Muitos viajantes têm o sonho de conhecer esse lugar e comigo nunca foi diferente. Até que, em um belo dia, comprei uma passagem e decidi visitar a Muralha da China.
No meu roteiro, Pequim, a capital da China, ocupava um lugar de destaque e eu gostei muito da cidade – não sei por que, ela me lembrou um pouco Berlim -, com seus prédios não muito altos e suas avenidas largas.
Na cidade, eu precisava conhecer três lugares emblemáticos, indispensáveis na viagem de todo mundo: a Praça da Paz Celestial – Tian’anmen, em chinês –, onde aconteceram os famosos protestos de 1989; a Cidade Proibida, um conjunto de templos e moradias imperiais – como eu mostro em: Como visitar a Cidade Proibida; e a Muralha da China, um gigantesco monumento de pedra que corta o país de leste a oeste.
Eu já sabia que precisaria de um dia inteiro para essa atividade, mas tinha que escolher qual parte da Muralha visitar. Pesquisando, descobri as diferenças entre cada uma delas, como eu mostro em: Muralha da China: qual parte devo visitar?
Eu escolhi visitar Mutianyu
A minha escolha, então, foi Mutianyu, que não fica tão perto de Pequim e, por isso, é mais vazia. Uma grande atração dessa parte é a grande quantidade de torres de vigia – são mais de 20 em um pequeno trecho – e isso deixa o cenário ainda mais maravilhoso.
Para melhorar, a gente pode subir em uma espécie de terraço em algumas dessas torres e ter uma visão que – talvez – você não tenha em nenhuma outra parte. Um desses terraços fica na torre número seis.
Toda essa parte da Muralha foi restaurada e está equipada com dois teleféricos e um tobogã, por onde você pode descer depois da visita – justamente no dia que fui, tinha nevado e o tobogã estava fechado. Esta é a única parte da Muralha da China com essa facilidade.
É importante dizer que algumas partes de Mutianyu são bem íngremes, principalmente para chegar à torre 20, quando começa a parte original da Muralha – que, oficialmente, não pode ser visitada.
Curta esse lugar como ele merece
A Muralha da China é um gigantesco muro de pedra que corta o país de leste a oeste. Ela foi construído em partes que, de forma geral, serviam para proteger os reinados das diversas dinastias que imperavam na China. As partes mais recentes foram acrescentadas durante a dinastia Ming, entre os anos 1368-1644. Mas, há construções do ano 220 antes de Cristo.
São 573 quilômetros de história e paisagens lindas que nos fazem suspirar e agradecer por ter a oportunidade de pisar aqui. As partes mais visitadas e, também, mais fáceis de serem acessadas ficam nos arredores do Pequim.
Além disso tudo, a Muralha da China foi eleita uma das sete maravilhas do mundo moderno e, desde 1987, a Unesco reconhece o monumento como Patrimônio Mundial da Humanidade.
Então, quando você estiver por aqui, não tenha pressa. Caminhe no seu tempo, observe os detalhes das construções, e respeite esse espaço: infelizmente, há muitas partes pichadas e depredadas por turistas que fazem questão de escrever seu nome aqui. Isso é muito triste!
Como visitar a Muralha da China
Quanto custa
A entrada nesta parte da Muralha da China custa CNY 40, mas crianças e idosos pagam a metade. Para subir e descer de bondinho, você terá que pagar CNY 120, mas, se quiser subir de bondinho e descer de tobogã, o preço sobe para CNY 200. O passeio guiado – que inclui o transporte de Pequim até aqui e o almoço – custa CNY 280.
Se não quiser comer a tradicional comida chinesa – que eu achei bem estranha, como mostro em: Onde e o que comer em Pequim –, você pode ir ao Subway que funciona em Mutianyu. Aproveite para ler: Dinheiro na China: câmbio, taxas e saques.
Quando ir
A melhor época para visitar a Muralha da China nos arredores de Pequim é na primavera, entre abril e maio, e no outono, de setembro a novembro. O verão é altíssima estação e é indicado somente para quem não se importa em ver tudo isso lotado de gente. O inverno – quando fui – só é indicado para quem realmente gosta de frio.
Mutianyu funciona em horários diferentes durante o ano: de março a novembro, ela abre das 7h30 às 18h, de segunda a sexta, e fecha meia-hora mais tarde nos finais de semana. De dezembro a fevereiro, o funcionamento é de 8h às 17h.
Como chegar
Chegar a Mutianyu é um pouco complicado, principalmente se você não fala e nem lê chinês. É que eu achei bem difícil me comunicar em inglês por aqui, já que pouquíssimas pessoas falam o idioma britânico, mesmo em lugares turísticos.
Mutianyu fica a cerca de uma hora e meia de carro do centro de Pequim e não há transporte público direto para esta parte da Muralha da China. Então, se decidir chegar aqui de forma independente, você terá que fazer baldeação e ter muita paciência. Sem falar que os ônibus que vêm para essa parte sempre estão lotados.
Primeiro, você precisa chegar à estação Dongzhimen usando as linhas de ônibus 24, 106, 107, 123, 132 e 206, ou as linhas 2, 13 e Airport Express do metrô.
Daqui, sai o ônibus 867 que vai para Mutianyu. As partidas acontecem às 7h e 8h30, somente nos finais de semana e feriados, e o retorno é às 14h e 16h. De Dongzhimen a Mutianyu você vai gastar cerca de duas horas e meia de ônibus.
A linha 916 vai de Dongzhimen para a cidadezinha de Huairou, de onde você pode pegar um micro-ônibus até Mutianyu. Essa é a opção mais rápida usando o transporte público, e dura cerca de duas horas. As partidas da linha 916 são frequentes – a cada 20 minutos.
A passagem de ônibus custa CNY 5 com o cartão do transporte público de Pequim, que você pode comprar em qualquer estação do metro. Sem o cartão, o preço sobe para CNY 16.
Informações Básicas
Visto
Brasileiros precisam de visto para entrar no país. Veja como solicitar o visto para China.
Documentos
Você precisa apresentar o passaporte com, no mínimo, seis meses de validade.
Dinheiro
A moeda nacional é o yuan renminbi, identificada pelas siglas CNY e RMB, e pelos símbolos ¥, 元 e 角, em chinês.
Vacinas
A vacinação contra febre amarela é obrigatória. Saiba como solicitar o certificado pela internet.
Informações sobre covid-19
Desde de 30 de agosto de 2023, todos os passageiros que partem do Brasil para a China estão isentos de realizar o teste TR-PCR ou de antígeno antes do embarque. Também não é necessário comprovar vacinação contra covid-19.
Seguro viagem
Nem todos os países têm um sistema de saúde público e gratuito. Na verdade, na maioria deles, viajantes estrangeiros não têm acesso a assistência médica gratuita. Por isso, é muito importante ter o seguro internacional de saúde – também chamado de seguro viagem. No caso da Bolívia, o seguro viagem passou a ser obrigatório depois da pandemia de covid-19.
O custo de um seguro viagem é menor do que se costuma pensar e ele garante que você terá atendimento em casos de emergências médicas comuns, como acidentes de trânsito, intoxicações alimentares, acidentes vasculares e infartos cardíacos, por exemplo.
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Veja mais dicas da China
Ficou mais fácil planejar sua viagem? Se tiver alguma dúvida é só deixar sua pergunta nos comentários que eu respondo.
Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin. Agora, aproveite para ver outras dicas da China.
Respostas de 4
Oi, Flavio.
Sugiro se informar no Consulado/Embaixada da China.
Um abraço.
Não sei se você saberia me responder…
Eu sou brasileiro e cidadão americano.
Você escreveu que com passaporte brasileiro precisa de visto, sabe se com passaporte americano precisa?
Oi, Sil.
O passeio dura um dia inteiro. Fui cedo e voltei no final da tarde.
O aeroporto de Pequim fica distante do centro, então, se resolver arriscar, tem que ir direto do aeroporto para a Muralha.
Um abraço.
OLá, devo ter uma conexão longa na China em setembro. Ficarei umas 10 horas em Beijing, Vc acha que é suficiente para ir e voltar da Muralha?
Quanto tempo vc demorou por lá? Desde já agradeço sua atenção