É muito difícil não gostar de Berlim, a capital da Alemanha. No melhor estilo europeu, a cidade é organizada, limpa, cheia de parques e praças. Os prédios clássicos e modernos se complementam em um show arquitetônico. Porém, você vai gostar mesmo é de saber que dá para fazer muita coisa de graça em Berlim.
Além disso, o sistema de transporte é eficiente, barato e cobre todas as áreas da cidade e de seus arredores. Mas, dependendo do lugar em que estiver hospedado, dá para fazer quase tudo a pé. Vale a pena caminhar pelos quarteirões que testemunharam o período mais lamentável da história humana: a Segunda Guerra Mundial.
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O que fazer de graça em Berlim
Memorial do Muro de Berlim | O Memorial do Muro de Berlim – Gedenkstätte Berliner Mauer, em alemão – é a principal fonte de memória do que foi a divisão do mundo em duas partes durante a Guerra Fria. E, aqui, essa história é contada por meio de pedaços do muro que ainda estão de pé. Além de tantas outras dolorosas lembranças que os alemães fazem questão de manter acessíveis a turistas do mundo todo.
Em todo o espaço do Memorial, há placas indicativas, painéis que explicam cada detalhe, vídeos originais e áudio-guias. Esses elementos são super importantes para que você entenda melhor o que se passou nessa área de Berlim. Em algumas partes do Muro foram colocadas estacas de ferro e em vários pontos da cidade é possível ver uma linha no chão feita de paralelepípedos que mostra onde o Muro ficava.
Para saber mais sobre esse passeio, leia: Como é visitar o Memorial do Muro de Berlim.
East Side Gallery | Na verdade, em várias partes de Berlim você pode ver trechos do antigo muro. Um lugar que vale muito a pena conhecer é a East Side Gallery. Ela é considerada a galeria de arte ao ar livre que está a mais tempo em exibição. Aqui, artistas encheram as dolorosas paredes do muro de cores em pinturas de cunho político e humanista.
Entre essas obras está o famoso grafite de Dmitri Vrubel, que mostra o caloroso beijo entre Leonid Brejnev, ex-líder do Partido Comunista Soviético, e o então presidente da Alemanha Oriental, Erich Honecker, em 1979.
Naquela época, era comum que os partidários comunistas se cumprimentassem com um beijo na boca, mas o movimento imortalizado na fotografia de Regis Bossu foi uma demonstração do forte vínculo entre a Alemanha e a extinta União Soviética.
Cúpula do Parlamento | Um dos prédios mais imponentes de Berlim é, justamente, o do Parlamento. Você pode conhecer parte de seu interior em uma visita guiada ou para subir até o topo do Reichstag para visitar a cúpula de vidro que tem uma vista linda da cidade. Mas você deve fazer o agendamento antes, no local ou pela internet.
Na entrada é preciso passar por procedimentos padrões de segurança e, depois, você recebe um áudio-guia que explica tudo o que você vai ver. As visitas na cúpula acontecem das 8h às 24h e você pode ficar o tempo que quiser aqui dentro.
Portão de Brandemburgo | O maior símbolo da capital alemã é muito concorrido e, dificilmente, você vai encontrar a área do Portão de Brandemburgo vazia, sem turistas querendo registrar esse momento.
Obra do século 18, esse incrível monumento resistiu a guerras e ao período comunista e, ainda hoje, guarda consigo as marcas daqueles tempos: observe nas colunas e nos prédios ao redor as marcas de tiro. Eu sugiro que você visite esse monumento à tarde, quando ele é mais bem iluminado pelo sol.
Parque Tiergarten | A maior área verde de Berlim foi, praticamente, destruída durante a Segunda Guerra Mundial, e as poucas árvores que sobraram daquele tempo foram usadas como lenha no pós-guerra. Além disso, boa parte dessa área foi usada para sepultar soldados soviéticos assassinados durante os combates.
Totalmente reflorestado, o Tiergarten tem praças de alimentação, lagos onde você pode fazer passeios de barco, trilhas para caminhadas contemplativas e algumas áreas onde se pratica o nudismo. No parque também está a belíssima Coluna da Vitória, que celebra o sucesso nas guerras do século 19.
Memorial do Holocausto | O Memorial aos Judeus Mortos na Europa – também chamado de Memorial do Holocausto ou de Holocaust-Denkmal, em alemão – ocupa uma área de quase 20 mil metros quadrados, e se assemelha a um enorme cemitério com exatos 2.711 blocos de concreto que parecem verdadeiros túmulos.
Mas não é só isso: no subsolo, funciona um museu, que eles chamam de Centro de Informação. Ele lembra as vítimas do regime nazista na Alemanha e de todo o território ocupado durante a Segunda Guerra Mundial, e reconta essa terrível história por meio de fotos, vídeos, mapas e outros meios audiovisuais.
Para saber mais sobre esse passeio, leia: O imperdível Memorial do Holocausto, em Berlim.
Sachsenhausen | Esse foi um dos primeiros campos de concentração a serem construídos na Alemanha. Em 1936, muito antes do início da guerra, ele já recebia presos políticos, desafetos do regime de Adolf Hitler, mas sua principal função era, mesmo, treinar o exército nazista. Durante o Holocausto, muitos judeus foram enviados para cá e exterminados covardemente.
A visita ao campo de concentração de Sachsenhausen é triste e muito dolorosa, mas estar nesse lugar nos dá uma visão – ainda que pequena – do que foi esse trágico período histórico vivido pelo país.
Para saber mais sobre esse passeio, leia: Como é a visita a Sachsenhausen.
Igreja Gedächtniskirche | Parcialmente destruída durante a Segunda Guerra, essa igreja luterana é, hoje, um memorial à paz. E isso aconteceu porque os berlinenses impediram que ela fosse totalmente reconstruída no pós-guerra, já que para eles aquele era um dos fortes símbolos da necessidade de promover a bonança no país e no continente.
É interessante observar as marcas de tiro nas paredes, os vitrais quebrados e o relógio parado no tempo. Do lado de dentro, o teto tem uma pintura belíssima que também foi danificada durante os ataques, e dá pra ver, com clareza, que apenas alguns reparos foram feitos para que o que restou do templo continuasse de pé.
Como a igreja foi transformada em museu, as celebrações acontecem no prédio construído ao lado da antiga igreja.
Check Point Charlie | Outro símbolo da Guerra Fria e da divisão de Berlim, o Check Point Charlie funcionava como um posto de fronteira entre a Alemanha Oriental, comunista, e a Alemanha Ocidental, capitalista. Havia muitos outros pontos de controle como esse, mas Charlie era o mais movimentado.
Considerado pelos prisioneiros do regime comunista como a porta para a libertação, hoje, ele é um importante ponto de memória e, aqui perto, funciona um museu que conta toda sua história.
Feirinha de antiguidades | Para quem gosta de comprar bugigangas, a feirinha que funciona nos finais de semana perto do Museu Bode é um verdadeiro achado. Aqui, dezenas de artesãos apaixonados por antiguidades expõem suas relíquias para venda.
Esculturas, telas, livros, bijuterias, louças, cristais e quase tudo o que você pensar tem aqui. Os preços variam muito, então o ideal é dar uma circulada antes de decidir o que levar.