No coração do Brasil, há um lugar onde a história se mescla harmoniosamente com uma incrível beleza natural. Eu estou falando do Parque Nacional Serra da Capivara, uma magnífica região que tem revelado verdadeiros tesouros arqueológicos desde o final da década de 1970. Mas, antes de viajar, você precisa entender quando ir à Serra da Capivara para evitar passar perrengues desnecessários.
O Parque fica no sudeste do Piauí e abrange uma vasta área de aproximadamente 130 mil hectares. Essa grandiosa extensão de território abriga uma variedade incrível de paisagens, desde vales e desfiladeiros profundos até imponentes formações rochosas e serras majestosas.
→ Como chegar à Serra da Capivara
Se isso já foi o suficiente para lhe deixar mais interessado, leia um pouco mais para conhecer melhor a paisagem e o clima da região antes de decidir quando ir à Serra da Capivara.
Entenda a Serra da Capivara
A Serra da Capivara é uma área de relevo acidentado, marcada por formações rochosas e cânions que conferem paisagens impressionantes. O Parque abriga uma das maiores concentrações de sítios arqueológicos pré-históricos das Américas, com pinturas rupestres e vestígios de ocupação humana que remontam a milhares de anos.
O Parque foi criado em 1979 para preservar esses vestígios e, por causa de sua importância incomparável, entrou para a lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco em 1991.
São 130 mil hectares de área protegida compartilhada entre São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias, cidades do sudoeste do Piauí. Nesta grande área de preservação da Caatinga, mais de 1.200 sítios arqueológicos já foram identificados, mas pesquisadores acreditam que ainda há muito o que descobrir.
É muito importante saber que, como se trata de um parque nacional com sítios arqueológicos sensíveis, a visitação é controlada e monitorada para preservação do patrimônio histórico e natural. Isso significa, que você só pode entrar acompanhado de um guia credenciado pelo ICMBio.
As pinturas rupestres da Serra da Capivara são uma forma de expressão artística e cultural deixada por povos ancestrais que habitaram a região ao longo dos séculos.
Elas são datadas de diferentes períodos pré-históricos e algumas podem ter sido feitas há 50.000 anos. Essas representações artísticas feitas em paredões rochosos e abrigos demonstram a evolução do pensamento simbólico e artístico das sociedades antigas.
As pinturas rupestres retratam uma variedade de temas, como figuras humanas, animais, cenas de caça, danças, lutas e outras cenas do cotidiano. Além disso, também há representações geométricas e abstratas. Os estilos artísticos variam conforme a época e cultura dos povos que as criaram.
Algumas áreas com pinturas rupestres podem ser visitadas por meio de trilhas e circuitos, organizados para que os visitantes possam apreciar essas obras de arte antigas com o acompanhamento de guias especializados.
Paisagens
Como você viu, a riqueza da Serra da Capivara não se limita apenas ao seu esplendor cênico, pois a região também possui uma significativa importância arqueológica.
Ao longo dos anos, a área passou a ser considerada um patrimônio mundial de valor inestimável, com centenas de sítios arqueológicos que contam a história milenar dos povos que habitaram o Brasil.
A diversidade geográfica é um dos aspectos mais fascinantes deste paraíso natural. A gente caminha por diferentes formações rochosas formadas há milhões de anos e consegue ver nitidamente a marca deixada pelo mar, que já ocupou toda a Serra.
Observando com mais atenção, dá para ver o caminho percorrido por rios, riachos e cachoeiras que hoje não existem mais – alguns ainda se formam no período das chuvas.
Vegetação
A vegetação na Serra da Capivara é um espetáculo à parte.
A região é caracterizada por uma combinação harmoniosa de diferentes biomas, apresentando transições entre Caatinga, Cerrado e áreas de floresta tropical. Essa diversidade vegetal sustenta uma abundante fauna, com espécies endêmicas e ameaçadas de extinção encontrando refúgio nesse ecossistema singular.
É muito interessante notar como a vegetação muda de cor nas diferentes estações do ano. Na época chuvosa, tudo fica verde, mas quando a seca aperta, tudo ganha tons marrons.
Essa mudança de cores já era percebida pelos povos originários que habitaram a região: o nome Caatinga significa “floresta branca” na língua tupi-guarani.
Clima
Em relação ao clima, a Serra da Capivara tem um grande contraste em diferentes épocas do ano.
No verão, os dias são quentes e úmidos, com chuvas frequentes que revitalizam a natureza. Já no inverno, as temperaturas podem cair consideravelmente, proporcionando um clima mais ameno e agradável para explorar a região.
Cada estação tem seu encanto e suas particularidades, sendo possível ir à Serra da Capivara em diferentes épocas do ano. É isso que vou explicar a partir de agora.
Quando ir à Serra da Capivara
A Serra da Capivara é um destino fascinante durante todo o ano, mas algumas épocas específicas podem proporcionar experiências mais agradáveis e vantajosas.
Eu vou detalhar as melhores épocas para viajar para a Serra da Capivara, considerando fatores climáticos, eventos naturais e atrações disponíveis em cada estação e, assim, espero ajudar no seu planejamento de viagem.
Estação Seca
A estação seca vai de maio a setembro e é considerada uma das melhores épocas para ir à a Serra da Capivara.
Durante essa temporada, as chuvas são escassas e os dias costumam ser ensolarados, com temperaturas mais amenas. Isso cria um ambiente perfeito para explorar os diversos sítios arqueológicos a céu aberto e para fazer trilhas e caminhadas no Parque, sem preocupações com chuvas.
Além disso, a baixa umidade nesse período torna a sensação térmica mais agradável durante o dia.
À noite, especialmente em junho, julho e agosto, faz um friozinho agradável.
Estação Chuvosa
A estação chuvosa vai de outubro a abril e é caracterizada pelo céu encoberto e pelas chuvas mais frequentes e intensas.
Apesar disso, esse período também tem seus atrativos, como a exuberante vegetação verdejante e algumas cachoeiras que reaparecem.
No entanto, é importante estar preparado para enfrentar trilhas mais enlameadas e escorregadias, e a possibilidade de alguns passeios serem limitados ou até mesmo suspensos devido às condições climáticas.
Se puder ir à Serra da Capivara em outra época, será melhor.
Alta e Baixa Temporada
A Serra da Capivara tende a receber mais visitantes durante a alta temporada, que corresponde aos meses de janeiro e julho, que coincidem com as férias escolares.
Nesses períodos, os hotéis podem ficar mais cheios e os preços podem ser um pouco mais elevados. Portanto, se preferir evitar grandes aglomerações e desfrutar de uma experiência mais tranquila, considere viajar durante a baixa temporada.
O que todo piauiense nos avisa antes de planejar uma viagem para cá é: evite os meses BRO Bró. Quando falam isso, eles estão se referindo aos meses que terminam em “bro” – setembro, outubro, novembro e dezembro.
A dica não é por acaso, já que esses são os meses mais quentes do ano e que, realmente, causam desconforto até na sombra. Então, se você quiser evitar o calor escaldante de quase 40 graus em algumas áreas, é melhor viajar em outros meses.
Dicas mês a mês
Com base nas características climáticas históricas, fiz um descritivo mês a mês, incluindo a possibilidade de chuva, temperatura média, umidade do ar, ventos e outros fatores que podem influenciar na hora de escolher quando ir à Serra da Capivara.
Janeiro
A possibilidade de chuva é muito alta – janeiro e março são os meses mais chuvosos e menos indicados para ir à Serra da Capivara –, com temperaturas variando entre 32 graus, durante o dia, e caindo para cerca de 22 graus à noite. A umidade do ar é alta e isso intensifica a sensação de calor e desconforto, nos fazendo transpirar mais.
É um dos meses mais concorridos por causa das férias escolares. Então, se quiser encontrar os atrativos mais vazios, é melhor viajar em outro período.
Fevereiro
Fevereiro é outro mês com possibilidade alta de chuva, já que estamos no verão – as chuvas só diminuem de fato em abril. A temperatura permanece semelhante a de janeiro, variando entre 32 e 22 graus, com umidade relativa do ar alta e sensação térmica desconfortante.
Apesar de não ser um destino de folia, durante o Carnaval pode ser que as cidades do entorno fiquem mais movimentadas pelos turistas que procuram um refúgio na Serra da Capivara.
Março
As chuvas já começam a ficar menos intensas, mas ainda há chance de chover praticamente todos os dias. Isso significa que você pode encontrar estradas enlameadas e trilhas molhadas – o que exige mais atenção e cuidado.
A temperatura cai levemente durante o dia, ficando na casa dos 32 graus. À noite, os termômetros caem para a casa dos 22 graus.
Abril
Abril é um mês de transição, anunciando o período de estiagem, mas ainda chove consideravelmente. Se quiser evitar se molhar nas trilhas, é melhor esperar mais um mês para viajar.
As temperaturas continuam na casa dos 33 graus, durante o dia, baixando para 22 graus à noite. Ventos fracos e a alta umidade do ar não aliviam o desconforto do calor.
Maio
Maio é, oficialmente, o começo da estação seca na Serra da Capivara. A partir desse mês até agosto, você terá uma viagem mais confortável no aspecto clima – sem chuva e sem calor extremo.
A temperatura fica mais agradável, marcando em torno de 34 graus durante o dia e um friozinho gostoso de 22 graus à noite. Sem as chuvas frequentes, a umidade do ar começa a cair e isso já alivia a sensação térmica.
Junho
Junho é um mês especial em todo o Nordeste por causa do São João.
Além disso, conhecer a Serra da Capivara nessa época é uma excelente ideia, porque as temperaturas seguem mais tranquilas, como em maio, e a chance de chover é pequena – se chover, a chance de isso atrapalhar seus planos é mínima.
Julho
Eu estive na Serra da Capivara em julho e peguei dias ensolarados, sem nuvens no céu e nenhum dia de chuva. É que raramente chove nessa época do ano, o que deixa a vegetação seca, sem o verde do período chuvoso.
A temperatura é mais agradável, comparando com o período dos meses BRO Bró – como já expliquei acima: máxima de 33 graus durante o dia e 20 à noite. A sensação térmica nos alivia por causa da umidade mais baixa, sem riscos para nossa saúde.
Em julho, acontece o incrível festival Ópera da Serra da Capivara na cidade de São Raimundo Nonato e na Pedra Furada, dentro do Parque. O evento principal acontece sempre no último final de semana do mês, mas há atividades durante toda a semana.
Agosto
Agosto também é um ótimo mês para viajar, pois as condições climáticas são ótimas. O calor do sertão piauiense continua presente, mas nada sufocante, graças à umidade do ar mais baixa, por causa da ausência de chuvas nos últimos meses – agosto é o mês com menos chance de chover.
Os termômetros vão marcar entre 34 e 20 graus, então é bom preparar a mala levando isso em consideração.
Setembro
Apesar de ser um mês sem chuva, setembro abre a temporada dos meses BRO Bró, que devem ser evitados por quem não gosta de calor extremo.
Os termômetros ficam sempre na casa dos 36 graus durante o dia, com máxima de 20 na madrugada. A umidade do ar é baixa, mas como é um mês de transição, antecedendo o período de chuvas, eu aconselho evitar.
Outubro
Outubro inicia oficialmente o período de chuvas na Serra da Capivara e eleva o calorão para as alturas. Com termômetros na casa dos 37 graus e umidade relativa do ar alta, você vai suar bicas – não se esquece de beber muita água.
Além disso, as chuvas podem ser torrenciais e realmente atrapalhar os passeios, já que alguns podem ser suspensos em dias de tempestade.
Novembro
A chance de chover em novembro é bem alta, e o conselho de evitar esse mês é super relevante. O calor é intenso e parece que há um sol para cada ser humano. Eu, realmente, evitaria viajar em novembro, a não ser que não tivesse outra oportunidade.
Os termômetros ficam na casa dos 35 graus, mas durante as caminhadas você vai sentir um calor que ultrapassa os 40 graus e, com a umidade alta, o desconforto e o cansaço são maiores.
Dezembro
Fechando os temerosos meses BRO Bró, dezembro também tem alta chance de chuva e média de 34 a 23 graus de temperatura. Como é um mês de férias, especialmente depois do dia 15, o movimento pode aumentar. No final do ano, começam a chegar os turistas que só podem viajar nesse período.
Então, se você é um viajante com flexibilidade de datas, escolha outra época para viajar – o temporada ideal para ir à Serra da Capivara é de maio a agosto.
Onde ficar na Serra da Capivara
Como já comentei, a principal cidade da região da Serra da Capivara é São Raimundo Nonato, que tem cerca de 33 mil habitantes. É nela que fica o Aeroporto Serra da Capivara (NSR), a maioria dos hotéis e das pousadas, além de todos aqueles serviços que a gente precisa: bancos, mercados, farmácias, padarias e tudo mais.
Para ter acesso fácil a tudo isso, ficar no Centro pode ser uma boa ideia, mas lembre-se que durante o dia ele é bastante movimentado, ficando mais deserto à noite – isso não quer dizer que seja perigoso.
A segunda opção, é Coronel José Dias, que era um distrito de São Raimundo Nonato, mas hoje é uma cidade bem pequena, com menos de 5.000 habitantes. Você deve imaginar que a infraestrutura da cidade é simples e não há muito o que fazer além das visitas ao Parque.
Para quem prefere outras alternativas – para ter uma viagem ainda mais imersiva na paisagem da Caatinga – há excelentes opções em áreas um pouco mais afastadas, como na região do Baixão das Andorinhas e no distrito de Jurubeba, por exemplo.
Uma coisa que você vai notar é que, infelizmente, há poucas pousadas e hotéis nos sites de hospedagem que mais usamos – eu sempre prefiro o Booking.com por uma questão de confiabilidade. Eu vou listar algumas dessas opções para você decidir onde ficar na Serra da Capivara.
Pousada Zabelê
A Pousada Zabelê fica no Centro de São Raimundo Nonato, de frente para uma praça que tem lanchonetes, restaurantes e tudo mais. Ela tem uma das melhores estruturas da cidade e o atendimento é super bem comentado.
Os quartos são básicos, mas confortáveis e com um tamanho bom. Os banheiros e as áreas comuns estão sempre limpas, roupas de cama e de banho cheirosa e café da manhã gostoso. É uma das opções mais práticas para ficar na Serra da Capivara.
Real Hotel Empreendimentos
O Real Hotel Empreendimentos também fica no Centro, na rua da Praça do Abrigo, um bom ponto de referência da cidade, onde há vários comércios. O hotel não é grande nem luxuoso – nada em São Raimundo é luxuoso porque o estilo da cidade é outro.
Neste caso, simplicidade também pode ser sinônimo de conforto – e de economia. Então, vale a pena dar uma conferida na estrutura e nos preços. A limpeza, o atendimento e o café da manhã são muito elogiados e isso é bom começo.
Pousada Asa Delta
A Pousada Asa Delta fica na estrada que vai para o Sítio Mocó, onde está a principal entrada do Parque Nacional Serra da Capivara, a cerca um quilômetro do Centro e do Museu do Homem Americano.
Ela tem uma estrutura muito boa, com estacionamento grande, restaurante e quartos que cabem a família toda – alguns quartos acomodam até cinco pessoas. O atendimento é ótimo, o café da manhã é super farto e o preço é justo.
Mega Express Hotel
O Mega Express Hotel fica na região central de São Raimundo Nonato, e tem quartos single ou duplo. Todos com ar-condicionado, equipados com tevê full HD 32 polegadas, linha telefônica, frigobar e acesso a internet grátis.
O hotel é excelente e há duas unidades dele na cidade: um fica na Praça Major Toinho, no Centro, e o outro na Rua Capitao Milanez. A locomoção para outras partes da cidade é rápida e tranquila, já que São Raimundo Nonato é pequena. Até a data de publicação desse post o hotel não servia café da manhã.
EcoRupestre Hostel & Receptivo
Se você está em busca de uma estadia econômica que ainda o leve a mergulhar na rica natureza da Serra da Capivara, o EcoRupestre Hostel é uma escolha que vale a pena explorar. Localizado estrategicamente no coração da cidade, oferece uma experiência autêntica para aqueles que desejam ficar na Serra da Capivara.
Além disso, o café da manhã oferecido é uma deliciosa jornada gastronômica, com opções frescas e saborosas que celebram a culinária local. Como um hóspede compartilhou: “Ficar na Serra da Capivara é uma oportunidade única para se conectar com a natureza e desfrutar da tranquilidade deste lugar incrível”, declarou.
Pousada Paraíso da Serra
A Pousada Paraíso da Serra é uma escolha com excelente custo-benefício. Ela fica em uma área tranquila e serena, e proporciona uma experiência de hospedagem acolhedora e memorável para quem desejam ficar na Serra da Capivara, em uma localização conveniente – você estará a poucos minutos das principais atrações da região.
A estrutura da pousada é simples e aconchegante: a sensação é que a gente está passando uma temporada na casa de um parente do interior. E agente sabe como tudo é feito com carinho para nos agradar, certo? O que torna a pousada especial é o serviço atencioso que os hóspedes podem esperar. Além disso, o café da manhã oferecido é uma verdadeira celebração da gastronomia local.
Rupestre Eco Lodge
O Rupestre Eco Lodge fica na região do Baixão das Andorinhas é um dos lugares mais fantásticos que eu poderia escolher para ficar na Serra da Capivara – sim, eu fiquei aqui. Primeiro, porque fica em uma área mais afastada do Centro, cercada pela Caatinga, onde a paz reina majestosamente – e isso é maravilhoso.
As suítes são espaçosas, bem decoradas, limpas e muito confortáveis. Tem frigobar, chuveiro quente, rede, cama de solteiro extra e o café da manhã e o jantar são muito bons. A pousada pertence ao fotógrafo André Pessoa, que dedicou sua profissão a registrar os animais da Serra da Capivara.
Casa Serra da capivara
A Casa Serra da Capivara fica em Coronel José Dias é um refúgio tranquilo imerso na beleza natural da região. Com quartos espaçosos e áreas externas relaxantes, esta acomodação oferece um ambiente acolhedor para relaxar após um dia de exploração na Serra da Capivara.
São 140 metros quadrados, com dois quartos que acomodam até cinco pessoas com conforto. A Casa ainda tem terraço, jardim e estacionamento privativo gratuito, ar-condicionado em dois quartos separados, sala de estar com tevê de tela plana, cozinha totalmente equipada com geladeira e fogão e dois banheiros.
Casa Barreirinho
A Casa Barreirinho é um refúgio encantador na deslumbrante Serra da Capivara. Com sua atmosfera acolhedora, a casa oferece quartos confortáveis e espaçosos, perfeitos para relaxar após um dia de exploração.
Sua localização estratégica permite fácil acesso às atrações locais, como o Sítio do Mocó e o Museu da Natureza. Se você busca uma estadia que combina charme e conforto na Serra da Capivara, a Casa Barreirinho é uma escolha que promete uma experiência memorável. É um excelente lugar para ficar na Serra da Capivara.
Albergue Serra da Capivara
O Albergue Serra da Capivara é a opção mais tradicional na Serra da Capivara. Isso porque, quando tudo ainda era mato – isso foi uma brincadeira – o albergue já recebia pesquisadores e viajantes de todo o mundo. São .
Hoje, ele se chama Pousada da Cerâmica Serra da Capivara e tem apartamentos coletivos com refeitório, que oferece café da manhã, almoço e jantar, e fica no Sítio Barreirinho, na zona rural de Coronel José Dias, na mesma área da fábrica de Cerâmicas da Serra da Capivara. É bom para quem quer economizar e conhecer gente nova.
Pousada Trilha Capivara
No pitoresco povoado do Sítio do Mocó, a apenas três quilômetros do renomado Parque Nacional Serra da Capivara, a Pousada Trilha da Capivara é um verdadeiro refúgio para os amantes da natureza e da cultura local. As acomodações incluem quartos individuais e suítes climatizadas, todas estrategicamente posicionadas de frente para os imponentes paredões da Serra da Capivara: imagine acordar todas as manhãs com essa vista inspiradora!
Os quartos podem acomodar de duas a três pessoas, proporcionando um espaço confortável e relaxante. Cada quarto é climatizado para garantir seu conforto, enquanto o acesso a internet permite que você compartilhe suas aventuras com o mundo. E, é claro, o café da manhã saboroso é a maneira perfeita de começar o dia antes de explorar as maravilhas que a Serra da Capivara tem a oferecer.
Toca do Sansão
Localizada no distrito de Jurubeba, pertinho do Sítio do Mocó, a Toca do Sansão é uma pousada que oferece a estadia mais aconchegante da Serra da Capivara. Os quartos são bem equipados, proporcionando conforto e descanso para duas pessoas.
A proximidade com o Parque Nacional Serra da Capivara torna a pousada um ponto de partida perfeito para explorar a riqueza cultural e natural da região. Sem falar do atendimento atencioso e acolhedor, garantindo que sua estadia seja memorável.
O café da manhã é um deleite saboroso para começar o dia com energia. Além disso, você estará próximo a diversas atrações da região, permitindo que você aproveite ao máximo sua experiência na Serra da Capivara. Se você busca um local confortável e autêntico para sua jornada na região, a Toca do Sansão é a escolha ideal.
Baixão do Ouro
Perto de um dos mais significativos sítios arqueológicos do mundo, a Pousada Baixão do Ouro oferece não apenas acomodações confortáveis, mas também uma vista espetacular da Caatinga e da Mata Atlântica. Apenas a cinco minutos de carro está a entrada principal do Parque e do Museu da Natureza, você pode aproveitar ao máximo seus passeios e visitas aos museus e sítios arqueológicos.
Com 13 acomodações nas categorias superior e standard, a pousada acomoda de uma a cinco pessoas, atendendo a casais, famílias e grupos. As acomodações estão bem equipadas com comodidades como cama box, banheiro privativo, frigobar, ar-condicionado e internet, além de uma varanda para apreciar a vista. O destaque vai para o café da manhã preparado com carinho e dedicação, oferecendo uma variedade de opções, incluindo produtos frescos da comunidade local.
Faixas de preço da Serra da Capivara
Agora que você já viu as minhas opções preferidas – não só as minhas, mas as de muita gente também – é hora de dar uma olhada nos preços antes de decidir onde ficar na Serra da Capivara.
No mapa acima estão todas as opções de hospedagem da Serra da Capivara, especialmente as de São Raimundo Nonato. Para saber mais, você só precisa clicar nos pins azuis e pronto.
Outras dicas importantes
Guia
É obrigatória a contratação de guias ou condutores locais, credenciados pelo ICMBio, órgão federal que faz a gestão dos parques nacionais. Sem o guia, você não poderá ter acesso ao Parque, mesmo que seja um viajante experiente.
Eu contratei o Nestor – Whatsapp (89) 8111-5680 e aprendi muito sobre tudo o que vi. Ele organiza o roteiro de acordo com as nossas necessidades e prioriza o que é essencial, sem perder tempo, indo direto ao ponto – isso é ótimo para quem tem poucos dias de viagem.
Estradas
Praticamente todas as estrada entre as cidades e o Parque estão asfaltadas e com boa manutenção – há uma ou outra exceção, claro.
O maior perigo que percebi ao dirigir na região são os animais soltos na pista. Eu estou falando de animais silvestres – como veado e macaco, que cruzaram na frente do carro – e animais de criação – como vacas e cabras, que sempre apareciam em pontos diferentes da estrada.
Por isso, é muito importante dirigir com atenção e manter uma velocidade segura, pois acidentes com animais são frequentes.
Dentro do Parque, as estrada são de terra, mas também estão sempre bem cuidadas, já que a manutenção também é uma questão de segurança.
É fácil se locomover de um lugar para outro usando o GPS. Eu sempre uso o Google Maps, pois mesmo que o celular fique sem sinal, ele continua com as orientações da rota depois de já ter iniciado a viagem. O Waze não funcionou bem.
Internet e conexão
A Vivo é a melhor operadora da região. Nas áreas urbanas, especialmente em São Raimundo Nonato, e nos arredores é mais fácil conseguir sinal para se conectar à internet e fazer ligações. Outras operadoras, como TIM e Claro já têm conexão mais difícil.
Boa parte dos lugares têm conexão wi-fi com boa velocidade, inclusive nas portarias do Parque.
Acesso ao Parque
Como já expliquei, o acesso ao Parque é feito exclusivamente com acompanhamento de guias e condutores locais.
Não há cobrança de ingresso, mas é preciso parar nas principais portarias para assinar um termo de responsabilidade. Nele, você se compromete a não danificar os sítios arqueológicos e a não ultrapassar os limites das trilhas – entendeu que não é um lugar para sair andando sem limites?
Para visitar todos os circuitos abertos, você vai precisar de seis dias inteiros.
Os principais circuitos são o Boqueirão da Pedra Furada – onde foram feitas as primeiras escavações e as datações que confirmaram a presença do homem pré-histórico no continente americano a cerca de 50.000 anos –, o Sítio do Meio e o Baixão da Pedra Furada.
Há outros circuitos como o Desfiladeiro da Capivara, o Circuito do Veredão, o Circuito da Chapada, o Circuito da Jurubeba, o Baixão do Perna e o Serra Branca.
Todos os sítios arqueológicos estão muito bem cuidados, sinalizados e com acesso facilidade – trilhas, escadas e passarelas.
Museus
É essencial visitar o Museu do Homem Americano e o Museu da Natureza, pois eles concentram os resultados das pesquisas feitas em toda a região da Serra da Capivara.
No Museu do Homem Americano, você vai entender melhor como foi comprovada a presença humana nas Américas bem antes do que propunha a teoria do Estreito de Bering. Além disso, você vai poder entender melhor como foram feitas as pinturas rupestres e o que elas representam.
O Museu da Natureza é fantástico. Bastante tecnológico, ele nos proporciona uma imersão na vida natural da Caatinga de uma forma super lúdica e informativa.
Eu sugiro que você separe um dia para visitar os dois museus.
Aluguel de carro
Não há empresas de aluguel de carro em São Raimundo Nonato, o que é possível fazer é alugar carro particular. Eu aluguei com o Maycon – Whatsapp (89) 98146-2120.
Em Petrolina, há lojas da Movida e da Localiza no aeroporto. Uma diária de veículos Gol, Argo, C3, Onix ou similar custa cerca de R$ 140.
Dinheiro
A grande maioria dos lugares aceita pagamento com cartão de crédito ou débito, mas o Pix é o meio mais comum. Você pode levar dinheiro em espécie para casos de emergência, mas não há necessidade de andar com grandes valores.
Acessibilidade
Há 17 sítios acessíveis a cadeirantes, com trilhas niveladas e rampas. Quem precisar, pode usar cadeiras de rodas adaptadas que estão disponíveis em algumas portarias, mas é bom agendar o serviço com seu guia com antecedência.
Veja mais dicas do Piauí
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Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin. Agora, aproveite para ver outras dicas do Piauí.
Respostas de 4
Oi, José Otavio.
Não é permitido fazer trilhas de forma autônima no Parque, mas existem caminhadas de longa duração que devem ser combinadas com antecedência com o guia.
Um abraço.
Excelente trabalho, muito bom para o viajante autônomo, parabéns.
Veja, eu sou caminhante e costumo andar 15 a 20 km de trilha por dia nas andanças, isso é possível na Capivara?
Por nada, Maria.
Aproveite!
Um abraço.
Obrigada pela matéria esclarecedora, foi muito útil para nós, pois estamos planejando essa viagem e estávamos com muitas dúvidas! Grata!