Eu costumo dizer que poderíamos passar o resto de nossas vidas viajando pelo nosso país e, ainda assim, não viveríamos todas as experiências possíveis. Como a tarefa é difícil, eu resolvi listar pelo menos 100 coisas para fazer no Brasil.
Você vai ver que há uma mistura de atividades e de experiências que nos farão conhecer melhor nossa cultura, nosso povo, nossas tradições, nossas diferenças e, principalmente, que nos levará à satisfatória conclusão de que sim, o Brasil é um pais encantador, peculiar e um dos mais interessantes do mundo – quem já viajou para fora do país pode confirmar.
100 coisas para fazer no Brasil
De norte a sul, do litoral ao interior, em cidades grandes e pequenas: as experiências que escolhi para a lista de 100 coisas para fazer no Brasil fogem do lugar comum. Mas eu também inclui os grandes atrativos do país. Afinal, uma boa viagem também é feita de clichês.
Agora, vamos à empolgante tarefa de descobrir o que fazer no Brasil.
1. Dançar frevo em Olinda
Eu sou apaixonado pelo Carnaval de Olinda. Estive na cidade a primeira vez quando fiz um mochilão pelo Nordeste – isso já faz um bom tempo. Desde então, tenho voltado periodicamente para curtir o melhor Carnaval do Brasil.
Olinda foi fundada pelos portugueses em 1537 e é cheia de peculiaridades. Além do casario colorido e do monte de igrejas que tem, eu posso destacar outras duas riquezas culturais: o frevo, ritmo característico da cidade, e os famosos bonecos de Olinda.
2. Festejar o Bumba meu Boi no Maranhão
Quem visita o Centro Histórico de São Luís pode conhecer a Casa do Maranhão, que conta as raízes da cultura do Bumba meu Boi, a principal atração das festas de São João no estado, mas nada se compara à experiência de viver a festa do Bumba meu Boi.
→ Centro Histórico de São Luís
Ela acontece durante todo o mês de junho e a capital maranhense fica super agitada: são dezenas de apresentações em diferentes partes da cidade a cada dia. Na Praça Maria Aragão, no Reviver, acontecem as competições que nos deixam de queixo caído pela beleza e pela energia que a festa representa.
3. Cruzar a Transpantaneira no Mato Grosso
A viagem pela Transpantaneira começa em Poconé, a 105 quilômetros de Cuiabá. Quando entramos na estrada, temos a companhia da planície alagada e de animais que tanto desejamos ver em seu habitat natural.
→ A estrada que cruza o Pantanal
Às margens da rodovia aparecem jacarés, veados, capivaras, garças, gaviões, martins-pescador e tantos outros bichos que vivem livres em uma das áreas de maior biodiversidade do planeta.
4. Nadar com botos em Manaus
O rio Negro nos oferece uma infinidade de opções para explorar a natureza nos arredores de Manaus, mas a experiência mais marcante que você pode ter na viagem é nadar com botos em seu habitat natural.
Há agências séries que organizam passeios com todo o cuidado e responsabilidade ambiental, e os minutos que compartilhamos com os botos dentro da água são uma grande oportunidade para aprender a preservar o nosso planeta e toda a vida que há nele.
5. Voar de Balão no Acre
Uma das coisas mais fantásticas que fiz na vida foi ver a floresta amazônica do alto, em um voo de balão no Acre. Bem pertinho da capital, Rio Branco, eu nem podia imaginar que teria uma experiência tão incrível assim.
→ Como sobrevoar a floresta amazônica de balão
O balão saiu do Sítio Arqueológico Jacó Sá, a pouco mais de meia hora do Centro, e à medida que as horas passavam, o sol despontava entre as árvores trazendo consigo as cores e os sons da floresta. Foi fenomenal!
6. Comer caranguejo em Ponta Negra
Ponta Negra é a praia mais famosa de Natal e onde há ótimos bares e restaurantes – e muitas barracas também. Dá para chegar de manhã e passar o dia inteiro revezando entre banhos de mar e comidinhas servidas nos quiosques.
Só não deixe de comer caranguejo nas barracas da praia: é quase um ritual sagrado, algo que definitivamente deve estar nesta lista de coisas para fazer no Brasil.
7. Ver o pôr do sol da Praia do Jacaré
Em Cabedelo, cidade vizinha a João Pessoa, na Paraíba acontece o famoso pôr do sol da Praia do Jacaré. Diariamente, enquanto o sol desce sobre o rio Paraíba, centenas de pessoas se aproximam para ouvir o tradicionalíssimo Bolero de Ravel.
→ O que fazer em João Pessoa e arredores
A música é executada por um saxofonista que surge de canoa navegando pelo rio e todo mundo fica em absoluto silêncio contemplando a melhor hora do dia.
8. Mergulhar para ver tubarões em Noronha
Mesmo que você não queira, você vai mergulhar com tubarões em Fernando de Noronha. É que eles estão espalhados por todas as praias e, na maioria das vezes, filhotes pequenos vêm nos receber no rasinho, mas é pura curiosidade.
→ Quando ir a Fernando de Noronha
Como o ecossistema de Noronha é equilibrado, os tubarões não atacam humanos. Então, dá para nadar com uma certa tranquilidade. Eu digo isso por que dá um enorme frio na barriga imaginar que as águas estão cheias de tubarões.
9. Participar do Círio de Nazaré
O Círio de Nazaré é a maior festa católica do Brasil. São quinze dias de celebração e, durante a principal procissão, mais de dois milhões de pessoas se reúnem nas quentes ruas de Belém para celebrar a devoção a Nossa Senhora de Nazaré.
→ Como participar do Círio de Nazaré
A cidade se enfeita, famílias se reúnem para comer os tradicionais pato no tucupi e maniçoba, e é costume, inclusive, desejar Feliz Círio. É nesse tempo que a devoção, o espírito de solidariedade e a fé de quem ama a Santa se mostram mais fortemente.
10. Catar caranguejo no Delta do Parnaíba
Já viu como é a cata do caranguejo? Eu nasci e cresci em Vitória, que tem uma grande área de manguezal, e, quando criança, brincava com meus amigos e via como os catadores faziam seu trabalho.
É impressionante como eles enfiam a mão na lama – quase sempre, o braço inteiro – até alcançar o bicho. Eu fico pensando como eles não são ‘mordidos’. No Delta do Parnaíba, no Piauí, eu vi, mais uma vez, como isso é feito. Claro que eu não fiz o mesmo, mas tirei uma foto para registrar o momento.
11. Caminhar pela Orla Pôr do Sol de Aracaju
Um programa imperdível para fazer em Aracaju é terminar o dia na Orla Pôr do Sol, um deque de frente para o manguezal que nos dá uma visão fantástica do que costumo chamar de melhor momento do dia – o pôr do sol.
→ 15 coisas indispensáveis para fazer em Aracaju
Em um momento de real conexão com as coisas simples da vida: vemos os barquinhos navegando pelo rio enquanto o sol desce até se esconder atrás do mangue.
12. Descobrir os enigmas da Catedral de Brasília
A Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida foi o primeiro monumento a ser criado em Brasília. Obra do ateu Oscar Niemeyer, tudo na Catedral tem um significado que vai além do que a gente vê. Talvez essa tenha sido a forma que esse homem de poucas crenças tenha encontrado para se inspirar.
→ 30 coisas imperdíveis para fazer em Brasília
Quer alguns exemplos: os vitrais, de Marianne Peretti, lembram o conjunto de órgãos reprodutores da mulher e a cripta, que fica embaixo do altar, onde estão sepultados os arcebispos, está revestida por um granito escuro, diferente do restante das paredes e do piso que são feitos de mármore branco.
13. Ver baleias-jubarte em Abrolhos
O Parque Nacional Marinho de Abrolhos fica a cerca de 70 quilômetros do litoral da Bahia. O arquipélago é formado por cinco ilhas e é mais um daquelas exuberantes manifestações da natureza, onde no período de julho a novembro é possível ver centenas de baleias-jubarte.
→ Como é avistar baleias em Abrolhos
Nadando quase sempre acompanhadas de seus filhotes, elas parecem gostar de se exibir em saltos monumentais, batidas de nadadeira e paradas com a cauda à mostra.
14. Subir o morro do Convento da Penha
No alto de uma colina, na cidade de Viva Velha, essa igrejinha branca com dois coqueiros plantados na frente é o maior ícone do Espírito Santo. Construído a partir de 1558 , o Convento da Penha fica pertinho do ponto exato onde desembarcaram os primeiros portugueses que chegaram ao litoral capixaba.
→ Como visitar o Convento da Penha
Além disso, a vista é maravilhosa: dá para ver a Terceira Ponte – uma das mais altas do Brasil –, a entrada da Baía de Vitória, as muitas ilhas e ilhotas da costa, as praias e as montanhas ao fundo. Além disso, você pode participar das missas celebradas durante todo o dia.
15. Fazer o passeio pelas Galés de Maragogi
A oportunidade de mergulhar nas águas esverdeadas dessa região, que ficou conhecida como o Caribe Brasileiro, atrai para Alagoas turistas brasileiros e estrangeiros, que vêm para ver de perto as piscinas naturais de Maragogi.
→ Como conhecer as piscinas naturais de Maragogi
Conhecida como Galés de Maragogi, essas formações rochosas têm 137 quilômetros de extensão cobertos por corais cheios de vida e que, na maré baixa, podem ser vistos em todo o seu esplendor.
16. Visitar a estátua de Padre Cícero
Juazeiro do Norte, no Ceará, é a capital da fé nordestina e onde fica a estátua de Padre Cícero. A cidade cresceu em torno da história de Cícero Romão Batista, um homem humilde que desde criança desejava ser padre. Sua vida de serviço e dedicação à igreja o fez santo, ainda que o Vaticano assim não o reconheça.
→ Como visitar a estátua de Padre Cícero
A fé do povo de Juazeiro é comovente: não há um lugar sequer da cidade que não tenha algo relacionado a Cícero. Uma imagem, um terço, uma foto, um nome. Tudo gira em torno dessa verdadeira lenda.
17. Conhecer as ruínas de São Miguel das Missões
Em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, ficava a maior e mais importante missão jesuítica e, desde 1983, o que restou dela é considerado Patrimônio da Humanidade. Apesar de terem um cunho religioso, o estabelecimento das grandes reduções – como eram chamados os povoados – foi uma estratégia do governo espanhol para colonizar a região do Rio da Prata.
→ Como visitar São Miguel das Missões
São Miguel, um dos Sete Povos das Missões, chegou a ter 7.400 moradores organizados em casas onde viviam até cinco famílias. Apesar de serem maioria, os guaranis dividiam espaço com outras etnias e, como você pode imaginar, os conflitos já começavam por aí. Sem falar que os jesuítas queriam adequar os indígenas aos padrões da sociedade europeia, com aquela velha história de catequização.
18. Descer a Serra do Rio do Rastro
O resultado de um concurso realizado por um jornal espanhol consagrou a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, como a estrada mais encantadora do mundo. Ela se estende por oito quilômetros em uma paisagem de tirar o fôlego e de encher os olhos.
→ Como descer a Serra do Rio do Rastro
No trajeto entre Bom Jardim da Serra e Lauro Müller, a estrada tem mais de 250 curvas e muitas delas são bastante fechadas. A estrada é realmente muito estreita e não há espaço para acostamento em quase todo o percurso que é dividido entre carros e carretas todos os dias.
19. Tirar uma foto na Árvore da Preguiça
Depois das redes sociais, ficou muito mais fácil descobrir lugarzinhos pitorescos e chegar até eles. Quem faz o passeio de buggy em Jericoacoara tem que fazer uma parada obrigatória na Árvore da Preguiça para tirar uma foto. É realmente muito curioso como ela se deitou forçada pelos fortes ventos que vêm do mar.
→ Passeio de Buggy em Jericoacoara
A Pedra Furada e a Árvore da Preguiça são os lugares mais procurados por viajantes em Jericoacoara, mas é claro que esse lugarzinho tem muito mais a nos oferecer, a começar pelo acolhimento caloroso do cearense.
20. Explorar o Parque Estadual de Vila Velha
O Parque Estadual de Vila Velha em Ponta Grossa, a 80 quilômetros de Curitiba é famoso pelos arenitos que se formaram há mais de 300 milhões de anos, quando tudo ainda era gelo. Nessa paisagem exótica, podemos caminhar entre formações rochosas que ultrapassam os 20 metros de altura, apreciar sua frágil estrutura e nos divertir com suas formas engraçadas.
→ Como visitar o Parque Estadual de Vila Velha
A lenda contada na região a respeito da origem de Vila Velha diz que essa terra foi escolhida pelos indígenas para esconder um tesouro sagrado, que deveria ser protegido por guerreiros que jamais poderiam se envolver afetivamente com mulheres.
21. Reverenciar o Monumento às Três Raças
Na Praça Cívica de Goiânia, o Monumento às Três Raças é o mais famoso e significativo entre todos os outros que a capital de Goiás ostenta. Esculpido em bronze e granito, o monumento pesa cerca de 300 quilos, tem sete metros de altura e é uma homenagem às etnias branca, negra e indígena que deram origem ao povo brasileiro.
O monumento tem um simbolismo enorme e deveria provocar uma profunda reflexão sobre racismo e preconceito, acolhimento e combate às desigualdade. Temas que sempre serão atuais em nossa sociedade.
22. Ver o lobo-guará no Santuário do Caraça
O Santuário do Caraça é um centro de espiritualidade erguido em meio às montanhas de Minas Gerais. Um lugar onde tudo parece estar no lugar certo: o sol se esconde atrás da montanha, os pássaros se recolhem na copa das árvores e até uma pequena alcateia de lobo-guará aparece para comer no pátio da igreja.
→ Como visitar o Santuário do Caraça
A rotina se repete, religiosamente, desde 1982: uma bandeja com carne e frutas é colocada de frente à igreja e logo o guará aparece. Com uma postura impecável, ele entra e come quase sem olhar para os lados. Quando se satisfaz, vai embora. Depois do primeiro, outros aparecem e assim se revezam até às quatro da manhã.
23. Visitar as barracas do Ver-o-Peso
No topo da lista de lugares que você deve conhecer no Brasil está o Mercado Ver-o-peso, que é um grande símbolo de Belém. Ele funciona em uma área aberta, às margens da Baía de Guajará, e abriga centenas de barracas que vendem desde frutas, verduras, temperos e carnes, até garrafadas e ervas utilizadas em simpatias.
Entre as barraquinhas místicas do mercado, duas são imperdíveis: a da Cheirosinha e a da Dona Coló. Elas são erveiras super tradicionais e sabem muitas receitas milagrosas tradicionais na cultura paraense.
24. Nadar com centenas de peixes em Bonito
Bonito é o destino número um do Brasil para quem gosta de ecoturismo. Entre as atividades mais concorridas desse lugarzinho abençoado pela natureza, nadar com centenas de peixes e flutuar em rios cristalinos é uma grande experiência.
Os pontos mais estratégicos são a nascente do rio Olho D’água, afluente do rio da Prata, e o rio Sucuri, um dos rios mais procurados para fazer flutuação. Eles ficam dentro de fazendas particulares que seguem regras ambientais rígidas: até o número de visitantes é controlado.
25. Ver as esculturas de Aleijadinho
Congonhas do Campo é uma cidade pequena que tem uma trajetória histórica muito interessante: é nela que fica a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, onde estão os doze profetas de Aleijadinho que, somados ao inestimável valor artístico da Basílica, formam a maior expressão do Barroco brasileiro.
→ Como visitar os Profetas de Aleijadinho
O fabuloso conjunto dos 12 profetas bíblicos foi esculpido entre 1800 e 1805. Harmoniosamente distribuídos na escadaria que dá acesso à parte principal da igreja estão Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Abadias, Amós, Jonas, Habacuc, Naum e Isaías.
26. Conhecer os artesãos da Ilha do Marajó
Quem chega à Ilha do Marajó, no Pará, vai identificar logo de cara que as casas têm enfeites bem peculiares, que seguem uma forma geométrica padronizada que se repete em diferentes cidades de diferentes maneiras.
Para entender um pouco do que significa a arte marajoara tradicional, você pode bater um papo com Carlos Amaral, do Ateliê M’Barayó, e Ronaldo Guedes, do Arte Mangue Marajó, que têm resgatado o modelo da cerâmica ancestral, abraçando as comunidades e, em especial, a nova geração que vê na arte uma fonte de renda, mas também de retorno ás suas raízes.
27. Apreciar a maior estátua de Buda do Ocidente
O Mosteiro Zen Morro da Vargem é o primeiro mosteiro budista da América Latina e fica em Ibiraçu, a 67 quilômetros de Vitória. Ele foi fundado em 1974 pelo monge japonês Ryohan Shingu para ser um espaço de convívio e de prática do budismo, mas é também uma importante área de preservação ambiental.
→ O que fazer no Espírito Santo
Apesar de já ser bastante conhecido, depois que inaugurou a maior estátua de Buda do Ocidente, o Mosteiro ficou ainda mais concorrido. Muita gente só para na entrada para tirar uma foto do Buda grandão, mas a visita completa é muito interessante, principalmente se você se identifica com os ensinamentos budistas.
28. Participar da Festa do Sairé
A Festa do Sairé acontece todos os anos em Alter do Chão, sempre no mês de setembro. Manifestação cultural que mistura elementos religiosos e profanos, a festa dura cinco dias, começando com o hasteamento de dois mastros disputados por homens e mulheres, separadamente.
No último dia, na segunda-feira, acontecem a “varrição da festa”, a derrubada dos mastros e a “cecuiara” – um almoço de confraternização –, entre outros eventos. A programação termina à noite, com a festa dos “barraqueiros”. O destaque vai para o Festival dos Botos, disputa entre o Boto Tucuxi e seu rival, o Boto-cor-de-rosa.
29. Visitar a Casa de Chico Mendes
No Seringal Cachoeira vivem 87 famílias de pequenos produtores rurais. Todos se habituaram a viver do que a floresta oferece e se tornaram reprodutores do que pregava Chico Mendes, seringueiro e ambientalista que alcançou fama mundial por suas ideias vanguardistas de sustentabilidade.
→ Vida de seringueiro: os conflitos da floresta
Chico Mendes, nascido em Xapuri, era filho de imigrantes nordestinos que chegaram para viver do ouro branco que escorria das seringueiras. Depois da desapropriação do Seringal Cachoeira, as perseguições e ameaças a ele aumentaram. Chico Mendes foi assassinado nos fundos de sua casa enquanto seguia para o banho.
30. Viajar de trem para Morretes
Segundo passeio mais procurado no Paraná, perdendo apenas para as Cataratas do Iguaçu, a viagem de trem para Morretes é realmente um daquelas experiências imperdíveis. São pouco mais de quatro horas de viagem por uma das ferrovias mais antigas do país, descendo a Serra do Mar.
→ A viagem de trem para Morretes
No trajeto, estão 13 túneis e o mais longo deles tem 500 metros. Há ainda algumas pontes e viadutos, sendo que o mais impressionante é o que fica sobre o Rio São João: o viaduto tem 112 metros de comprimento e um vão principal que chega a 55 metros de altura. Importado da Bélgica, ele se destaca em meio à vegetação que cobre toda a Serra.
31. Subir a Escadaria Selarón
Ninguém poderia imaginar que a Escadaria Selarón se tornaria um dos principais pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro. Ela fica na Lapa, bairro boêmio da capital fluminense que inspira vida, alegria e arte.
→ Primeira vez no Rio de Janeiro?
Obra do artista plástico chileno Jorge Selarón, que escolheu morar no Brasil depois de percorrer 57 países, os degraus e as paredes da escadaria são cobertos por azulejos doados por cariocas e por viajantes de mais de 60 países, que formam um incrível mosaico multicolorido.
32. Entrar em um fervedouro do Jalapão
Os fervedouros do Jalapão são, para a maioria dos viajantes, os grandes atrativos dessa região do Tocantins, que já foi conhecida como o Deserto Brasileiro. Só que nessa terra de tantas nascentes o que não falta é água que vêm do fundo da terra, vencendo o solo arenoso criando a ilusão de que tudo está realmente fervendo.
→ Como conhecer os fervedouros do Jalapão
Existem, pelo menos, dez fervedouros que podem ser visitados no Jalapão e eu já adianto que raramente você conhecerá todos em uma única viagem. O maior e mais bonito é o Bela Vista, que fica em São Félix do Tocantins. Ele tem uma infraestrutura melhor, com trilha suspensa e um deque muito bacana.
33. Visitar o Museu da Gente Sergipana
O Museu da Gente Sergipana funciona em um prédio às margens do rio Sergipe e é o primeiro museu multimídia das Regiões Norte e Nordeste, no mesmo padrão do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Em cada uma das salas, há um educador que conta os detalhes da região, mas é a tecnologia nos ajuda a entender um pouco mais da rica cultura sergipana. Os meus destaques vão para a culinária, o patrimônio histórico e os costumes, mas o Museu tem muito mais.
34. Apreciar as cachoeiras da Chapada dos Guimarães
No coração do Brasil, a natureza esculpiu as incríveis formas que resultaram nas cachoeiras e cavernas da Chapada dos Guimarães, um dos lugares mais bonitos que já visitei no nosso país. São várias formações rochosas intrigantes e a gente consegue visitar a maioria delas em um roteiro leve, sem muito esforço.
→ Como visitar as cavernas na Chapada dos Guimarães
A trilha das cachoeiras é muito interessante, especialmente para quem gosta de natureza. A cachoeira Véu de Noiva é um espetáculo à parte: ela despensa de um paredão de arenito formando uma paisagem que parece mais um pintura.
35. Mergulhar nas lagoas dos Lençóis Maranhenses
Um dos lugares mais lindo do Brasil, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é maior que a cidade de São Paulo – com uma área superior a 156 mil hectares. Isso significa que é impossível conhecer todo o Parque em uma única viagem.
→ Como conhecer os Lençóis Maranhenses
Na primeira vez que fui aos Lençóis Maranhenses, peguei um pôr do sol lindo. Foi especial, porque eu sempre digo que essa é a melhor hora do dia. Na segunda vez, eu escolhi ver o sol nascendo no meio das dunas e foi incrível, porque o Parque estava vazio, só com o meu grupo e deu para aproveitar sem pressa.
36. Ver de perto os mistérios da Pedra do Ingá
Aposto que você nunca tinha ouvido falar da Pedra do Ingá, certo? O pequeno distrito de Pedra Lavrada, no agreste paraibano, guarda um enigma que nem pesquisadores e nem o mais curioso dos homens foi capaz de solucionar. Conhecida como Pedra do Ingá, a dona de tal mistério tem dezenas de imagens rupestres esculpidas ao longo de seus 24 metros de comprimento.
→ Como conhecer a Pedra do Ingá
São figuras que aparentemente não fazem muito sentido, mas estudos comparativos revelaram que algumas inscrições encontradas na Pedra do Ingá são semelhantes aos desenhos feitos pelos povos da Ilha de Páscoa, no Chile.
37. Mergulhar nas águas geladas de Arraial do Cabo
Arraial do Cabo divide com Búzios e Cabo Frio a atenção de quem quer conhecer as praias da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. As praias de Arraial estão entre as mais bonitas do Brasil e são, sem dúvida, as mais bonitas do Rio de Janeiro. Foi por isso que Arraial do Cabo ganhou o apelido de Caribe Brasileiro.
É difícil achar no Brasil um lugar com tantas praias lindas como em Arraial do Cabo. Aquele azul-esverdeado do mar, a areia branquinha que chega a ofuscar as vistas, gaivotas voando no céu. Tudo parece perfeito! Não é por acaso que Arraial do Cabo é a minha preferida em termos de praia e seria perfeita se a água não fosse tão gelada – é geladíssima.
38. Visitar uma comunidade ribeirinha no Norte
No Pará, eu vivenciei um pouco da vida em uma comunidade ribeirinha na Comunidade de Coroca, a poucas horas de barco de Santarém, principal cidade do oeste paraense. Navegando pelo Rio Tapajós, que se encontra com o Amazonas e forma uma imensidão de água que parece o mar, a viagem é encantadora.
→ Como visitar a Comunidade de Coroca
Depois de quase quatro horas, o barco chega a uma praia do Rio Arapiuns, na localização exata onde a gente pode explorar a região, acompanhado de monitores que são moradores da Coroca. É assim que começo a experimentar o turismo comunitário e um pouco da vida ribeirinha.
39. Apreciar a vista do alto do Cânion Fortaleza
O Cânion Fortaleza é considerado um dos mais bonitos do Brasil. Com mais de sete quilômetros de extensão e dois de largura, essa fantástica obra da natureza chega 1.240 metros acima do nível do mar. Olhando para os paredões, que chegam a ter 980 metros de altura, fica fácil entender a origem do seu nome: eles parecem muralhas que brota da terra.
→ Como conhecer o Cânion Fortaleza
O Cânion Fortaleza fica dentro do Parque Nacional da Serra Geral, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a 23 quilômetros do Centro de Cambará do Sul.
40. Encarar a trilha até a Pedra do Telégrafo
Com certeza, você já viu alguma imagem da Pedra do Telégrafo, mas se quiser postar uma foto sua nas redes sociais, será preciso vencer a trilha, uma das coisas que não pode faltar na sua lista do que fazer no Rio de Janeiro.
Do alto da Pedra, a gente tem um visual incrível da Cidade Maravilhosa, e o caminho até o topo não é muito difícil, mas cansativo. Só que, antes, você deve chegar a Barra de Guaratiba, que fica na Zona Oeste do Rio.
→ Como fazer a trilha da Pedra do Telégrafo
Essa região é linda: de um lado a gente tem as montanhas que cercam a Baía de Guanabara e, do outro, o manguezal que se estende por quilômetros. Sem falar no mar carioca que abençoa toda essa área.
41. Explorar o Marco Zero do Recife
Todo mundo que vem ao Recife precisa pisar na Praça do Marco Zero, que fica no Recife Antigo. Sabe aquele clichêzão que faz todo sentido? O Marco Zero é um deles porque foi exatamente neste ponto que a cidade começou e se desenvolveu.
Isso significa que é o epicentro cultural de Recife, mas também o início de todos os caminhos de Pernambuco: é a partir do Marco Zero que se calcula a distância para outra cidades dentro e fora de Pernambuco. No Carnaval, toda a área do Marco Zero é tomada por show super tradicionais, como de Alceu Valença, e do maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada.
42. Subir no Farol Mandacaru
O povoado de Mandacarú fica pertinho e sua principal atração é o imponente farol que desponta no horizonte.
Ele foi construído em 1909 e quem quiser chegar até seu topo precisa subir uma escada em caracol com 160 degraus.
A vista lá do alto traz uma tranquilidade boa: o mar lá longe, o mangue e as casas simples do povoado são tudo o que meus olhos alcançam.
43. Andar de Maria Fumaça em Minas Gerais
O Brasil tem poucas opções para quem gosta de viajar de trem A Maria Fumaça de São João del-Rei a Tiradentes, em Minas Gerais, é uma delas e vale a pena saber mais sobre ela.
A estrada de ferro que liga São João Del-Rei a Tiradentes é o trecho ferroviário brasileiro mais antigo que ainda está em funcionamento.
→ Maria Fumaça de São João del-Rei a Tiradentes
Inaugurado em 1881, por Dom Pedro II, ele tem 12 quilômetros de extensão. A viagem dura, aproximadamente, 40 minutos a bordo de uma Maria Fumaça, que funcionou até 1956 sendo alimentada por carvão. Agora, ela é movida a diesel.
44. Visitar o Museu do Amanhã
Você já se deu conta de que a maioria dos museus se refere a algo do passado? Talvez você não tenha parado para pensar sobre isso, mas com certeza vai entender essa lógica quando visitar o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Ele é um museu muito diferente, é em um ambiente de questionamentos sobre as grandes mudanças em que vivemos nos dias atuais e como isso poderá afetar o nosso futuro.
Na visita, a gente aprende que o “Amanhã” não é apenas uma data no calendário, mas uma construção da qual participamos todos, como pessoas, cidadãos, membros da espécie humana. Cheio de tecnologia, o museu nos provoca profundas reflexões e nos enche de esperança.
45. Sentir-se um italiano na Festa da Polenta
A Festa da Polenta é a mais tradicional celebração dos descendente de imigrantes italianos de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo. A comunidade se prepara o ano inteiro para a festividade e, em cada edição, algo novo surpreende os visitantes.
A festa é organizada e executada por cerca de mil voluntários distribuídos em dezenas de equipes que se desdobram para atender a todos os turistas que chegam de diversas partes do Brasil. No final, todo mundo acaba feliz: comendo polenta, tomando vinho, cantando e dançando como em qualquer comunidade italiana tradicional.
46. Subir o Morro de Pai Inácio
A melhor imagem da Chapada Diamantina que você pode ter durante uma viagem é no topo do Morro de Pai Inácio. Não é por acaso que ele é considerado o cartão-postal da Chapada: a 1.120 metros de altitude, a gente tem uma vista magnífica das montanhas de cumes achatados e dos vales cobertos pela vegetação.
→ Cinco dias na Chapada Diamantina
Do alto do Morro do Pai Inácio nossos olhos alcançam tudo ao redor: são 360 graus de maravilhas que somem no horizonte e tudo fica ainda mais especial no pôr do sol. Na melhor hora do dia, as cores que aparecem quando o sol vai se escondendo deixam tudo ainda mais mágico.
47. Levar os amigos para conhecer Caraíva
Caraíva é um daqueles lugares que a gente custa a chegar: as estradas de terra são castigadas e ficam bem piores no período de chuvas, mas lugares assim sempre nos reservam boas surpresas. Para quem não sabe, Caraíva é um distrito que fica no litoral sul de Porto Seguro, que também tem Arraial D’Ajuda e Trancoso – todas fazem parte de Porto Seguro.
A vila é bem simples, no melhor estilo pé na areia, mas tem um charme e uma energia muito peculiar. Por mais que eu tentasse explicar, essas coisas você só vai compreender mesmo quando vivenciá-las: com boas companhias, eu tenho certeza que Caraíva vai marcar sua história de viajante.
48. Visitar as Cataratas do Iguaçu
Todos os adjetivos que eu usar serão insuficientes para descrever a beleza, a magnitude e a impressionante grandeza das Cataratas do Iguaçu. As águas do rio Iguaçu formam um conjunto de 275 cachoeiras que escorrem por penhascos com até 82 metros de altura, o que equivale a um prédio de aproximadamente 27 andares.
→ Como visitar as Cataratas do Iguaçu
As Cataratas ficam dentro de uma área ambientalmente protegida que tem mais de 1.700 quilômetros quadrados em território brasileiro e argentino. Tanta beleza já lhe rendeu grande reconhecimento mundial: as Cataratas são consideradas Patrimônio da Humanidade, pela Unesco, e uma das Sete Novas Maravilhas da Natureza.
49. Cruzar os trilhos do Viaduto 13
Muçum é uma cidadezinha pequena no interior do Rio Grande do Sul. Carinhosamente chamada de Princesa das Pontes, logo se percebe que a paisagem verde da mata que desce as encostas é interrompida pelo cinza do concreto de grandes construções, que parecem levar nada a lugar algum. Mas, não é bem assim.
A série de viadutos e pontes faz parte da Ferrovia do Trigo, que liga as cidades gaúchas de Roca Sales e Guaporé. A maior e mais emblemática construção é o Viaduto 13, que fica em Vespasiano Corrêa. Também chamado de Viaduto do Exército, o Viaduto 13 é o mais alto das Américas, com 143 metros de altura e 509 de extensão.
50. Relaxar no Jardim Botânico de Curitiba
Curitiba é uma das cidades mais lindas do Brasil e não sou só eu que acha isso: a capital do Paraná tem um lugar especial no coração de muita gente. Um passeio por seus jardins, monumentos, museus e suas praças vão deixar seus dias mais coloridos e isso se completa com uma bela experiência gastronômica.
→ 30 coisas para fazer em Curitiba
O Jardim Botânico é o espaço verde mais tradicional de Curitiba e tem quase 250 mil metros quadrados. Seus jardins geométricos, extremamente bem cuidados, são o cartão-postal da cidade. A estufa, que abriga centenas de espécies da flora brasileira, é inspirada no Palácio de Cristal que existia em Londres, no século 19.
51. Sentir a energia da Pequena África
Bem pertinho na Zona Portuária do Rio de Janeiro, a Pequena África é um reduto de negros que, há séculos, vivem nessa região carioca. Com suas ruas estreitas, prédios ainda decadentes e muros grafitados, hoje, a área é, também, um dos mais atraentes espaços boêmios da cidade.
→ Como conhecer a Pequena África
Depois que o comércio de escravos foi proibido e, mais tarde, com a abolição da escravidão no Brasil, essa área virou uma espécie de quilombo, onde a população negra pôde empregar sua cultura, suas memórias e, principalmente, expressar sua liberdade: um exemplo é a Pedra do Sal, que dizem ter sido o lugar onde nasceu o samba
52. Ver a revoada dos Guarás no Delta do Parnaíba
O Delta do Parnaíba se forma na foz do rio Parnaíba, no Piauí, e abrange uma área aproximada de 2.700 quilômetros quadrados formando pelo menos 70 ilhas. Na prática, é como se o rio se dividisse em milhares de canais formando ilhotas de areia.
Ainda pouco conhecido dos brasileiros, o Delta é verdadeiro paraíso natural e uma viagem imperdível. Em Ilha Grande, que considerada a porta de entrada para o Delta, faça o passeio de lancha para conhecer uma das fozes do rio Parnaíba – são cinco no total – e ver a revoada dos guarás no fim do dia. É um momento sublime!
53. Visitar a oficina de Francisco Brennand
Visitar a Oficina Brennand é quase uma obrigação para quem vai ao Recife. Construída no lugar de uma antiga fábrica, a Oficina tem jardins desenhados por Burle Marx, lagos e esculturas enormes feitas em cerâmica. É como se fosse uma mistura de parque com museu a céu aberto.
→ Como visitar a Oficina Brennand
E neste espaço que funciona o ateliê e a fábrica das peças de cerâmica produzidas por Francisco Brennand. O artista, que morreu em 2019, era famoso pela originalidade de suas esculturas que, quase sempre, têm um tom de erotismo e misticismo.
54. Entrar na capela da Praia dos Carneiros
A principal atração da Praia dos Carneiros é a Capela de São Benedito. Comumente chamada de igrejinha, a pequena capela foi construída à beira-mar, no século 18, por Visconde de Rio Formoso, que era dono de muitas terras nessa região. No final da década de 1930, ele vendeu os terrenos para a família Damos Rocha, que são os atuais proprietários da igrejinha.
→ Onde ficar na Praia dos Carneiros
Hoje, a Capela de São Benedito é considerada o cartão-postal da Praia dos Carneiros, onde acontecem cerimônias de casamento e batizado. No último domingo do mês, há missa aberta a todos.
55. Andar pela rua das Pedras em Búzios
A atriz francesa Brigitte Bardot estava no auge da fama quando escolheu Búzios para ter alguns dias de folga. Chegou em janeiro, no alto verão brasileiro e acabou ficando mais tempo do que pretendia: quatro meses. Longe dos holofotes, ela já era quase uma local.
Seu envolvimento com a cidade foi tanto que voltou outras duas vezes. É por isso que, ainda hoje, Búzios é tão conhecida internacionalmente. Em sua homenagem, Búzios tem uma estátua da atriz na Orla Bardot – coladinha na Rua das Pedras – que se transformou em um ícone da cidade, onde todos querem tirar uma fotografia.
56. Conhecer a sede de um Projeto Tamar
Muitos lugares do Brasil têm uma estação do Projeto Tamar e Vitória, capital do Espírito Santo é um deles. A iniciativa, que surgiu no Brasil na década de 1980 com o objetivo de preservar tartarugas marinhas, é referência mundial e tem programas incríveis de educação ambiental, como é o caso do Centro de Visitantes de Vitória.
Para receber a estação do Tamar, uma área de 15 mil metros quadrados foi revitalizada. Nela, foi montado um roteiro que ensina sobre a preservação das tartarugas marinhas no Brasil, mostra a biologia das espécies e nos leva a tanques gigantes e a espaços temáticos, como o da Foz do Rio Doce e o da Ilha da Trindade, principais locais de desova das tartarugas no Espírito Santo.
57. Passar um dia na Ilha do Canela
Quando as águas do rio Tocantins foram represadas para fazer girar as turbinas da hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, um imenso lago inundou boa parte de Palmas. Artificialmente construída, a Ilha do Canela marca o local onde ficava o distrito de quem herdou o nome.
→ Como conhecer a Ilha do Canela
A ilha é um lugar perfeito para aliviar o calorão dos dias quentes: pode abusar das praias de areia amarela, caminhar pelo deque de madeira e mergulhar a água quentinha e doce. Há muitas barracas que servem petiscos e bebidas com mesas e cadeiras na beira do lago.
58. Participar da Cavalhada em Pirenópolis
Pirenópolis mantém viva a Cavalhada, festa herdada dos portugueses que gira em torno da representação dramática de uma batalha entre mouros e cristãos. Em três dias de festejo, a Cavalhada reúne centenas de mascarados que invadem as ruas de Piri para brincar e agitar a cidade.
O mascarado típico de Pirenópolis usa a máscara de boi ou de onça, e a festa é considerada uma das mais belas e expressivas do Brasil. Quando estive na cidade, acontecia a Cavalhada Mirim, quando as crianças se fantasiam e saem às ruas para brincar.
59. Mergulhar no aquário Encantado de Nobres
Você já deve ter ouvido falar de um lago azul onde a gente pode nadar com centenas de peixes no Mato Grosso. Esse lugar se chama Aquário Encantado e fica em Bom Jardim, um distrito de Nobres. Apesar de ser muito comparada com Bonito, no Mato Grosso do Sul, você vai notar que a região é pouco explorada – o que pode ser visto como um ponto muito positivo.
→ Como visitar o Aquário Encantado
O Aquário Encantado é a principal atração da região. Ele fica na Fazenda Recanto Ecológica Lagoa Azul, a 12 quilômetros da sede de Bom Jardim. Apesar de pequeno, a profundidade chega a seis metros. Cercado por uma mata, ele tem essa cor azulada por causa de minerais – como o magnésio – abundantes na região. O calcário das rochas também ajuda para que os raios solares reflitam com mais intensidade, deixando a água sempre cristalina.
60. Passar um final de semana em Pedra Azul
Domingos Martins é uma pequena cidade nas montanhas capixabas, a cerca de 55 quilômetros de Vitória. A Pedra Azul é um destino de inverno mais procurados do Espírito Santo e fica um pouco mais longe, a 102 quilômetros, seguindo pela BR-262, a rodovia que liga a capital a esta região.
A Rota do Lagarto é o circuito turístico de Pedra Azul: uma estradinha de oito quilômetros, bem fotogênica, com várias pousadas, lojinhas, restaurantes e – o mais importante – um visual super aconchegante.
61. Nadar na Baía do Sancho
Fernando de Noronha é um arquipélago que fica a 350 quilômetros da costa brasileira e que se abriu para o turismo na década de 1980. Antes, era apenas uma base militar com infraestrutura mínima para abrigar as Forças Armadas. Daquele tempo para cá, muita coisa mudou e Noronha ganhou fama internacional, atraindo turistas do mundo inteiro.
→ Quando ir a Fernando de Noronha
É neste paraíso que está uma das praias mais lindas do mundo – e que já foi eleita “a praia mais linda do mundo”. Eu estou falando da Baía do Sancho. O cenário impressiona pela cor da água e pelo paredão de falésias, mas é quando a gente coloca o pé na areia e, depois, mergulha no mar que tudo se conecta e faz sentido: nadar na Baía do Sancho é uma das coisas mais incríveis para fazer no Brasil.
62. Conhecer Piranhas e a história do cangaço
A cidade de Piranhas fica no sertão de Alagoas, já na divisa com o estado de Sergipe. Cheia de casinhas coloridas, onde a tranquilidade parece não ter fim, Piranhas tem sua história marcada por um fato muito importante.
→ Conheça Piranhas, em Alagoas
Foi deste pequeno povoado que partiu, em 1938, o grupo de policiais que matou Lampião, Maria Bonita e outros nove integrantes do temido bando de cangaceiros, colocando um ponto final na história de crimes que terrorizou o sertão nordestino durante décadas.
63. Ver uma exposição no Masp
O Museu de Arte de São Paulo – o Masp – é uma das mais queridas e simbólicas atrações de São Paulo e só o fato dele existir já significa muito: o museu e seus arredores foram palco de importantes manifestações políticas importantíssimas para o país. Com uma importância que transcende o mundo das artes, ele tem um acervo bem variado, com obras de artistas clássicos e atuais – isso o faz ser um dos mais importantes museus de arte do mundo.
O Masp foi fundado em 1947 pelo empresário Assis Chateaubriand e desde então coleciona mais de 11 mil obras, com destaque para a coleção de arte europeia do século 19. O prédio do museu, desenhado pela arquiteta Lina Bo Bardi, é um cartão-postal de São Paulo, mas não se contente em vê-lo apenas do lado de fora: visitar uma das exposições do Masp precisa estar na sua lista de coisas para fazer no Brasil.
64. Fazer o trekking para o Monte Roraima
Para quem gosta de esportes de aventura e é adepto da prática do trekking, a caminhada até o Monte Roraima, que fica na divisa do Brasil com a Venezuela e com a Guiana, é um verdadeiro clássico, que não pode ficar de fora da lista de coisas para fazer no Brasil.
→ 10 esportes radicais para praticar no Brasil
A travessia pode durar de seis a dez dias – isso porque as dificuldades são definidas pela caminhada e variam de pessoa para pessoa – e percorre 90 quilômetros. Por isso, é considerada uma das mais marcantes experiências para viajantes que gostam de natureza e aventura.
65. Amarrar fitinha do Nosso Senhor do Bonfim
Quem vai a Salvador e visita o Pelourinho, provavelmente, volta com uma fitinha de Nosso Senhor do Bonfim no pulso. Essa tradição antiga, que é impossível de ser datada com precisão – dizem que a primeira fita foi feita em 1809 – tem vários significados que, na maioria das vezes, os viajantes não sabem.
→ 30 coisas para fazer em Salvador
Só para citar dois exemplos: as cores variadas representam os diferentes orixás no sincretismo religioso e o tamanho da fita é padrão, 47 centímetros, medida exata do braço esquerdo da imagem do Senhor do Bonfim, que fica no altar da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.
66. Ficar encantado com a Chapada das Mesas
No sul do Maranhão, já na divisa com o Tocantins, o Parque Nacional Chapada das Mesas é uma imensa área que protege quase 160 mil hectares do Cerrado brasileiro. Com uma paisagem espetacular, a Chapada das Mesas tem um relevo impressionante, com montes de cumes achatados e centenas de cachoeiras que correm de seus muitos rios cristalinos.
→ Roteiro para a Chapada das Mesas
Carolina, a cidade base para explorar a Chapada, fica a 800 quilômetros de São Luís e em pouco mais de seis mil quilômetros quadrados já foram encontradas 89 cachoeiras e mais de 400 nascentes. Por isso, a cidadezinha é carinhosamente conhecida como Paraíso das Águas.
67. Curtir o Carnaval de Ouro Preto
O carnaval das cidades históricas de Minas Gerais é super tradicional, mas, ao longo dos anos, o carnaval de Ouro Preto foi se destacando e ganhou a marca de carnaval universitário, já que muitos estudantes vivem na cidade, em repúblicas espalhadas pelas ladeiras que parecem se multiplicar na cidade.
Além das festas públicas que acontecem nas ruas e praças, as repúblicas costumam organizar seus próprios eventos – os chamados “esquenta”. O resultado disso é uma energia contagiante que vale a pena ser vivida pelo menos uma vez na vida.
68. Chegar aos pés do Cristo Redentor
Falar do Cristo Redentor parece chover no molhado e elogiar a si mesmo – sim, porque todo brasileiro se vê representado de alguma forma nele, não apenas pela religião. É justamente por isso que eu considerado uma visita ao monumento uma das muitas coisas para fazer no Brasil e ter experiências únicas de viagem.
→ 20 estátuas de Cristo pelo mundo
A estátua do Cristo Redentor fica no topo do Corcovado, numa altura de 709 metros acima do nível do mar, dentro de uma área de proteção ambiental chamada Parque Nacional Floresta da Tijuca. Essa localização privilegiada, ladeado por montanhas e de frente para a Baía de Guanabara, forma um cenário que você merece ver pessoalmente, não apenas por fotos ou vídeos. Vale a pena viver esse momento!
69. Brincar nas piscinas do Beach Park
O maior parque aquático da América Latina não poderia ficar fora da nossa lista de coisas para fazer no Brasil. O Beach Park fica na cidade de Porto das Dunas, a 27 quilômetros da capital cearense, Fortaleza. Ele tem pelo menos 18 atrações, além de praias e quatro resorts.
Se tiver coragem, você pode descer no Insano, um toboágua de 41 metros de altura, o que equivale a um prédio de 14 andares; ou se desafiar no Kalafrio, que tem o formato de pista de skate, onde se desce em boias duplas. É muuuuito bom!
70. Nadar peladão em Tambaba
A praia de Tambaba é um dos destinos de naturismo mais procurados do Brasil. Ela fica na cidade de Conde, a 39 quilômetros de João Pessoa, a capital paraibana, e é dividida em duas partes: na primeira área, que é bem pequena, não é permitido nudez, mas para entrar na segunda área é preciso tirar a roupa.
Para nadar peladão na praia é preciso seguir algumas regras definidas no Código de Ética Naturista, que incluem a proibição de gravar vídeos e fazer fotos sem autorização, a prática de qualquer ato sexual e a obrigação de nudez total nas áreas determinadas. Além disso, homens desacompanhados não entram.
71. Passear de bondinho no Pão de Açúcar
Os bondinhos que nos levam ao topo do Pão de Açúcar são uma das atrações imperdíveis do Rio de Janeiro e isso não deve ser nenhuma novidade para você. Coladinho com o Pão de Açúcar, o Morro da Urca completa a tradicionalíssima paisagem rodeada pela Baía de Guanabara.
Se você quiser ter uma visão ainda mais espetacular da Cidade Maravilhosa, escolha visitar o Pão de Açúcar no pôr do sol, assim você vai ver a cidade iluminada com a luz do dia e sua transformação com a chegada da noite. É um espetáculo que precisa estar na sua lista de coisas para fazer no Brasil.
72. Fazer esporte de aventura nas Cataratas do Iguaçu
O maior atrativo turístico do sul do Brasil é cheio de opções: há muitas coisas legais para fazer além de apreciar as imensas quedas d’água das Cataratas do Iguaçu – tanto do lado brasileiro quanto do lado argentino.
Você pode, por exemplo, fazer rafting pelas águas do Rio Iguaçu, descer de rapel por uma plataforma a 55 metros de altura ou fazer o Macuco Safári, um passeio de bote que vai te levar bem perto das quedas. Tão perto que você vai sair de lá completamente molhado.
73. Nadar na Cachoeira Santa Bárbara
A Cachoeira Santa Bárbara é a mais linda do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Ela fica dentro da comunidade quilombola Kalunga Engenho II, a 28 quilômetros da cidadezinha de Cavalcante e, como alguém já disse, não se chega aos melhores lugares do mundo por estradas asfaltadas.
Desvendando as belezas da estrada e da trilha de pouco mais de seis quilômetros, chegamos à pérola da Chapada dos Veadeiros: a queda de 28 metros forma uma enorme piscina com um tom incrivelmente azul, mas a água é gelada e a profundidade chega a três metros, dependendo da época.
74. Ter uma aula de História em Porto Velho
Há muitas coisas curiosas a respeito da capital de Rondônia, Porto Velho, e eu aposto que você não sabe da maioria delas. Para começar, a cidade carrega o título de capital com maior extensão territorial – são exatos 34.090,95 quilômetros quadrados. Com esse tamanho todo, é maior do que os estados de Alagoas e Sergipe e que países inteiros como Bélgica e Israel.
Porto Velho nasceu as margens do Rio Madeira e está intimamente ligada a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que tinha como objetivo conectar a Bolívia e o Norte do Brasil ao Oceano Atlântico para escoar escoar a produção de borracha.
75. Celebrar o pôr do sol no Pontal do Atalaia
É em Arraial do Cabo que estão as praias mais bonitas – e mais geladas – da Região dos Lagos, mas assim como um mergulho no mar azul cristalino é inevitável, há outra atividade emblemática que todo viajante deve fazer quando estiver na cidade: ver o pôr do sol do alto do Pontal do Atalaia.
O ponto ideal para ver o sol mergulhar no mar enquanto a noite chega é o Mirante do Pontal do Atalaia, que fica dentro de um condomínio particular, mas qualquer pessoa pode entrar para assistir ao pôr do sol. É um momento sublime!
76. Ver o Encontro das Águas no Rio Amazonas
O tradicional Encontro das Águas acontece em Manaus, capital do Amazonas, e é um dos maiores e mais bonitos espetáculos que a natureza nos proporciona – por mais de seis quilômetros, as águas do Rio Negro e do Rio Solimões correm lado a lado sem se misturar – por isso está entre as coisas mais legais para fazer no Brasil.
O Rio Negro nasce na Colômbia e é carregado de matéria orgânica, o que dá uma tonalidade escura à água. Já o Solimões nasce nos Andes peruanos, atravessa a fronteira com o Brasil e continua até Manaus. Quando se juntam, as águas formam o Rio Amazonas, o maior do mundo em volume de água.
77. Visitar a Igreja de São Francisco na Pampulha
A Lagoa da Pampulha é um patrimônio dos mineiros que se estende por cerca de 18 quilômetros. Nos seus arredores, é possível respirar cultura, estar em contato com a natureza e, claro, contemplar a própria lagoa com suas formas sinuosas.
Em sua margem está o Conjunto Moderno da Pampulha, considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, que reúne o Museu de Arte, a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube e a Igreja de São Francisco de Assis, inaugurada em 1943. O projeto é do aclamado Oscar Niemeyer e foi o último prédio a ser inaugurado no complexo da Pampulha.
78. Refazer os caminhos da Estrada Real
A Estrada Real é a maior rota turística do país. São mais de 1.630 quilômetros de extensão, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje, ela resgata as tradições e valoriza a identidade e as belezas da região, se tornando uma das coisas mais legais para fazer no Brasil.
O percurso surgiu em meados do século 18, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro. As trilhas, que foram delegadas pela realeza, ganharam o nome de Estrada Real.
79. Encarar uma expedição ao Tumucumaque
O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no Amapá, é o maior parque de floresta tropical do mundo e seu principal objetivo é proteger ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e de incrível beleza cênica, e, como fica distante do meio urbano, está longe do turismo de massa.
A expedição tem duração média de quatro dias e, além de nos proporcionar um contato direto com a Amazônia, também proporciona vivências com as populações ribeirinhas que vivem no contexto do Parque. A cidade base para essa aventura é a cidade de Serra do Navio, onde fica a famosa Lagoa Azul.
80. Ver neve no sul do Brasil
Se você é apaixonado pelo inverno e gosta de curtir aquele “friozinho” agradável, já pode colocar na sua lista de destinos os lugares mais incríveis para ver neve no Brasil. Nos últimos anos, as baixas temperaturas têm batido recorde especialmente no sul do País, intensificando fenômenos já conhecidos na região – como a geada – e aumentando a chance de nevar.
→ 10 lugares para ver neve no Brasil
É por isso que a gente tem visto mais notícias de neve no Brasil, especialmente em cidades do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, mas os flocos de gelo também chegam ao Paraná. Inclusive, é possível nevar na capital, Curitiba.
81. Curtir o São João em Caruaru e Campina Grande
A rivalidade entre Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, é antiga e muito positiva: as cidades competem para sediar o maior São João do mundo, festa muito tradicional e que ganha diferentes contornos em todo o país, especialmente no Nordeste.
Nessa batalha de energias positivas, quem ganha é Campina Grande, que seguidamente tem levado a competição. No Parque do Povo, que fica no Centro de Campina, é onde acontece o maior São João do planeta: são 30 dias de festa com a participação de artistas famosos e regionais, além das tradicionais quadrilhas e das barracas de comidas típicas.
82. Navegar pelos Cânions do Xingó
Cheio de paredões alaranjados cortados por um lago de tom verde claro intenso, o Cânion do Xingó, na divisa entre Sergipe e Alagoas, é o maior cânion navegável do mundo. Olhando assim, de tão bonito que é, a gente até acha que ele é uma obra da natureza, mas, até poucos anos, a paisagem era bem diferente.
É que, com a construção da Hidrelétrica de Xingó, as corredeiras do rio São Francisco que passavam velozmente por entre as rochas, deram lugar a um gigantesco lago com 65 quilômetros de extensão. Isso transformou a vida de quem morava nas cidades que foram alagadas e atraiu gente do mundo inteiro para ver de perto esse incrível conjunto de canais.
83. Fazer “aerobunda” em Genipabu
É impossível ir a Natal, no Rio Grande do Norte, e não dar uma esticada até Genipabu. O passeio de buggy tem no roteiro praias, dunas, lagoas, rios, travessia de balsas, estradas desertas e muitas aventuras. Em uma das paradas, um oásis no meio das dunas, fica a Lagoa de Pitangui.
Há várias barracas com mesas e cadeiras na beira d’água e isso é um convite para curtir o paraíso, mas não vá embora sem faz o aerobunda – descer do alto de uma duna pendurado em uma tirolesa até tocar as águas quentes e calmas da lagoa. É uma brincadeira que até gente grande gosta.
84. Visitar o Museu da Inconfidência
Centro da Inconfidência Mineira, Ouro Preto é orgulho dos mineiros e deveria ser de todo brasileiro – a história desse lugar é um pouco a história de todos nós e uma visita ao Museu da Inconfidência evidencia isso. E, mesmo se quiséssemos esquecer, o monumento construído no meio da praça principal, que tem figura do mártir Tiradentes no topo, nos lembra de um passado bem presente.
Foi exatamente neste local que a cabeça de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ficou exposta. No Museu, eu descobri que Tiradentes não era o mais importante entre os inconfidentes: ele não era nem o líder do movimento, mas foi o escolhido para a forca.
85. Participar de uma missa no Mosteiro de São Bento
O Mosteiro de São Bento é uma atração clássica da cidade de São Paulo e participar de uma missa celebrada com cantos gregorianos é uma daquelas coisas que a gente faz para deixar a alma mais leve, e eu não estou falando apenas no sentido espiritual.
Dentro da imponente catedral cheia de preciosos vitrais, cantores com vozes angelicais executam com precisão notas musicais que que nos transportam para um lugar de paz e quietude. Depois da missa, você pode aproveitar para visitar o complexo onde o Papa Bento XVI ficou hospedado quando visitou o Brasil.
86. Nadar nas piscinas naturais de Porto de Galinhas
Porto de Galinhas é uma praia da cidade de Ipojuca e fica pertinho de Recife: são apenas 60 quilômetros. Com piscinas naturais e um mar verdinho e quentinha, a praia se tornou um dos destinos mais concorridos do país. Mas o que muita gente não sabe é que Porto de Galinhas foi um dos primeiros locais a serem ocupados pelos portugueses no Brasil.
→ Onde ficar em Porto de Galinhas
Seu nome original era Porto Rico, por causa das volumosas exportações de açúcar e de pau-brasil que deixavam o porto rumo à Europa. Com a proibição da escravidão no Velho Continente, o porto passou a ser o principal ponto de comércio ilegal de escravos no Nordeste brasileiro, e os escravos vinham escondidos em navios cargueiros, geralmente debaixo de engradados de galinhas d’angola. Assim, o nasceu o nome Porto de Galinhas.
87. Tirar foto com o Morro do Careca ao fundo
A duna com 107 metros de altura que fica na Praia de Ponta Negra, em Natal, ganhou esse nome porque a faixa de areia no meio de duas áreas cobertas por vegetação parece a careca de um homem quando vista de longe.
O Morro do Careca foi a principal atração da praia até a década de 1990, quando era possível subir o morro e até descer escorregando pelas dunas. Dizem que o pôr do sol lá do alto é incrível, mas o acesso não é permitido a visitantes, já que o Morro é uma área protegida.
88. Assistir a um espetáculo do Teatro Municipal do Rio
É impossível chegar perto deste prédio e não ter vontade de ver como ele é por dentro. Considerado a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul, o Teatro Municipal do Rio é nos proporciona uma experiência bem interessante, principalmente para quem é apaixonado por arquitetura e artes.
Ele foi inaugurado em 1909 e tem um jeitão europeu: além de ter sido inspirado na Ópera de Paris, muito do que a gente vê no Teatro veio do Velho Continente. Os espelhos, os lustres, os vitrais e até os mármores são alguns exemplos.
89. Caminhar pelo Parque Ibirapuera
A área verde mais conhecida da capital paulistana tem 1.584 milhões de metros quadrados e foi inaugurada em 1954. Desde então, virou um espaço comunitário muito explorado por moradores e viajantes. O Ibirapuera é um dos pontos turísticos mais queridos de São Paulo e é impossível não se apaixonar por ele.
Como o parque é super bem estruturado com pista de corrida, parque infantil, ciclofaixa, bicicletários, quadras de esporte, estacionamento, ambulatório e bebedouros, dá para passar o dia inteiro tranquilamente. Se eu puder dar uma dica especial, seria tirar uma foto no auditório da Sala São Paulo, onde acontecem apresentações de música clássica. A arquitetura vanguardista é linda e inesquecível.
90. Contemplar o pôr do sol no Lago Guaíba
A capital gaúcha é banhada pelo Lago Guaíba, que se forma entre o delta do Rio Jacuí e a Lagoa dos Patos e faz parte da identidade do porto-alegrense. Além de sua importância ambiental, cultural e econômica para a cidade e para a região metropolitana – suas águas são usadas para o abastecimento das casas, para a pesca, navegação e para incríveis passeios, inclusive nas praias do lago.
São pelo menos sete praias onde a gente pode nadar, fazer passeios de lancha e ver o incrível pôr do sol no Lago Guaíba. A praias de Belém Novo, do Lami e de Ipanema, ficam na capital. A Praia de Itapuã, fica em Viamão, as praias da Alegria e Florida, no município de Guaíba, e a praia da Picada, em Barra do Ribeiro.
91. Passar a noite de réveillon em Copacabana
O Réveillon de Copacabana é, historicamente, a festa de virada do ano mais linda do país. Além de ter todo o cenário da Cidade Maravilhosa como fundo e o Cristo Redentor como testemunha, milhões de pessoas – brasileiros e estrangeiros de várias partes do mundo – se despedem do ano que vai e recebem o ano que vem.
As ruas próximas à Avenida Atlântico, a avenida da praia, ficam interditadas e um mar de gente toma a beira-mar, o calçadão e a areia. A maioria veste branco, mas a festa é um brinde à diversidade e a alegria se completa com a queima dos fogos: um espetáculo que merece ser vivido pelo menos uma vez na vida.
92. Ver as pinturas rupestres da Serra da Capivara
A Serra da Capivara fica no Sul do Piauí, a 500 quilômetros de Teresina, em uma área de 130 mil hectares. Ela foi descoberta pela arqueóloga Dra. Niede Guildon nos anos 1970, quando o Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado.
Foi naquela época que as primeiras pinturas rupestres — formas gráficas de comunicação ancestral feita nas rochas — foram encontradas e analisadas, mostrando que o homem teria chegado à Serra da Capivara há mais de 110 mil anos.
93. Pisar na Linha do Equador
O Marco Zero da Linha do Equador foi inaugurado em 1987 e se tornou uma das principais atrações de Macapá, a única capital brasileira cortada pela linha imaginária que divide o globo terrestre entre norte e sul. O obelisco do Marco Zero tem 30 metros de altura e coleciona várias curiosidades.
Uma delas é que duas vezes por ano, quando acontece o equinócio – quando as duas metades da terra são iluminadas igualmente – o sol passa pelo circulo que fica no topo do obelisco e a sombra é projetada no chão, exatamente onde passa a linha imaginária. Outro fato curioso é tentar equilibrar um ovo sobre a linha do Equador, mas, segundo a Física, isso não tem uma explicação científica, sendo apenas uma questão de sorte.
94. Aplaudir o pôr do sol no Arpoador
A Praia do Arpoador fica em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e por si só é um dos cartões-postais mais queridos da Cidade Maravilhosa. Durante o verão, centenas de cariocas e viajantes do mundo todo sobem a pedra do Arpoador para assistir a um dos espetaculos mais lindos da natureza: o pôr do sol, quando a nossa estrela maior parece tocar o mar colorindo o céu com tons amarelo-alaranjados.
A vista é simplesmente deslumbrante: do alto da pedra, conseguimos ter uma visão panorâmica de 360 graus. O momento mais emocionante acontece quando o sol desaparece no mar e as pessoas começam a aplaudir o espetáculo diária criando uma energia contagiante e imperdível. No inverno, o fenômeno que faz a gente se arrepiar não acontece da mesma forma, já que o sol se põe atrás das montanhas, de forma bem mais tímida.
95. Desbravar o Parque Nacional de Pacaás Novos
Pouco se fala sobre o Parque Nacional Pacaás Novos, que ocupa uma imensa área no estado de Rondônia e abrange os municípios de Presidente Médice, Costa Marques, Guajará-Mirim, Porto Velho, Jaru e Ouro Preto do Oeste. Casa das etnias uru-eu-wau-wau e uru-pa-in, o Parque tem grande potencial turístico, mas o acesso é difícil e as visitas devem ser feitas com o apoio do ICMBio.
A área protegida pelo Parque é praticamente todo de mata virgem, com espécies raras da Amazônia e do Cerrado, por estar em uma área de transição entre os dois biomas. Mais de duzentas nascentes que dão origem a importantes rios, como o Madeira, o Guaporé-Mamoré e o próprio Pacaás Novos, ficam no Parque. O Monte Tracoá, o ponto mais alto de Rondônia, com 1.126 metros de altitude, que fica na Serra dos Pacaás Novos, dentro do Parque.
96. Conhecer o Maior Cajueiro do Mundo
Existe no Brasil uma briga muito saudável que diz respeito ao título de maior cajueiro do mundo. De um lado, o Rio Grande do Norte, tem o Maior Cajueiro do Mundo, registrado no Guinness Book – o Livro dos Recordes –, em 1994. Ele fica no pequeno distrito de Pirangi do Norte, em Parnamirim, na Grande Natal. O cajueiro em questão tem pelo menos 130 anos e cobre uma área de 8.500 metros quadrados.
No Piauí, o Cajueiro-Rei desafia o título do cajueiro potiguar. Estudos feitos com a árvore piauiense mostram que ela ocupa uma área de 8.832 metros quadrados, com um perímetro de 732 metros de perímetro, contra 500 de seu rival. O motivo das plantas crescerem tanto é uma mutação genética: os galhos criam raízes ao tocarem o solo e voltam a crescer se espalhando em todas as direções.
97. Contemplar a Cascata do Caracol
Com incríveis 131 metros de altura, a Cascata do Caracol fica dentro do Parque Estadual do Caracol na cidade de Canela, no Rio Grande do Sul. Ela é uma das atrações imperdíveis da Serra Gaúcha e toda a área que a rodeia é perfeita para quem gosta de estar em contato com a natureza e está com bom preparo físico: para chegar à base da cachoeira é preciso descer uma escada com 730 degraus.
Quem não quiser encarar a descida, pode fazer trilhas mais curtas ou contemplar a Cascata do mirante frontal na parte superior e pelo observatório ecológico. A partir do mirante, é possível ter uma visão privilegiada e completa da Cascata e de todo o entorno coberto pela mata nativa do parque.
98. Visitar uma aldeia indígena
Uma das experiências de viagem mais encantadoras que tive – e que teve impactos profundos na minha vida de viajante – foi visitar uma aldeia indígena. Embora tenha ficado apenas algumas horas na Reserva da Jaqueira, em Porto Seguro, o contato com os indígenas da etnia pataxó me fez perceber muitas coisas de uma forma diferente.
Para começar, eram os pataxó que habitavam toda essa região da Bahia quando os invasores portugueses chegaram: você imagina o tanto de histórias que esse povo tem? É ouvindo diferentes histórias a partir de diferentes perspectivas que entendemos melhor o país em que vivemos. Sem dúvida é uma das mais enriquecedoras coisas para fazer no Brasil.
99. Caminhar pela Fortaleza de São José de Macapá
A Fortaleza de São José de Macapá é uma construção colossal feita para proteger a Amazônia da invasão francesa, que assombrava a Coroa Portuguesa depois de ter conquistado a Guiana. Localizada estrategicamente na margem do rio Amazonas, a fortificação demorou 18 anos para ficar pronta. Trabalho pesado de militares do exército, indígenas e negros escravizados – dizem que muitos perderam suas vidas durante a construção.
Sua estrutura de muralhas, corredores e baluartes é bem característica. Cada ponta do quadrado foi dedicado a um santo católico: Nossa Senhora da Conceição, São José, São Pedro e Madre de Deus. Mesmo com toda sua grandiosidade, a Fortaleza de São José de Macapá nunca foi usada militarmente na defesa da Amazônia da invasão de estrangeiros. Hoje, tombada pelo Iphan, é um o lugar mais emblemático de Macapá.
100. Sentir-se pequeno diante do Teatro Amazonas
O Teatro Amazonas é uma construção impressionando por si só, mas se levarmos em consideração que estamos no meio de uma floresta tropical densa, sua magnitude se eleva ao quadrado. Ele fica no largo de São Sebastião, no centro de Manaus, capital do Amazonas, e foi inaugurado em 1896, se tornando a maior expressão da riqueza de Manaus durante o Ciclo da Borracha.
O teatro foi construído no estilo eclético, com estrutura e detalhes únicos: isso inclui sua cúpula, que o faz ser um dos monumentos mais conhecidos do Brasil e, por isso, um cartão-postal de Manaus. A orquestra Amazonas Filarmônica regularmente ensaia e se apresenta no teatro e, mesmo se você não tiver a chance de ver uma apresentação, faça uma visita ao teatro. Lá dentro, você se sentirá pequeno diante da grandeza do Amazonas.
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Respostas de 4
Maravilha, Miguel.
Um abraço.
Adorei as dicas. Serviu para que eu percebesse o tanto de excelentes experiências que já tive e o tanto que ainda posso ter no meu país
Obrigado, Virlandia.
Um abraço.
Que lugares lindos ,realmente o Brasil tem lugares extraordinário.
Obrigado por me apresentar um pouco do nosso Brasil.
Lindo seu trabalho parabéns excelentes fotos .