.
Documentos
Além do passaporte com validade de seis meses, você precisa ter outros documentos para entrar na Tailândia.
Dinheiro
A moeda tailandesa é o baht, identificado pela sigla THB e pelo símbolo ฿. Veja como usar seu dinheiro na Tailândia.
Vacinas
O certificado de vacinação contra a febre amarela é obrigatório. Veja como solicitar o certificado pela internet.
Informações sobre covid-19
Não há restrições relacionadas a covid-19. Isso significa que não é necessário apresentar comprovante de vacinação ou exames.
Entretanto, é preciso preencher o Thailand Health Pass para comprovar a vacinação contra a febre amarela.
Seguro viagem
Apesar de não ser obrigatório, não é uma boa ideia viajar sem um seguro viagem.
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Veja mais dicas da Tailândia
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Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin. Agora, aproveite para ver outras dicas da Tailândia.