Toda viagem se completa à mesa. Andamos por lugares incríveis, encontramos pessoas novas e aprendemos muita coisa sobre o lugar, mas é quando nos sentamos para comer que tudo fica – literalmente – mais gostoso. Por isso, eu fiz esta lista – uma lista enorme – com as comidas típicas do Brasil para você ter uma ideia do que a gente encontra em nosso país.
Há sabores para todos os gostos, e um conselho que dou é se abrir para experimentar pratos novos e até mesmo aqueles que não conquistarem sua simpatia logo de cara. Não custa nada tentar e você ainda pode ter uma ótima surpresa.
Eu falo isso por experiência própria, porque já perdi a conta de quantas vezes me surpreendi com pratos que eu não dava a mínima importância, mas que, depois, viraram meus favoritos.
Ah! Acho bom se preparar, porque depois de ver toda a lista, você vai ficar com muita fome.
100 comidas típicas do Brasil
Você deve imaginar que é impossível reunir todos as comidas típicas de todas as regiões brasileiras em uma lista, não é mesmo?.
Nosso país é gigantesco e a variedade de pratos é proporcional à riqueza que temos, com uma variedade enorme de verduras, legumes, frutos e tudo mais que vêm da natureza para a nossa mesa.
Então, sabendo que toda lista comete injustiças, vamos ver quais são os 100 pratos típicos que eu escolhi? Está tudo em ordem alfabética.
1. Abará
O abará é um bolinho de feijão típico da Bahia. É a mesma massa do acarajé, só que o abará não é frito. Ele é cozido embrulhado em folha de bananeira e, geralmente, é servido com recheio de vatapá e caruru. A receita, de origem africana, faz parte da comida ritual do candomblé.
2. Aberém
O aberém também tem origem africana e, assim como o abará e o acarajé, é super tradicional na Bahia. É um bolinho feito de arroz ou de milho e cozido em folha de bananeira, que pode ser servido como acompanhamento ou como sobremesa, mesmo não sendo doce.
3. Açaí do Maranhão
O fruto da juçara é considerado o açaí do Maranhão. Muito mais consumido do que o seu primo famoso, o juçara tem um sabor ligeiramente mais suave. A forma tradicional de consumo é em temperatura ambiente, acompanhado de farinha amarela – também chamada de farinha d’água e camarão seco.
4. Açaí do Pará
O açaí é o fruto de uma palmeira muito comum na região amazônica, mas foi a partir do Pará que ele ganhou o mundo. Eu digo isso porque a gente já consegue comprar açaí em vários países, como Portugal, por exemplo.
Originalmente, o açaí é servido fresco, – feito no mesmo dia – e poder ser acompanhado de farinha de mandioca ou tapioca.
Fora da Região Norte, o açaí é consumido como um sorvete e cada vez ganha mais complementos: frutas, granola, leite em pó e por aí vai. Eu comi o açaí de Belém e realmente o gosto é totalmente diferente do que o que é vendido congelado.
5. Acarajé
Não dá para viajar pela Bahia e não comer acarajé, o prato mais típico do Estado. Vendido pelas tradicionalíssimas baianas vestidas de branco, esse bolinho de feijão frito no azeite de dendê é uma das iguarias brasileiras mais famosas no exterior: os gringos adoram.
Normalmente, é servido com recheio de camarão, vinagrete, caruru e vatapá. Eu tenho claramente na memória a primeira vez que experimentei o acarajé: no Pelourinho, em Salvador.
6. Arroz carreteiro
O arroz carreteiro surgiu nos pampas do Rio Grande do Sul. Para suportarem as longas distâncias, os gaúchos preparavam uma mistura de arroz e charque – semelhante à carne seca -, ingredientes que resistiam aos longos dias de viagem.
O tempo passou e a receita foi sendo incrementada e, hoje, existem várias combinações que são deliciosas.
7. Arroz com pequi
Dez em cada dez goianos amam pequi. O fruto, que tem um gosto marcante e esconde perigosos espinhos no miolo, é controverso para quem não é “do Goiás“. Mas, não há como negar que o arroz com pequi reina absoluto na mesa dos goianos.
8. Arroz de cuxá
O mais tradicional prato do Maranhão tem como principal ingrediente um dos itens que nós brasileiros mais amamos: o arroz. Só que nas terras maranhenses, onde a mistura de etnias fez fartura na mesa, o arroz de cuxá ganhou sobrenome e um gostinho bem típico.
Originalmente, a palavra cuxá vem da língua indígena tupi e significa o que conserva azedo. Traduzindo isso em forma de ingredientes, o molho é feito com ramos de vinagreira, gergelin, camarão seco e pimenta de cheiro. Veja como preparar o arroz de cuxá.
9. Arroz de leite
Apesar de ser consumido em várias partes do Nordeste, eu conheci o arroz de leite em Natal, no Rio Grande do Norte, onde o prato típico tem espaço garantido na mesa. Ele é perfeito para acompanhar a carne de sol. É importante dizer que, apesar de ser feito com leite, não é doce.
10. Arroz-doce
Esse é um prato típico não apenas do Brasil, mas da maioria dos países que tem o arroz como base da alimentação. É uma sobremesa deliciosa, temperada com especiarias, como cravo e canela.
Eu sou apaixonado por arroz-doce e se você ainda não experimentou, não perca tempo. É fácil de fazer e os ingredientes são aqueles que a gente sempre tem em casa.
11. Baião de dois
Esse é um clássico. Muito consumido em vários estados do Nordeste, o baião de dois sempre aparece nas refeições do dia a dia. É uma mistura saborosíssima de arroz com feijão-verde que ganha novos ingredientes de acordo com a região, mas a base é sempre a mesma.
É um dos pratos nordestinos que eu mais gosto e tenho certeza de que você também vai adorar.
12. Barreado
O barreado é um prato típico do Paraná. Na região de Morretes, onde o prato é mais conhecido, dizem que ele surgiu no tempo das festas, quando as pessoas não queriam perder tempo preparando a refeição: como não perde o gosto ao ser requentado, dá para comer essa iguaria por dias seguidos sem reclamar.
O mais interessante em toda essa história é a forma tradicional de preparo. Originalmente, o barreado é feito em uma panela de barro que permanece no fogo por cerca de 20 horas até a carne se desfazer totalmente de tão cozida.
Para acelerar esse processo, era comum vedar a tampa da panela com uma mistura de farinha, cinza e água. Popularmente, isso se chamava barrear a panela, e foi daí que surgiu o nome do prato.
13. Biscoito de polvilho
O biscoito de polvilho salgado Globo é um dos símbolos da vida carioca. Crocante e leve, ele pode ser consumido a qualquer hora, mas é nas praias que ele faz mais sucesso, acompanhado de um chá de erva-mate gelado.
Apesar do biscoito ser mais famoso no Rio de Janeiro, a receita de sucesso nasceu em São Paulo , há mais de 60 anos.
14. Bobó de camarão
Outra receita baiana que se espalhou pelo Brasil , o bobó de camarão tem origem africana – assim com muitos outros pratos da Bahia – e é, basicamente, um purê de mandioca com camarão temperados com tudo que é bom.
Mas, o grande diferencial da receita baiana é o azeite de dendê, que dá um sabor especial ao prato.
15. Bolinho de Chuva
Quem não cresceu comendo bolinho de chuva preparado pela avó, hein? Feito com farinha de trigo, é, geralmente, servido no café da tarde. Coberto com uma camada de açúcar e canela, combina perfeitamente com os dias mais chuvosos.
Mas, não é por isso que ele tem esse nome. É por causa do formato que o bolinho ganha depois de frito: semelhante a uma gota d’água.
16. Bolo de rolo
O bolo de rolo é típico de Pernambuco. É como se fosse um rocambole, que tem origem na Suíça. Mas a semelhança é apenas no formato, porque a de massa do bolo de rolo é fininha e o recheio é de goiabada.
É impossível ir a Recife e não comer essa iguaria que ocupa um lugar especial entre os meus doces preferidos.
17. Bolo de macaxeira
Também conhecido como bolo de aipim ou de mandioca, é uma receita bem comum em várias partes do Brasil e isso é ótimo, por que a gente sempre pode matar a vontade em uma padaria qualquer.
A receita é simples, mas o sabor é sensacional, especialmente quando ainda está um pouco quente, com a massa ainda bem macia.
18. Bolo de Tapioca
Dizem que a receita original dessa delícia surgiu com os indígenas, mas foram os portugueses que adicionaram coco e açúcar no preparo dando a forma e o sabor que hoje conhecemos.
É um bolo muito consumido em várias regiões do nordeste. Eu comi pela primeira vez no Maranhão – sem coco como ingrediente.
19. Bolo mole
Esse bolo é bem típico no Ceará, mas a gente também encontra em outras partes do Nordeste. Ele é como se fosse uma mistura de bolo e pudim, sabe? E também é conhecido como bolo baeta e bolo de leite.
20. Bricelet
Esse biscoito de massa finíssima é produzido exclusivamente pelas freiras do do Lar Irmã Imaculada Conceição, que fica na cidade de São Cristóvão, em Sergipe.
A máquina que dá forma aos biscoitos veio da Suíça e foi uma doação de irmãs alemãs. Com uma bola de sorvete e calda de chocolate, essa iguaria se transforma na Sobremesa das Freiras, doce que tem ganhado fama na região.
21. Brigadeiro
Tipicamente brasileiro, esse docinho de chocolate nasceu na Região Sudeste, mas se espalhou rapidamente pelo país se tornando indispensável nas festas de aniversário, junto dos coadjuvantes beijinho, feito com coco, e cajuzinho, feito com amendoim.
22. Buchada de bode
A buchada é típica do Nordeste, mas tem sua origem na culinária portuguesa e lembra um prato da comida libanesa – uma prova de que o mundo sempre esteve conectado de alguma forma.
É tradicionalmente feita com os miúdos do bode – rins, fígado e vísceras -, que são cortados em pedaços bem pequenos, temperados e cozidos dentro do bucho – o estômago do animal. Por isso, o nome “buchada”.
Em algumas regiões é comum acrescentar arroz à mistura. É um prato pesado, mas eu achei delicioso.
23. Caldo de piranha
Feito com o peixe piranha, esse caldo é servido na Região Centro-Oeste, especialmente na área do Pantanal. Eu comi caldo de piranha pela primeira vez na Chapada dos Guimarães, que fica no Mato Grosso.
24. Camarão no abacaxi
Apesar de não ser uma receita originalmente brasileira, tem ganhado espaço nos restaurantes por causa da explosão de sabores que a junção dos dois ingredientes principais proporcionam.
Eu comi camarão no abacaxi pela primeira vez em Jericoacoara, no Ceará. Lá, o prato já é tradicionalíssimo.
25. Camarão no bafo
Muito comum entre as famílias do Amapá, o camarão no bafo tem um preparo fácil e prático, herança dos indígenas que sabem muito bem aproveitar o que têm para criar receitas simples e deliciosas.
26. Canjica, canjicão ou mugunzá
Esse prato é conhecido por três nomes, mas a receita é a mesma: um doce feito com milho branco, típico dos festejos de São João.
Por falar nisso, você sabia que as festas juninas foram trazidas para o Brasil pelos europeus? É que, por lá, os agricultores realizavam grandes festas para comemorar a colheita, especialmente a do trigo, que acontece entre junho e setembro.
Só que, no Brasil, como o trigo não era tão comum, os pratos típicos das festas passaram a ser feitos com milho. É por isso que temos uma variedade tão grande de pratos feitos com o grão.
27. Caranguejo
Uma das coisas mais maravilhosas para fazer em uma praia no fim de tarde é sentar-se em um quiosque – ou em uma barraca – e pedir um caranguejo para comer sem pressa, curtindo o clima e a brisa que vem do mar. Se você nunca fez isso, por favor, faça.
Aracaju, em Sergipe, tem uma tradição enorme no prato, tanto que o principal polo gastronômico da cidade se chama Passarela do Caranguejo. Mas, dá para comer essa iguaria em quase todas as cidades do litoral brasileiro.
28. Carne de jacaré
Se você nunca experimentou jacaré, não deixe de fazer isso quando estiver na região do Pantanal. Eu comi carne de jacaré em Bonito, no Mato Grosso do Sul, e adorei. O sabor é como se fosse uma mistura de frango com peixe – realmente muito boa.
Mas, antes de pedir o prato, certifique-se da procedência, pois os restaurantes só são autorizados a comercializar a carne de jacarés criados em cativeiro.
29. Carne de onça
Você não pode voltar de Curitiba sem experimentar a famosa carne de onça – nem imagine cometer esse pecado, viu?
Claro que o prato não é feito com carne de onça, mas, de boi, e ganhou esse nome porque quem come fica com “bafo de onça”, por causa da quantidade de cebola que vai no preparo.
30. Carne de sol
Típica do nordeste brasileiro, a carne de sol – que também é chamada de carne de vento ou carne do sertão – tem esse nome por causa do seu método de preparo: a carne é salgada e colocada para secar em local coberto e bem ventilado.
Isso é feito com carne de boi, apesar do nome, não é costume que fique exposta ao sol. A partir da carne de sol são feito vários pratos, como a macaxeira com carne de sol e a paçoca.
31. Carneiro no buraco
O Carneiro no Buraco é um prato típico, tradicional e um símbolo da cidade de Campo Mourão, no interior do Paraná. Para você ter ideia de sua importância, a Festa Nacional do Carneiro no Buraco acontece todos os anos para celebrar essa deliciosa tradição.
O nome curioso remete ao método ensinado pelos padres jesuítas de cozinhar alimentos enrolados em folha de bananeira em buracos feitos no chão.
32. Cartola
A cartola é uma sobremesa típica de Pernambuco e tem sua origem nas casas-grandes dos engenhos – durante o período colonial.
A receita é simples: bananas fritas em manteiga ou óleo, queijo de coalho ou de manteiga, derretido colocado em cima das bananas, e cobertura, que pode ser a mais tradicional de canela e açúcar ou outras mais elaboradas como de chocolate.
33. Chipa
A chipa é uma receita tradicional das culinárias paraguaia e argentina, mas ganhou espaço na mesa de alguns estados brasileiros, especialmente no Mato Grosso do Sul.
É um biscoito de polvilho com queijo, geralmente, moldado em forma de ferradura e assado – há chipa em outros formatos também, como as que comi em Bonito. Dizem que foi dessa receita que surgiu o pão de queijo.
34. Churrasco
Outro prato que tem origem fora do Brasil – especula-se que surgiu no Uruguai e na Argentina – e que se espalhou por todo o país. Porém, são os gaúchos que mais assimilaram o hábito de comer carne assada em brasa.
Nos pampas do Rio Grande do Sul, há diversas formas de preparar um churrasco, e a técnica foi sendo aperfeiçoada porque a carne assada era a refeição mais fácil de ser preparada quando se passava muito tempo fora de casa.
35. Cocada
A lista de comidas típicas da Bahia parece não ter fim, mas eu não poderia deixar a cocada de fora. É que muito mais do que um doce feito de coco, ela carrega consigo a tradição herdada dos primeiros africanos que foram trazidos para o Brasil como escravos.
É um doce simples, mas que tem a brasilidade como tempero.
36. Costela ao fogo de chão
Outra tradição gaúcha, a costela ao fogo de chão também surgiu, pelo que conta a cultura popular, nos pampas quando os donos dos gados escolhiam para si as melhores partes de carne, deixando para os vaqueiros os cortes menos nobres: eles tinham que aproveitar o que lhes restava.
Hoje, o modo de preparo virou uma tradição em várias partes do Rio Grande do Sul.
37. Coxinha
Quem resiste a uma boa coxinha? É difícil encontrar alguém que não goste desse salgado recheado com frango e, algumas vezes, com requeijão. Mas, você faz ideia de como surgiu essa receita?
A história mais aceita é a de que a coxinha foi criada nos palácios reais para agradar a nobreza portuguesa, que desejava experimentar novidades. Sem muitas opções, a cozinheira inventou essa iguaria que, mesmo sem saber, se tornaria uma marca da culinária popular brasileira.
38. Cuca alemã
Herança dos alemães, esse bolo de tabuleiro coberto com uma farofa é muito consumido na Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul. Adaptada durante os anos, a cobertura ganhou novos ingredientes – como frutas, por exemplo -, e é muito comum comer cuca com linguiça – eu realmente não sei explicar por quê.
Conhecida como cuca alemã no Brasil, seu nome original é streuselkuchen. Anote aí para experimentar quando for à Alemanha.
39. Cuscuz de tapioca
Esse é um prato de origem baiana feito com fécula da mandioca, que comumente chamamos de tapioca. Sua origem é a culinária indígena, mas a receita original foi sendo alterada com o passar do tempo e, hoje, é comum acrescentar coco ralado e leite no preparo. Como cobertura, leite condensado.
Também é conhecido como cuscuz branco, cuscuz carioca ou pudim de tapioca.
40. Cuscuz nordestino
Existem várias receitas de cuscuz em todo o mundo e há indícios de que o prato já era consumido há séculos, muito antes de Cristo. Porém, a versão brasileira tem sua origem no cuscuz preparado no norte da África, e que chegou em terras brasileiras pelas mãos dos portugueses.
Hoje, o cuscuz é mais que um item essencial no café da manhã na culinária tradicional nordestina: ele é um patrimônio gastronômico e cultural e comer cuscuz é uma experiência imperdível para viajantes apaixonados por novos sabores.
41. Damurida
A damurida é um prato típico de Roraima e a receita original tem origem nas comunidades indígenas que vivem no extremo norte do Brasil.
É um caldo bem apimentado feito com tucupi, que é o sumo da mandioca, que também leva carne de peixe ou caça, chicória e jambu.
42. Doce de cupuaçu
O cupuaçu é uma fruta típica da Região Norte, muito encontrada nos estados do Amapá, Pará e Amazonas. Com ela dá para fazer muitas receitas, mas o doce de cupuaçu é a receita mais tradicional.
Normalmente, tem uma consistência pastosa, mas também pode ser encontrado na forma cristalizada. Além do consumo direto como sobremesa, o doce serve também para rechear bolos e bombons.
43. Doce de espécie
Herança dos portugueses, o doce de espécie só é encontrado na cidade Alcântara, no Maranhão. Ele se tornou popular por ser distribuído gratuitamente durante a festa do Divino Espírito Santo, a principal da cidade, que acontece sempre no mês de maio.
Porém, mesmo fora do período de festas, é fácil encontrar uma casinha com uma placa anunciando que ali a gente pode comprar o doce.
44. Doce de goiaba ou goiabada
Outra receita que se espalhou pelo país, a goiabada pode ser saboreada sozinha ou com queijo – formando a famosa dupla Romeu e Julieta.
A goiabada também é muito usada como recheio de pães, bolos e biscoitos e está presente em várias comidas típicas do Brasil.
45. Empadão goiano
Eu aposto que você já comeu uma empada, mas o empadão goiano é único em sabor, textura e em história.
A receita surgiu quando a cidade de Goiás ainda se chamava Vila Boa, há quase 150 anos. Mas, especula-se que a receita tenha origem em uma torta salgada recheada com carne muito consumida na Península Ibérica.
A verdade é que não existe apenas uma receita do empadão, já que cada família acrescenta ou elimina ingredientes de acordo com seu gosto.
Entretanto, os itens básicos são toucinho de porco, trigo, sal e azeitona. Uma forte presença regional nesse saboroso prato é a guariroba, um tipo de palmito amargo.
46. Empamonado
O feijão empamonado é um prato típico da região de Coxim, no Mato Grosso do Sul. Não se sabe muito bem sobre sua origem, mas ele sempre esteve presente nas festas da cidade.
A receita coxinense leva carne, pimenta à vontade e um toque de trigo, além de feijão e temperos.
47. Entrevero de pinhão
Muito tradicional na cidade de Lages, na serra de Santa Catarina, o prato leva pinhão, ingrediente típico no inverno sulista, carnes suína, bovina, bacon, calabresa e temperos a gosto.
O nome do prato tem inspiração na língua espanhola: entrevero significa confusão, mistura desordenada.
48. Escaldado cuiabano
Quanto estive em Cuiabá, experimentei um delicioso escaldado. Ele é um prato muito consumido na madrugada, depois das baladas, justamente para evitar a ressaca.
Como é forte – e delicioso –, é melhor comer o escaldado à noite, porque eu acho que ele não combina com calor que faz em Cuiabá durante o dia. Mas, sem dúvida, é uma das comidas típicas do Brasil que você precisa provar.
49. Farofa de banana
Uma das comidas típicas do Brasil que está por todo canto, a farofa surgiu com os indígenas, bem antes da colonização portuguesa, e é considerada uma das receitas mais antigas da cozinha brasileira.
Muito típica no Mato Grosso, a mistura que leva banana frita complementa outros pratos locais, dando um toque agridoce ao cardápio.
50. Fava
A fava pode ser comparada – de forma simples – com o feijão e há várias formas de preparo. Eu experimentei em um bar de João Pessoa, na Paraíba. O Fava Praia Bar & Restaurante é super tradicional e muito frequentado por quem vive na cidade.
Pertinho da praia, em uma das avenidas principais da cidade, ele é uma ótima pedida para o almoço ou para o fim de tarde.
51. Feijão tropeiro
O feijão tropeiro é associado às culinárias típicas dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. O nome remete aos tropeiros, homens que cumpriam a estratégia dos portugueses para integrar povoados das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Apesar disso, o feijão tropeiro é consumido em várias partes do Brasil. A receita leva feijão, claro, farinha de mandioca, torresmo, linguiça, ovo, couve, alho, cebola e outros temperos.
52. Feijão-verde
Bem famoso em grande parte do Nordeste, o feijão-verde é muito presente na mesa potiguar. Em Natal, ele é um dos melhores acompanhamentos para a deliciosa carne de sol.
O preparo é bem simples, da mesma forma que o feijão tradicional, mas é comum acrescentar coentro. Há quem acrescente nata, creme de leite e queijo coalho.
53. Feijoada
Considerada por muitas pessoas o prato nacional, a feijoada é muito consumida em vários países de língua portuguesa.
A receita original surgiu no norte de Portugal e se espalhou pelo mundo no período das grande navegações. No Brasil, ganhou adaptações: a nossa é feita com feijão preto e vários tipos de carne de boi, como a carne seca, e de porco, como pés e orelha.
54. Frango com quiabo
Essa é uma dupla infalível, mistura de pratos portugueses e africanos – como essa riqueza de cultura nos deixou pratos saborosos como herança, não é mesmo?
É uma comida típica do Brasil, mas é mais famosa em Minas Gerais, onde é comum servir o prato com angu de fubá – a polenta dos imigrantes italianos.
55. Filé de Tucunaré
No norte do Brasil, o que não falta é água. Por causa dos imensos rios, o consumo de peixe é muito grande entre a população. E o que ganha destaque é o tucunaré, que é o ingrediente principal de um dos pratos típicos mais populares da região.
O Tucunaré pode ser assado, grelhado, ensopado ou recheado e faz sucesso também com molho de alcaparras, arroz e farofa.
56. Furrundu
Também chamado de furrundum, esse doce é típico de Cuiabá e também da região do pantanal mato-grossense, mas também é encontrado na culinária do Vale do Paraíba, entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Ele é feito de limão cidra ralado ou de mamão verde ralado, adocicado com rapadura derretida ou açúcar mascavo.
57. Galeto na brasa
Muito comum na serra gaúcha, o galeto tem forte influência italiana. Em Gramado, por exemplo, a gente tropeça em galeterias, de tão comuns que elas são na região.
Antes de ir direto ao prato principal, é comum que os restaurantes sirvam uma deliciosa sopa de capeletti para abrir o apetite.
58. Galinhada
A galinhada é muito consumida em Minas Gerais e em Goiás e, como o nome sugere, é um prato preparado com galinha caipira e arroz, com tempero a gosto. Em Goiás, a receita leva ainda pequi e guariroba.
A galinhada mais saborosa que comi foi na cidadezinha de Macacos, pertinho de Belo Horizonte.
59. Guariroba
A guariroba é um palmito amargo, muito comum na região central do Brasil. Quando estive em Goiânia, percebi que ele está presente em vários pratos e, como não gosto muito de coisas amargas, evitei provar logo de cara. Mas, depois, acabei não resistindo à tentação e, acredita que eu gostei?
O amargo não é tão intenso e o sabor, misturado com outros ingredientes, fica bastante suave.
60. Jabá com jerimum
Tipicamente nordestino, esse prato é feito com jabá, que é a carne seca – também conhecida como charque e carne salgada – e o jerimum, a abóbora.
É um prato simples, mas muito saboroso e super fácil de fazer, já que a gente encontra os ingredientes em todo o Brasil.
61. Leitão à pururuca
O leitão à pururuca tem origem portuguesa e foi em Minas Gerais que se tornou popular. Já o termo pururuca vem do tupi e significa “o que produz barulho”. Isso acontece porque, depois de ir ao fogo, a pele do porco fica dura e, quando a mastigamos, produz um som alto.
Aproveitando: você sabia que o Brasil é um dos maiores produtores e consumidores da carne de porco. A produção é de cerca de 1,6 milhões por ano, e tem foco na exportação.
62. Maniçoba
A maniçoba é um prato de origem indígena, típico da culinária paraense. Seu principal ingrediente é a folha da maniva, a mandioca.
É um prato muito consumido durante o Círio de Nazaré, a maior festa católica do mundo que acontece, em Belém, sempre no mês de outubro.
63. Maria Isabel
A Maria Isabel é a famosa carne seca com arroz, e é servida no café da manhã. Era essa mistura que garantia energia para os vaqueiros e outros trabalhadores que precisavam enfrentar os desafios do sertão nordestino.
64. Mexidão
O mexidão é um prato que eu sempre comi. Ele é, na verdade, a mistura de tudo que sobrou na refeição anterior. Como o nome diz, é juntar tudo e mexer. Com o tempo, o mexidão ganhou fama e hoje em dia há restaurantes especializados no prato.
65. Moqueca baiana
Rivalizando com a capixaba, a moqueca baiana é um dos melhores pratos da Bahia. De origem angolana, esse ensopado de peixes com frutos do mar tem a cara do litoral.
A receita leva ainda azeite de dendê e leite de coco, além de temperos a gosto. É, sem dúvida, uma das comidas típicas do Brasil mais famosas.
66. Moqueca capixaba
Entre todos os sabores do Espírito Santo, a moqueca capixaba é a tradição em forma de deliciosas postas de peixe servidas com pirão e arroz branco. Há quem a confunda com a moqueca baiana, então alguém sempre tem que explicar que a moqueca do Espírito Santo não tem leite de coco e nem azeite de dendê na lista de ingredientes.
Mais leve, preparada e servida na autêntica panela de barro das paneleiras de Goiabeiras, a moqueca capixaba ganhou o título de original, já que o resto não passa de peixada, como dizem os nativos da ilha de Vitória.
67. Moqueca de banana da terra
A moquequinha de banana da terra é muito tradicional no Espírito Santo. Junto do pirão e do arroz branco, ela completa a refeição que tem a moqueca capixaba como prato principal.
É uma ótima opção para quem não come carne de peixe: dá para sentir um pouco do que é a moqueca.
68. Moqueca maranhense
A moqueca maranhense é semelhante às suas parentes baiana e capixaba. Bem temperada e feita com frutos do mar fresquinho, ela ganha um ingrediente extra: o ovo.
69. Paçoca de carne de sol
Prato super típico em várias regiões do nordeste, a paçoca é feita com carne de sol e farinha de mandioca socadas em um pilão para que a carne se desfaça em pedaços bem pequenos.
É um ótimo acompanhamento para outros pratos e é também muito interessante para levar em viagens longas, já que é possível conservá-la por longos períodos fora da geladeira.
70. Paçoquinha
A tradicional paçoca de amendoim está presente em todo o Brasil, embora seja mais consumida no Sudeste. É um doce adorado pelas crianças, mas que ganhou espaço entre os marombeiros por ser um alimento calórico e com gordura saudável.
71. Pamonha
A pamonha tradicional é a goiana, mas eu sempre comi pamonha porque o lado mineiro da minha família tinha o costume de preparar essa iguaria em dias festivos.
É um creme de milho verde que é cozido enrolado na casca do próprio milho. A pamonha pode ser doce ou salgada e pode ter recheio de queijo ou levar coco na massa.
72. Pão de queijo
O pão de queijo não é exatamente uma criação dos mineiros , lamento dizer. É que a receita que conhecemos é uma variação da chipa, um bolinho criado pelas missões jesuíticas, com influências indígena e europeia, típico de países como Paraguai e Argentina.
Os primeiros registros do pão de queijo brasileiro são da década de 1950, mas foi nos anos 1960 que a receita foi disseminada pelos quatro cantos do país.
73. Papa, Curau ou canjica de milho verde
Outro prato que ganhou nomes diferentes em regiões diferentes. É um mingau consistente e adocicado muito comum nas festas juninas. É servido com canela.
74. Pastel com caldo de cana
Toda feira tem uma barraquinha de pastel com caldo de cana. É uma combinação perfeita e que está presente na vida de qualquer brasileiro.
Como a criatividade do nosso povo nunca deixa de nos surpreender, os recheios são cada vez mais extravagantes. Qual o mais diferente que você já provou?
75. Pato no tucupi
O pato no tucupi é típico Região Norte, especialmente do Pará. É feito com tucupi, líquido de cor amarela extraído da raiz da mandioca brava, e com jambu, erva famosa por dar uma leve sensação de dormência na língua.
Ele pode ser acompanhado de arroz branco ou farinha-d’água – feita da mandioca. O pato no tucupi é um dos pratos principais servidos no tradicional almoço do Círio de Nazaré , juntamente com a maniçoba.
76. Pé de moleque
O pé de moleque é um doce típico da culinária brasileira, feito a partir da mistura de amendoim torrado com rapadura. Ele surgiu em meados do século 16, com a chegada da cana-de-açúcar ao Brasil.
A cidade de Piranguinho, no sul do estado de Minas Gerais, é conhecida pela produção artesanal do doce, e tem se destacado no cenário nacional através da festa do maior pé de moleque do mundo, que faz parte do calendário cultural de festividades do município.
77. Peixe filhote
O filhote é um peixe de água doce típico da Amazônia. Seu nome verdadeiro é Piraíba, mas isso pouco importa. O que é interessante é que se faz com ele: o filhote é considerado um dos peixes mais nobres da culinária amazônica, ao lado do Pirarucu, do Tambaqui e do Tucunaré.
Em Belém, ele é o ingrediente principal de diversos pratos. Os mais famosos são a caldeirada paraense, um cozido que leva tucupi, jambu e mariscos, e o filhote na crosta de castanha-do-pará.
78. Peixe-serra assado na brasa
Quem visita os Lençóis Maranhenses não pode deixar de dar um pulo na Praia de Caburé para almoçar no Restaurante do Zezão, que tem uma estrutura muito simples, mas um tempero magnífico.
Foi lá que eu comi um delicioso peixe-serra assado na brasa acompanhado de arroz, salada, farofa e vinagrete. O prato é super famoso na região e, por isso, entrou na minha lista de comidas típicas do Brasil.
79. Pela égua, canjiquinha ou quirerada
Três nomes são usados para identificar esse prato. Sua origem é mineira, mas é consumido em diversas regiões. No Espírito Santo a gente fala canjiquinha. Nada mais é do que uma farinha de milho de grãos grandes – que são usadas para alimentar pintos – cozida com pedaços de carne de porco. Uma receita simples e deliciosa.
80. Pinhão
O inverno no sul do país tem um acompanhamento super tradicional: o pinhão. A semente de araucária entrou na mesa do brasileiro pela cultura indígena, que já fazia uso dela bem antes dos portugueses chegarem.
Ele pode ser consumido puro, mas há um número grande de pratos que têm o pinhão como ingrediente.
81. Pintado na telha
É um prato típico do Paraná, e toda a forma como é preparado e consumido remete às heranças indígenas.
O pintado é assado na telha de barro, que, na verdade, era uma peça de cerâmica de forma irregular produzida pelos índios com argila. Hoje, já existe uma fabricação padrão para a “telha” que é própria para o cozimento.
82. Pirarucu de casaca
É um prato muito comum no estado do Amazonas, principalmente em Manaus, porém é muito apreciado também no Acre.
A receita tradicional tem pirarucu fresco, ovo, banana frita, farinha d’água e outros ingredientes que são colocados em camadas.
83. Pudim de leite condensado
Você sabia que o leite condensado não é encontrado em todos os países? Na verdade, são poucos os lugares que a gente encontra fartura e variedade como no Brasil. E, claro, o brasileiro não poderia deixar de criar um prato com ele.
O pudim de leite é considerado a sobremesa preferida dos domingos em família. Ele é feito com leite de vaca, leite condensado, ovos e uma calda de açúcar.
84. Quebra-queixo
O quebra-queixo é um doce típico da culinária brasileira feito de coco e açúcar. Ele ganhou esse nome por ser duro de mastigar e, por isso, dá a sensação de que o queixo vai se quebrar.
85. Queijadinha
A queijadinha é outro doce brasileiro que tem origem na culinária portuguesa: a receita tradicional nasceu nos conventos das ordens religiosas e se espalhou pelo mundo com os navegadores.
A receita é super simples: uma mistura de ovos, queijo e farinha de trigo que é assada em forno baixo.
86. Queijo canastra
O Queijo Canastra é um tipo de queijo produzido em Minas Gerais, na região da Serra da Canastra. Ele é feito da mesma forma há mais de duzentos anos, e tem uma inspiração no queijo de São Jorge, da região dos Açores, em Portugal.
O clima, a altitude, os pastos nativos e as águas da Serra da Canastra dão a esse queijo um sabor único: forte, meio picante, denso e encorpado.
87. Rabada
A rabada é um prato muito apreciado no Brasil. É um cozido do rabo do boi bem temperado que é tradicionalmente servido com arroz, angu e agrião.
88. Rapadura
A rapadura é um doce de origem açoriana ou canária em forma de pequenos tijolos, com sabor e composição semelhantes ao açúcar mascavo. Fabricada em pequenos engenhos de açúcar, surgiu no século 16 como solução para transporte de açúcar em pequenas quantidades para uso individual.
Como o açúcar granulado umedecia e melava facilmente, os tijolos de rapadura eram facilmente acomodados em sacolas de viajantes, resistindo durante meses a mudanças atmosféricas.
É considerado um alimento com maior valor nutritivo do que o açúcar refinado.
89. Rubacão
O rubacão é um descendente do tradicional baião de dois. A base do preparo é a mesma, mas outros ingredientes podem ser adicionados de acordo com a região ou com a tradição local.
Em geral, a mistura leva charque, carne-de-sol, toucinho, queijo-de-coalho, manteiga de garrafa, queijo-de-manteiga, nata fresca e até creme de leite.
90. Sanduíche de mortadela
Um programa imperdível de São Paulo é comer um sanduíche de mortadela do Mercadão. É que o famoso lanche de pão francês recheado com 300 gramas do embutido foi elevado ao patamar de símbolo da cidade e, por isso, entrou na lista das comidas típicas do Brasil que você precisa provar.
91. Sarapatel
O sarapatel é preparado com as vísceras de porco ou cabrito e tem sua origem na região do Alto Alentejo, em Portugal. No Brasil, é muito consumido nos estados do Nordeste, especialmente na Bahia.
92. Socol
Esse embutido de carne de porco é uma herança dos primeiros italianos que chegaram à cidade de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo. Como naquela época, eles não tinham meios de refrigerar a carne, e essa era a melhor maneira de guardar o mantimento por mais tempo sem que ele estragasse.
Hoje, cortado em fatias finas, o socol é um delicioso aperitivo e combina com diversas ocasiões.
93. Tacacá
O tacacá que hoje é tão presente na vida dos nortistas, tem origem na culinária indígena, especialmente no estado do Pará. Uuma das suas características mais rústicas é que ainda hoje ele é tradicionalmente servido em cuias, recipientes naturais feitos a partir do fruto da cuieira.
Para tomar o tacacá – não se diz comer tacacá, já que ele é um tipo de sopa – não se usa talher. Como os nossos irmãos indígenas faziam há séculos, basta encostar a boca na borda da cuia e deixar o líquido quente descer. O camarão e o jambu são tradicionalmente pescados com um palitinho de madeira.
94. Tainha na taquara
A tainha assada é um prato muito consumido nas regiões do rio Guaíba. A receita bastante famosa e consumida principalmente nas festividades para Nossa Senhora dos Navegantes e na Festa do Mar.
Normalmente, é feita na brasa, presa em uma espécie de bambu-taquara. Por isso, costuma-se chamar o prato de tainha na taquara.
95. Tapioca ou beijú
Tapioca no Sul e Sudeste, goma no resto do país. Esse é o nome da fécula extraída da mandioca, usualmente preparada em forma granulada. Ela é o ingrediente principal de algumas iguarias típicas do Brasil.
O beiju, quitute indígena descoberto pelos portugueses em Pernambuco é um deles, mas é muito comum o uso do termo “tapioca” para referir-se ao preparo que tem recheio doce ou salgado.
96. Torta capixaba
A torta capixaba é um prato típico do Espírito Santo, sendo tradicionalmente preparado em panela de barro à base de bacalhau, palmito fresco e frutos do mar, como camarão, sururu e siri desfiado. É consumida tradicionalmente na Semana Santa.
97. Tutu de feijão
O tutu de feijão é feito com feijão cozido, refogado e, depois moído, e engrossado com farinha de mandioca ou de milho. Ele costuma ser incrementado com pedaços de bacon frito, cebola e alho.
É normalmente associado à culinária típica de Minas Gerais e de São Paulo. Porém, também pode ser encontrado nas cidades interioranas do estado do Rio de Janeiro, principalmente quando feito com feijão preto, e também no estado do Paraná.
98. Vaca atolada
A vaca atolada é um prato típico da comida caipira a base de carne bovina. Tem como principais ingredientes a costela bovina e a mandioca. É muito popular nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba e também no Piauí, onde é chamado de cozidão ou costela com verduras.
A receita surgiu com tropeiros do Vale do Paraíba, que carregavam no embornal carne mergulhada na gordura, o que garantia alimento por um bom tempo. Ao longo dos anos, a mandioca foi acrescentada, dando origem ao prato como conhecemos hoje.
99. Vatapá
O vatapá é muito consumido na Bahia, mas também está presente em vários outros estados do Nordeste. Ele é feito com pão molhado ou farinha de rosca, fubá, gengibre, pimenta-malagueta, amendoim, cravo, castanha de caju, leite de coco, azeite de oliva, cebola, alho e tomate.
Pode ser preparado com camarões frescos inteiros, ou secos e moídos, com peixe, com bacalhau ou com carne de frango, acompanhados de arroz.
100. Xinxim de galinha
Prato de origem africana, também típico da Bahia, é geralmente consumido com outros acompanhamentos, como o caruru ou vatapá. Além de galinha – ou frango -, ele leva amendoim, castanha, camarão e muito tempero.
Comidas típicas do Brasil: qual a sua preferida?
Viu como a nossa culinária é riquíssima? E olha que estão faltando muitos pratos nessa lista. Mas a ideia é apresentar sugestões para que você descubra novos sabores quando estiver viajando pelo Brasil.
Agora, me conte: qual é sua comida típica preferida? Deixe sua resposta nos comentários. Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin.
Respostas de 30
Obrigado por te lido até o 72. 🙂
Um abraço.
Parei de ler no pão de queijo. Hoje você lê e vê cada coisa na internet…
Oi, Maria.
Na verdade, o Maria Izabel é típico do Maranhão e do Piauí.
Obrigado pela informação.
Um abraço.
Muito interessante, mas não entendi o porquê os pratos típicos do Piauí (como Maria Izabel) não aparecia o estado de origem somente a região, sendo que os outros pratos mostrava a região e o estado de origem. 😏
Achei incrível esta lista, nunca havia visto Arroz de Leite(RN) numa lista e adorei.
Concordo, Isabela. Hahah
Um abraço.
Todas são muito boas, mas feijoada, tapioca, pai de queijo, biscoito Globo com mate, vatapá e boró de camarão são as melhores!
Oi, Ely.
Os ingredientes estão certos e variam um pouco em cada região do país.
A receita do vatapá baiano está neste link: https://panelinha.com.br/receita/vatapa-baiano
Mas, claro, cada pessoa tem seu jeito de preparar.
Um abraço!
Eu sou baiana e estranhei muito os ingredientes do vatapá. Os ingredientes que você deu não tem no original.
Muito boa a lista…
Poderia ir atualizando ela… adiciona ai:
Joelho/italiano, pastel chinês, palha italiana, pavê…
Toda lista é injusta, Saulo.
Sempre vai faltar alguma coisa. 🙁
Um abraço.
TOP
Faltou o vatapá paraense que é feito totalmente diferente do que é feito no nordeste.
Faltou também o Arroz paraense.
Faltou tmb o Tambaqui da Amazônia do Amazonas
Faltou a banana frita do Amazonas.
Faltou tmb o Caruru que eu não sei de qual estado é mas é muito comum nos estados do Norte.
Faltou também o Monteiro – Lopez que é um doce paraense .
E muitas outras coisas.
O pudim de tapioca tem origem de Alagoas também.
Oi, Alysson.
A maioria foi de viagem, nas minhas andanças pelo Brasil.
Sei que estou longe de conseguir fazer uma lista completa, mas serve como incentivo.
Um abraço.
Muito bom ver essa variedade, sou de Alagoas, triste não ver algo “exclusivo” daqui, mas pesquisando, descobri que batata doce com leite de coco pode ser considerada alagoana.
Só gostaria de saber se todos esses pratos foram de viagem, ou algum é de memória.
Muito bom trabalho esse post, salvo para o futuro com certeza
Obrigada por seu trabalho duro ao descrever tudo isso. Agora irei estudar por pratos indígenas visto que a maioria dos “nossos pratos” são de origem Portuguesa e Africana.
Oi, Jose.
Viajar pelo Brasil é fantástico e ainda podemos experimentar todas essas maravilhas. 🙂
Um abraço.
só comida boa deu até fome kkkkkkk
Obrigado, Hellen.
Um abraço!
amei o post, moro nos estados unidos e tenho aula de culinaria, dei varias sujestoes das nossa comidas, brasil e muito rico com todas essas comidas tipicas, deu ate saudade
Que coisa boa, Amanda.
Nosso país é riquíssimo, né?
Muita coisa boa nessa lista. : )
Um abraço!
Oi, Altier.
Que post sensacionallllll! Adorei tudo. Sou culinarista e fiquei muito feliz com o que descreveu. Amo!
Obrigada!
Hehehehe… isso é um bom sinal.
Um abraço! 🙂
Grande Altier, deu uma fome danada kkk abraço
Obrigado! 🙂
muito bom!
Obrigado, Roberto!
Um abraço.
Adorei o texto deu até fome ahaha! Parabéns.
Tudo comida boa kk